O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Polícia Federal do Acre que investigue o possível cometimento de um crime de homofobia e transfobia ocorrido em comentários a uma notícia publicada no Instagram por meio do portal Alerta Cidade Acre, do Acre, sobre a denúncia. da Associação Transexual para uso de banheiros femininos em Rio Branco, capital do estado.
Segundo o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, que solicitou a abertura de um inquérito por meio da Polícia Federal, entre os dias 22 e 23 de agosto, foram registrados comentários com conteúdo discriminatório, direcionados contra determinada organização de pessoas, em razão de sua identidade de gênero, no caso, pessoas trans, representadas por meio de sua associação.
Para Lucas Dias, a população LGBTQIA continua sofrendo com o estigma negativo e enfrenta cargas pessoais e sociais como saúde física e intelectual, altas taxas de suicídio, disfunção familiar, discriminação, falta de moradia e emprego, marginalização e barreiras de acesso. equipamentos públicos que necessitem de apoio governamental específico.
Segundo dados da Associação, as pessoas transfemininas são as mais vulneráveis à morte violenta e prematura no Brasil, com até 38 vezes mais chances de serem mortas, especialmente em espaços públicos, do que as pessoas transmasculinas.
“O discurso transfóbico nas redes sociais representa perigo para a vida de mulheres trans e travestis, pois valida a violência cometida por meio de terceiros contrários a essa rede e promove ataques à capacidade intelectual das vítimas”, disse a promotora.
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