Na Eventim, o desafio é lidar com doleiros e outras pessoas que deixam o negócio “odiando”.

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Jorge Reis, CEO da Eventim: “É difícil, é um pouco como gato e rato”, diz CEO sobre revendedores (Eventim/Divulgação)

Postado em 7 de setembro de 2023 às 08:00.

Na manhã de 27 de janeiro de 2023, outras 800 mil pessoas aguardavam na página online da Eventim o início das vendas da exibição por meio da RBD, organização mexicana da telenovela Rebelde. Quando os ingressos foram liberados, às 10h, uma verdadeira correria. Em poucos minutos, tudo foi vendido. Cerca de 55 mil consumidores conseguiram comprar ingressos. Mas e os outros 745 mil?” Ficaram frustrados. Alguns deles saíram nos odiando”, diz Jorge Reis, CEO da Eventim, empresa que vendeu mais ingressos em 2022 do que todos os outros anos juntos. no Brasil e está lançando um novo produto para garantir reembolsos, como companhias aéreas.

Essa é uma das maiores demandas da Eventim, empresa alemã de bilhetagem que atua no Brasil desde 2015. Desde então, a marca vem se consolidando promovendo preços de ingressos para os principais shows nacionais e estrangeiros. Eles foram culpados de promover giras. de Coldplay, Taylor Swift, Metallica e RBD no Brasil, por exemplo. Geralmente, são preços cuja fonte é muito inferior à demanda.

“Eu diria que a bilhetagem preço-preço é o maior desafio tecnológico no e-commerce”, diz Reis. “Há situações estressantes, como Black Friday, Natal, mas não é o mesmo que um show. Na Black Friday são vendidos diversos produtos “O preço é vendido através de um site, com estoque limitado e demandas que não podem ser controladas. Não podemos dizer, antes da abertura das vendas, se haverá mais 300 mil, 500 mil ou 2 milhões de pessoas esperando. “

Como se preparar então? A Eventim reforça a sua infraestrutura tecnológica. Graças aos sistemas da Alemanha, você pode garantir que a página on-line não bloqueie a aquisição ou a fila. Eles também investem pesado para tornar o processo de compra, que envolve, por exemplo, a integração com cartões de crédito, o mais rápido e menos prejudicial possível.

Para lidar com a frustração, isso vai desde a comunicação até o suporte de informações para os promotores de eventos. No caso do RBD, as informações que indicam aumento da demanda possibilitaram a publicação de novas datas de depósito.

“É uma empresa que oferece um nível de segurança muito alto”, diz Reis. “Mas a própria dinâmica da empresa acaba frustrando muitos clientes. Não anunciamos eventos no Brasil, apenas vendemos ingressos. E os anunciantes não têm tanta força no Brasil quando se trata de artistas estrangeiros. São datas limitadas, o que acontece é que quando identificam maior demanda, conseguem verificar se estão oferecendo mais ingressos.

Mas o medo está no radar da empresa: revendedores, sejam eles físicos ou digitais.

“É difícil, é uma situação meio de gato e rato”, diz Reis. Na venda virtual de ingressos, não é incomum encontrar sites na internet onde os ingressos são vendidos pelo dobro ou triplo do preço. Chamou a atenção dos consumidores, que talvez não comprassem no site oficial, mas descobriram muitas ofertas em sites paralelos.

“Todas as empresas de preços do mundo sofrem”, diz Reis. “Se eu visitar um desses sites e preços na internet, vou conseguir ofertas de preços de todo o mundo. Algumas são válidas, mas também há muitas falsas.

Segundo Reis, o design de segurança dentro da Eventim já é sólido, mas eles estão pensando em novas possibilidades para evitar revendedores. Um dos conceitos é criar ingressos personalizados, disponíveis apenas para quem os comprou. Outra solução é a comunicação, indicando que a compra de ingressos pelos canais oficiais é obrigatória.

“Não há como garantir que o ingresso comprado ao ar livre na bilheteria oficial seja um ingresso válido”, disse. “Você pode chegar na frente e ter um problema, o que aumenta a frustração. “

A Eventim deu um grande passo no Brasil depois que a pandemia diminuiu. A plataforma alemã vende 6 milhões de ingressos no Brasil. E o número para 2022 é maior do que o dos últimos sete anos somados. As receitas globais atingem 1,9 mil milhões de euros, ou cerca de 10 mil milhões de euros.

Mas o radar da empresa também inclui outros produtos que visam diversificar seus lucros no Brasil. Uma delas é a venda de seguro de preço. Os primeiros testes começarão agora, em setembro. A ideia é cobrar do visitante um valor adicional, mas em caso de algum incidente que o impeça de comparecer ao evento, ele receberá um reembolso. A ideia é devolver novas fontes de lucro, além das taxas de conveniência.

Jorge Reis hoje trabalha na Eventim, mas começou no mundo do boxe virtual como fundador do Ingresso. com, outro importante portal do setor. Em 2005, vendeu o negócio para o Submarino e depois trabalhou para a varejista. , quando o Submarino comprou através da B2W, ficou lá por dois anos.

Em seguida, ingressou na IMM Esporte e Entretenimento, antiga IMX, cujo cônjuge Eike Batista. Desde 2021, ele está na Eventim. Assumi a empresa em plena pandemia.

“É um ano muito complicado, mas conseguimos fechar definitivamente em 2021, 2022 e 2023”, disse.

Como? Priorizar processos-chave e clientes, para reestruturar grupos desmobilizados pela pandemia. Como resultado, reduziram o número de frentes abertas e se concentraram naquelas com menor ameaça de erro.

“Tem sido muito difícil, muitas empresas entraram em colapso por causa da pandemia”, diz Reis. “Não só a venda de ingressos, mas também fabricantes e fornecedores. Mas outro desafio foi o das pessoas. Tivemos que buscar novas pessoas, foi um desafio enorme. “

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