Mudança do hino de Santa Catarina encontra resistência: “apagamento histórico”

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Mudar o hino de Santa Catarina foi o tema do debate que aconteceu nesta terça-feira (15), na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). A audiência pública discutiu a vontade de reposicionar o hino de Santa Catarina e a ameaça de mudanças históricas. Apagamento cultural com a substituição das letras existentes.

O projeto de lei (PL) que propõe substituir o hino de Santa Catarina é elaborado por meio do deputado Ivan Naatz (PL). Quem contribuiu para a audiência pública concordou que o hino nacional é desconhecido. No entanto, a proposta de substituição da carta que ressuscitou o estado por 128 anos encontrou alguma resistência.

No início da audiência, o deputado Mário Motta (PSD) contou a história do hino existente em Santa Catarina. A composição musical do Maestro José Brazilício de Souza, com letra de Horácio Nunes Pires, compôs para uma festa realizada em 1890 para a adoção de um novo hino nacional, logo após a Proclamação da República.

O vencedor do concurso foi a música de Leopoldo Miguez e as letras de Medeiros e Albuquerque. Mesmo em primeiro lugar, a canção não foi formalizada como hino nacional e tornou-se o hino da Proclamação da República. O hino de José Brazilício de Souza e Horácio Nunes Pires seguiu a letra de Santa Catarina através do então governador, Hercílio Luz, em 1895.

Segundo Naatz, o hino existente “não é nada constitutivo e desconhecido da maioria da população”. Segundo o parlamentar, a carta existente não foi criada para constituir Santa Catarina. Naatz diz que a letra do novo hino terá, necessariamente, que abordar questões como a perspectiva turística, histórica, geográfica, econômica e cultural das regiões do estado.

Durante a audiência, Luiz Moukarzel, presidente do Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina, elogiou a excelência da música existente, se manifestou contra a substituição da letra e disse que o desafio era a falta de exposição do hino. Quando “você retira um contexto histórico-cultural, mesmo que o objetivo não seja esse, você apaga o contexto histórico-cultural para as gerações futuras”, disse. “Outro povo que não tem memória está fadado à submissão a longo prazo”, acrescentou.

Em nome da Academia Catarinense de Letras, Artênio Zanon também se opôs à retomada do hino e propôs medidas para posicionar a letra nos eventos.

A diretora do Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Santa Catarina, Leila Regina Pereira dos Santos, propôs refletir sobre o motivo da modificação do alvará existente. “Queremos pensar em como vamos trabalhar isso de forma informativa” Hoje é feito um hino, daqui a 20 anos nossos descendentes vão se reunir aqui para falar sobre uma nova proposta. Eu só me pergunto se isso mostra nossas emoções sobre a cultura”, disse ele.

Segundo a Alesc, após o debate será criado um comitê gestor especial. A equipe será montada por meio do Parlamento e de representantes dos setores cultural, artístico e musical para delinear a forma de uma festa pública que determinará o novo hino, se necessário. Mesmo após o concurso, a nova letra terá que ser submetida ao crivo dos parlamentares, que determinarão se o hino de Santa Catarina será realmente alterado.

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