RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras estuda a opção de compra da refinaria Mataripe (antiga Rlam), na Bahia, e um acordo com o Mubadala Capital Group anunciado nesta segunda-feira sobre negócios de biorrefinaria pode aproximar as partes de acordos de longo prazo. , disseram duas fontes à Reuters.
Mas os esforços de longo prazo para comprar os ativos do Mubadala, vendidos no final de 2021 no governo Bolsonaro, dependerão sobretudo do andamento das negociações da petroleira com o Cade antitruste, com o qual a empresa pública havia se comprometido a vender tudo. Refinarias fora dos Estados Unidos, no Rio e em São Paulo, disseram fontes familiarizadas com o assunto, falando sob condição de anonimato.
A petrolífera anunciou esta segunda-feira a assinatura de um memorando de entendimento com o Mubadala para expandir as atividades a jusante a longo prazo, com uma estreia em biocombustíveis, e referiu que a empresa dos Emirados Árabes Unidos está a preparar um projeto de biorrefinaria em colaboração com a Mataripe, num projeto no valor de 12. um bilhão de reais.
“Esse negócio não tem nada a ver com (negociações para comprar) a Rlam, mas pode ser simplesmente um caminho. Tudo o que une outras pessoas é (um caminho)”, disse uma das fontes, sob condição de anonimato.
Segundo essa fonte, o novo controle da Petrobras, que assumiu com a eleição do governo Lula, prevê a aquisição da refinaria baiana “desde o primeiro dia”. No entanto, sob a pressão de que, enquanto o acordo com o Cade estiver em vigor, não há o que fazer.
A unidade, que hoje responde por cerca de 14% da capacidade de refino de petróleo do Brasil, foi vendida por meio da Petrobras no final de 2021, no governo Bolsonaro, para a qual a petroleira vendeu vários ativos enquanto concentrava seus investimentos em campos de petróleo e instalações de alto rendimento. gás.
Na véspera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia dito em nota que apoiava a aquisição da unidade, recentemente explorada por meio da Acelen, no Mubadala.
Os estudos sobre a refinaria baiana estão incluídos nos planos de assessores de Lula para o setor de petróleo desde a campanha eleitoral.
Procuradas, Petrobras e Acelen não comentaram. O Mubadala não quis comentar o assunto.
Uma segunda fonte disse que o Mubadala enfrenta dificuldades com a refinaria, já que a Petrobras poderia competir na Bahia e em Sergipe com custos menores do que Mataripe.
“A tendência natural dessa empresa (de comprar a refinaria) é continuar, mas tem que respeitar governança, conselhos e regras. . . O fato de o ministro estar protegendo ela já mostra o caminho que o governo deve tomar. “A fonte desta vez disse.
Em junho, o presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, disse que havia iniciado uma revisão das cláusulas do acordo de refinaria e que levaria em conta ajustes na liderança da petroleira e nas condições de mercado.
“A lógica do Cade era proteger o festival, mas é evidente que a venda da refinaria prejudicou o festival e os custos ficaram mais caros”, explicou a fonte na época.
A primeira fonte, no entanto, também indicou que a solução para o desafio com o Cade poderia ser adiada para 2024.
Antes disso, a Petrobras espera avançar mais temporariamente em direção a uma solução para um acordo alcançado com o marco antitruste que previa a venda dos ativos de transmissão e distribuição de combustíveis vegetais por meio da petroleira.
Nos últimos anos, a Petrobras já vendeu as redes de transmissão de combustíveis vegetais NTS e TAG, além da Gaspetro, que tinha participação em várias distribuidoras de combustíveis, mas precisa promover sua participação na TBG, que transporta combustíveis vegetais da Bolívia.
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