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Métropolesmetropoles. com
09/08/2023 18:37, atualizado em 09/08/2023 22:22
O promotor João Paulo Fernandes, do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), é suspeito de agredir uma aluna de 11 anos no portão da escola pública Afonso Arinos, em São Romão. O caso teria ocorrido na última terça-feira (5/9).
Em entrevista ao Metrópoles, a mãe da estudante contou que a filha tinha acabado de chegar na escola e no portão da escola aguardando o início das aglomerações, quando o promotor abordou a mulher e a agrediu.
“Ela na frente da escola e ele [o promotor] andando, às 6h55, quando o ônibus chega. Ele veio e disse para ela entrar na escola, quando a deixaram entrar, a campainha tocou. Ela ia entrar, mas ele pegou no braço dela, agarrou ela pela trança e ficou dizendo que era promotor”, lembra a mãe, que não será conhecida na reportagem por proteger a filha.
Segundo a mãe da menina, os outros policiais que presenciaram a cena perguntaram para a menina. “Ele soltou a trança dela e a jogou escada abaixo”, conta.
Os familiares do menor prestaram queixa ao Ministério Público e a jovem foi submetida a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Segundo o documento, João Fernandes também quebrou a mochila de outro aluno da escola.
A Secretaria de Educação de Minas Gerais informou que o caso se desenrolou fora da escola e que todos os alunos envolvidos foram atendidos pelo controle da unidade e não precisaram de atendimento médico.
Além disso, a Superintendência Pedagógica Regional (SRE) de Pirapora, como coordenadora da escola, está acompanhando o dossiê e está em contato com as famílias dos alunos. O caso também foi encaminhado ao Conselho Tutelar do município e, na área criminal, a Polícia Civil investiga o caso.
Em nota, o promotor João Paulo Fernandes informou que os alunos estavam fugindo da escola no momento da confusão e que obrigou os alunos a agirem e orientá-los a entrar na unidade de treinamento.
“A recomendação não vingou e houve uma reação pouco inteligente dos alunos que se recusaram a sair das ruas e entrar na escola. Por isso, era obrigatório avisar os alunos sobre suas obrigações escolares, o que devidamente explicava aos pais dos alunos que solicitaram após um esclarecimento”, informou o promotor.
O Metrópoles entrou em contato com o MPMG sobre o caso, mas não obteve resposta. O assunto continua em aberto.
Os familiares dos estudantes se manifestaram nesta quinta-feira (9/7) em frente à porta do Ministério Público Municipal contra a ação de João Paulo Fernandes.