Em termos de doação de órgãos, Santa Catarina é referência no país. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), Santa Catarina tem uma das taxas de doação – mais de 40 por milhão de habitantes (pmp) – no primeiro semestre de 2023, contrastando com a taxa nacional de 19 pmp. A não autorização familiar no estado é de 31%, enquanto a média nacional é de 49%.
A secretária estadual de Saúde, Carmen Zanotto, destaca a importância da doação de órgãos. “O serviço de captação de órgãos, coordenado por meio da SC Transplantes, tem uma política de Estado há 20 anos e concedeu essa funcionalidade para Santa Catarina entre os estados que mais furtam órgãos no país. Isso é vital porque um doador pode salvar a vida de pelo menos outras dez pessoas que aguardam por um transplante de órgãos e tecidos.
Esse ato de amor e solidariedade é comemorado no Dia Nacional do Doador de Órgãos, 27 de setembro, além de todo esse mês comprometido com a ação. Esta data, fixada pela Lei nº 11. 584/2. 007, tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da doação. e, ao mesmo tempo, fazer com que outras pessoas contem ao seu círculo de familiares e amigos.
De janeiro a agosto de 2023, a SC Transplantes, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou 469 notificações de potenciais doadores. Destes, 208 eram doadores efetivos, o equivalente à taxa de 41 milhões de habitantes (pmp) de Santa Catarina, por ocasião da morte encefálica. No mesmo período, foram realizados 1. 137 transplantes.
O coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade, reforça os índices recebidos em Santa Catarina. “Um dos grandes sucessos da fórmula de transplante no estado de Santa Catarina é a taxa de doação de órgãos. Em 2017, tínhamos mais de 40 doadores consistentes com milhões de habitantes. Isso é mais que o dobro da média nacional para o mesmo período constante. E se olharmos para os últimos 18 anos, durante 14 anos fomos líderes isolados na doação efetiva de órgãos para transplante e nos outros 4 anos fomos líderes isolados na doação efetiva de órgãos para transplante. “Foi o segundo estado mais produtivo do Brasil, ou seja, um líder indiscutível. “
Entre os hospitais que doaram o maior número de órgãos nesse período, colocamos em primeiro lugar o Hospital Governador Celso Ramos (Florianópolis), unidade da SES, com 24 doações; seguido pelo Hospital Santa Isabel (Blumenau) com 20 doações; e o Hospital Nossa Senhora da Conceição (Tubarão) com 19 doações.
Referência em taxas de doação de órgãos no Brasil e na América Latina, Santa Catarina chegou a esse ponto graças à constante educação e excepcional funcionalidade dos grupos da Comissão Hospitalar de Transplantes. “O acolhimento das famílias doadoras é, sem dúvida, o momento mais sensível de todo o processo. A manutenção da família é o maior desafio, pois famílias tratadas com empatia, humanidade, carinho, cuidado, tendem a doar seus órgãos. Quando o remédio esfria, as famílias rejeitam a opção de doação. Por isso, os profissionais da educação trazem à tona todos os seus contatos. Interagir com as famílias de forma adequada, humana, empática e acolhedora é essencial para que a fórmula de doação dê resultados inteligentes. E é isso que conseguimos fazer em Santa Catarina nos últimos anos, através da reversão da não autorização da doação. família, que já passou de 70% para menos de 30%”, explica Joël de Andrade.
São 69 hospitais em Santa Catarina que fazem parte do sistema estadual de doações. Os transplantes estão localizados em 28 instalações esportivas, algumas das quais realizam transplantes de múltiplos órgãos.
Quem pode doar?
Qualquer pessoa pode doar órgãos e tecidos. Não é obrigatório deixar nada por escrito, basta comunicar aos seus familiares a sua preferência para fazer uma doação, já que isso só é feito com a autorização prévia dos familiares.
Como funciona o procedimento de doação de órgãos?
De doador a receptor
A logística de envio após a retirada dos órgãos é uma das etapas mais importantes, pois quanto mais jovens os doadores, mais complexo é o desenho devido às possibilidades de utilização dos órgãos. O governo estadual conta com aeronaves para o Exército e Polícia Civil, bombeiros, unidades móveis de Serviço de Emergência (SAU), táxis aéreos e voos publicitários, de acordo com a disponibilidade.
O procedimento completo afeta dezenas de pessoas e dura em média entre 8 e 12 horas, com exceção de órgãos como o centro e os pulmões, que devem ser transplantados temporariamente e não podem ultrapassar 4 horas.
Mais para a imprensa:Gabriela ResselAssessoria de ComunicaçãoSecretaria de Saúde do Estado