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Antonio Manvel da Silva é o famoso “Seu Abraão” e também tem o Rio Acre em seu jardim. Ele mora no domínio desde o nascimento, terra herdada do pai. Também do pai herdou o apelido. Ele contou que há alguns anos houve escavações no rio e essa cachoeira apareceu. No entanto, não era visto há muito tempo.
Foi a mudança no curso do rio que o fez reaparecer. “Isso foi escavado há muitos anos, mas eles já tinham preenchido, agora o rio cresceu 80 metros e a cachoeira apareceu. Já esperávamos que ele reaparecesse, é conhecido pelo nome de extreminha”, explica o proprietário do terreno.
Todos os dias, segundo Abraão, muitas outras pessoas vêm até sua casa para ver a cachoeira marcante, e no caminho, cerca de 40 quilômetros entre a capital e o atrativo turístico, há diversas placas que apontam e indicam onde fica a cachoeira. . No entanto, ele diz que falta o apoio do governo estadual e do meio ambiente porque outras pessoas jogam muito lixo nas margens do rio.
“As pessoas vêm de todos os lugares: Plácido de Castro, Bukhari, Quinari, Vila Pia. Em um domingo, foram 1. 500 visitantes. Tenho uma ideia, porque é um espaço pessoal consistente, então tenho que ver se consigo começar a cobrar. “pelo menos R$ 5 condizente com o carro, porque outras pessoas deixam muito lixo aqui e isso seria uma forma de pagar a limpeza”,
Atualmente, segundo ele, só recebe da Prefeitura de Porto Acre, porém pede que sejam colocados recipientes de lixo no local e que o domínio seja limpo, até para manter as margens do rio.
Lá, alpinistas montam barracas, churrascos e levam bebidas para passar o dia na praia recém-reformada. No dia 22 de setembro, Jefferson Xavier, trabalhador autônomo, foi com toda a família parar na cachoeira e assim o fez. Não se arrependa.
“Eu ainda não tinha percebido no Acre, é ótimo. Eu recomendo para quem nunca esteve lá, é um lugar seguro e não violento que constitui uma experiência recreativa adicional para os moradores do Rio. Branco e seu entorno. Uma posição muito familiar”, disse.
Paula Campos, freelancer, disse que ainda se banhava nas águas do Rio Acre, mas essa foi a primeira vez que notou uma substituição de nascente.
“Antes eu vim e era totalmente diferente, a praia do outro lado. Cheguei aqui na casa do meu pai, que mora perto e meu pai me levou, passei a tarde lutando contra o calor, pescando. É uma oportunidade, para mim, é muito bom”, disse.
Apesar de ter um ponto turístico, o geógrafo Claudemir Mesquita, referência no estudo dos rios do estado, alerta que esses ajustes no curso do rio são, na realidade, consequências da ação humana nas margens do manancial.
Segundo ele, o que aconteceu no local foi uma alteração dos meandros, as curvas acentuadas do rio que servem para a velocidade da água. Segundo o pesquisador, quando essa curva desaparece, o rio fica reto e a água flui rapidamente. , o que não é atrativo para o meio ambiente.
“Essa mudança é fruto do antropismo, efeito da ação dos Huguy nas margens do rio. Esse desvio ocorreu devido às mudanças que o homem fez nas margens do rio, cortando a mata ciliar e enfraquecendo a margem. Além disso, tivemos o advento das mudanças climáticas, como enchentes que ocorreram em um período menor de tempo entre elas. “
Segundo ele, é preciso que as pessoas observem essa situação com a atenção que ela exige.
“O que aconteceu lá é o rompimento dos meandros e isso não pode acontecer, porque o rio serpenteia para que a água fique em baixa velocidade no canal até que venha algum outro período chuvoso. Se esse rio for reto, vai fazer isso em um mês. “Muitas torres terão que ser construídas para conter essa água”, alerta.
*Por Tacita Muniz, do g1 Acre