Na madrugada deste domingo (24), por volta das quatro da manhã (horário de Brasília), uma bola de fogo de meteorito foi registrada através do Observatório Heller.
De acordo com o chefe do observatório, professor Carlos Fernando Jung, diretor da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) na Região Sul, este é o primeiro meteoro desse tipo ligado à chuva “Gamma Piscides” em setembro, que acontece nesta época e segue até sábado (30).
Segundo Jung, esse registro nos convida a estudar a maior frequência de bolas de fogo entre 2023 e anos anteriores. “Os registros deste ano implicam uma maior presença de meteoros com maior luminosidade e tamanho, chamados de bolas de fogo. Novas quedas de bola de fogo em 2023 não estão excluídas. “
A ocasião registrada durou 2,63 segundos e teve magnitude (brilho) de -4,53. Os destroços entraram no ambiente a uma altitude de 93,53 km e desapareceram sobre o domínio de Santa Maria a uma altitude de 44,72 km, segundo estimativas.
Saiba Mais:
Asteroides, meteoroides e cometas orbitam o Sol em velocidades muito altas. Algo entre 40 mil e 266 mil quilômetros por hora. Quando chegam ao ambiente da Terra nessa velocidade, até fragmentos tão pequenos quanto um grão de areia aquecem imediatamente os gases atmosféricos, gerando um fenômeno luminoso que os astrônomos chamam de meteoro.
Assim, os meteoros ainda são aqueles eventos luminosos. O meteoro é sólido, não é líquido nem gasoso, é simplesmente luz. Popularmente, também é chamada de “estrela cadente”.
De um modo geral, quanto maior o objeto, mais brilhante é o meteoro. E quando seu brilho excede o de Vênus, o meteoro é chamado de bola de fogo.
Às vezes, dependendo também da velocidade e do ângulo de entrada, o meteoroide ou asteroide é gigante o suficiente para ter sucesso nas camadas mais densas da atmosfera. Nesses casos, além de formar uma bola de fogo mais impressionante, o meteoro termina em um evento explosivo.
Este meteorito também é chamado de bólido, e também é popularmente relacionado ao “fim dos tempos”, a “volta de Jesus” e outras profecias apocalípticas.
Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com especialização em gramática. Assessor parlamentar, licitante e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres na Inglaterra.