Dia Internacional do Direito ao Aborto: Brasil está entre os países com restrições máximas

RFI – O dia 28 de setembro marca o Dia Internacional pelo Direito à Interrupção Voluntária da Gravidez. Ao longo de mais de 30 anos, mais de 60 países substituíram suas legislações para facilitar o acesso ao aborto, de acordo com o RRC. O mais novo deles é o México, onde a Suprema Corte declarou “inconstitucional” o crime de aborto, que faz parte do Código Penal.

Na Irlanda, país de forte tradição católica, o aborto foi legalizado em 2018, após um referendo histórico. A prática também foi legalizada em 2019 na Irlanda do Norte, o único componente do Reino Unido onde ainda é proibida.

Nova Zelândia descriminalizou o aborto em 2020. In Austrália, Nova Gales do Sul se tornou, em 2019, o último estado a legalizá-lo.

Na Tailândia, o aborto foi descriminalizado no início de 2021 e totalmente legalizado em 2022 até 20 semanas de gravidez. Também na Ásia, a Suprema Corte da Coreia do Sul ordenou que a proibição fosse suspensa em 2019.

Na África, o Benim legalizou o aborto em 2021 e, em 2022, o presidente de Serra Leoa deu sinal verde para sua descriminalização. Outros países, como a Tunísia, pioneira nesse campo, vão comemorar 50 anos de legalização em 2023.

Outros três países africanos oferecem acesso irrestrito: Moçambique, Cabo Verde, África do Sul e África do Sul.

Na América do Sul, o direito ao aborto é complexo na Colômbia, onde em 2022 foi legalizado, seja qual for o motivo, antes das 24 semanas de gestação.

Limitações e proibições

De acordo com o CRR, a tendência mundial é de regras mais flexíveis. O aborto ainda é proibido ou severamente limitado em apenas quinze países, principalmente na África e na América Latina.

El Salvador seguiu uma lei draconiana em 1998 que proíbe todos os abortos, mesmo em casos de risco à vida da mãe ou do feto, e prevê consequências de até oito anos de prisão.

Na Europa, a proibição geral é uma exceção e se limita apenas a Andorra e ao Vaticano. Em Malta, uma autorização em caso de perigo para a vida da mãe ou quando o feto não é viável (não pode sair do útero). Foi votado em junho.

Como em Malta, alguns países permitem o aborto para salvar a mãe: Nigéria, Líbia, Uganda, Sudão do Sul, Tanzânia, Irã, Afeganistão, Iêmen, Bangladesh, Birmânia, Sri Lanka, Guatemala, Paraguai e Venezuela, de acordo com o CRR.

No Brasil e no Chile, o acesso ao aborto é limitado a casos de estupro, riscos à mãe ou malformações fetais graves. Mas as mulheres brasileiras têm dificuldade para fazer valer seus direitos. O Supremo Tribunal Federal (STF) está debatendo recentemente um pedido para descriminalizar o aborto. até a 12ª semana de gestação.

Os Estados Unidos apresentam um direito contrastante ao aborto desde que a Suprema Corte derrubou Roe v. Wade em junho de 2022. Wade, que desde 1973 garantiu o direito dos americanos ao aborto.

Essa resolução deixou para cada Estado a decisão de autorizar ou não a interrupção. O resultado foi que cerca de vinte estados, mais comumente no Sul, seguiram proibições e restrições. Em vez disso, os estados orientais e ocidentais continuaram a seguir novas salvaguardas para proteger o direito ao aborto.

Reforço das proibições ou restrições.

Em alguns países, proibições ou restrições ao aborto foram reforçadas nos últimos anos: Honduras, que proibiu o aborto, acrescentando em casos de estupro, malformação fetal grave ou quando a vida ou a saúde da mãe estão ameaçadas, aprovou uma lei constitucional em janeiro de 2021. reforma que tornou mais complicada a substituição da legislação.

Na Polônia, o Tribunal Constitucional proibiu o aborto em outubro de 2020 em casos de malformação fetal grave. É permitido em casos de estupro ou quando a vida da mãe está em perigo.

As normas também foram reforçadas na Hungria. A partir de setembro de 2022, a mulher que deseja um aborto terá que enfrentar as “funções vitais” do feto, como ouvir seu ritmo central.

Segundo a OMS, cerca de 45% dos abortos não são realizados com segurança. A grande maioria desses casos nocivos (97%) ocorre em países emergentes.

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