Investigação
Do editor da Agência Brasil
Postado em 01/10/2023 às 11h50
O primeiro contato com o álcool ocorre regularmente durante a adolescência e é considerado um rito de passagem. Alguns viverão em harmonia com o álcool, mas para muitos, essa relação será problemática. Os excessos acabam interferindo em sua profissão, seu círculo familiar e suas amizades. .
Foi o que aconteceu com Laura*. A jovem conta que bebia desde os treze anos e que em pouco tempo viu como o álcool ganhava cada vez mais tamanho em sua vida, a ponto de beber pela manhã.
“Com o tempo, todas as noites eu ia, eu bebia. Quanto mais o tempo passava, eu começava a beber antes da festa, da festa e depois. Eu não conseguia estudar, não conseguia focar nas coisas que precisava focar e vi que o álcool estava se tornando um desafio na minha vida”, lembra Laura.
A presença de álcool também foi avassaladora para Torres*. Seu primeiro contato com bebidas alcoólicas data dos 12 anos.
“Aos 15 anos eu bebia todos os finais de semana. Aos 25 anos bebia quase todos os dias e à noite. Aos 32 anos eu já estava bebendo de manhã. Entre os 30 e os 32 anos começaram as minhas internações por alcoolismo. O álcool perturba todos os espaços da vida. O âmbito profissional, o âmbito emocional, o reino espiritual. Qualquer contato que ele tivesse com maior força, com a natureza, com o esporte, foi abandonado. Deixamos as partes bonitas da vida e nos dedicamos a afundar no alcoolismo.
“Eu estava completamente perdido. Foi me olhando no espelho e sem saber quem eu era, que pensei que tinha que agir. Eu olhei para Alcoólicos Anônimos e há doze perguntas no site. Ele diz que se você responder a 4 perguntas, você pode simplesmente ter um problema de bebida. Eu me destaquei”, diz Laura.
Com 25 anos de experiência em A. A. , Torres diz que aceitar o desafio é um passo importante. ” Quando a chave é virada, quando a admissão do alcoolismo se completa, quando percebo que perdi a vida para o álcool, e que não posso mais beber um dia de cada vez, como fazem meus pares. A chave gira, o cérebro se abre.
O Alcoólicos Anônimos, criado nos Estados Unidos na década de 1930, é uma porta aberta para quem quer largar o álcool. No Brasil, existe há 76 anos, tendo o anonimato como uma de suas principais regras.
Ninguém pede os nomes ou ocupações de quem chega. Todos podem adotar um apelido e a participação é voluntária. Mas o vínculo que se estabelece entre os membros da irmandade é muito forte. Quando alguém se sente suscetível a beber novamente, um de seus colegas liga e pede ajuda, e eles conseguem.
A vice-presidente nacional da A. A. , psicóloga Gabriela Henriques, diz que a entidade ainda está aberta a muitos endereços no Brasil para quem precisa gratuitamente.
“Uma vez que o usuário entende que tem dificuldade para beber, ele pode chegar aos Alcoólicos Anônimos participando de uma reunião, indo até o grupo e pedindo ajuda, que é o objetivo número um de A. A. , que é alcançar o alcoólatra que ainda está sofrendo. “
Uma das portas para pedir ajuda é o site da entidade, onde é possível localizar a localização do AA mais próximo e até conversar com alguém pelo WhatsApp.
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