Com temperaturas máximas, Mato Grosso tem recorde de consumo de energia elétrica

Na noite desta segunda-feira (25), os termômetros marcaram 36ºC às 19h. na capital. Vinte e um transformadores pararam de funcionar devido ao pico de carga

A antiga série de calor no país afeta a arrecadação e as estruturas que fornecem energia para residências e empresas. Mato Grosso registrou a maior carga em 23 anos em agosto, atingindo um pico de 2,2 gigawatts de demanda máxima distribuída no ano. Os números são da Energisa, que tem um plano de ação contra os efeitos do fenômeno El Niño, que tem influenciado o excesso de condições climáticas.

Para se ter uma ideia, em 2020, quando o estado enfrenta a pior seca em 60 anos e uma onda de incêndios que devastou o Pantanal, o maior aumento no consumo de energia elétrica foi registrado em outubro, com 2,0 gigawatts de pico de demanda distribuídos no ano. .

“Já está claro que em setembro e outubro de 2023 vamos bater novos recordes na demanda de energia. E isso é diretamente semelhante às temperaturas máximas. Em junho, criamos um comitê de crise do El Niño e alertamos a sociedade para esse fenômeno. Aqui fazemos reuniões de crise para mapear fontes sensíveis no estado”, disse José Nelson Quadrado Júnior, diretor de Operações da Energisa.

A empresa reforça que está preparada para esta onda de calor extremo. “Só este ano investimos milhões de dólares para tornar a fórmula de distribuição ainda mais resiliente aos picos de consumo. Mas, logicamente, o que estamos vivendo nos últimos anos é uma situação sem precedentes. Ainda assim, há interrupções ocasionais quando pequenos transformadores não conseguem lidar com uma situação tão terrível”, disse Nelson.

Grupo de Trabalho de Substituição de Transformadores

Um dos campos de atuação da empresa é a reforma de transformadores de distribuição, aqueles localizados em postes que atendem ruas e setores de comunidades. Desde o início da onda de calor, em agosto, 180 aparelhos foram atualizados. Esse total é 74% maior do que no mesmo período do ano passado. A principal causa do desafio é o calor. Somente no sábado, cinco das quinze maiores temperaturas registradas no Brasil foram registradas em Mato Grosso. Cuiabá era um líder. Veja o gráfico:

Na noite desta segunda-feira (25), os termômetros marcaram 36ºC às 19h. na capital. Vinte e um transformadores pararam de funcionar devido a picos de carga. As maiores foram geradas em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Campo Verde e Alta Floresta.

As equipes formam uma força-tarefa para substituir os equipamentos, que funcionam 24 horas por dia, de segunda a domingo, mesmo nos horários de pico, quando os eletricistas mais sentem a temperatura. A empresa incentiva os consumidores afetados a entrarem em contato conosco por meio dos canais de atendimento.

“Vemos os eletricistas, todas as nossas equipes. . . Todos são atacados porque sabemos do nosso dever para com a sociedade. Ficar sem energia torna esse calor ainda pior. Mobilizamos uma força de ação para a troca”, explicou o diretor de operações.

 

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