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Atualizado em 28 de junho de 2017 às 11:03
Postado em 1 de outubro de 2023 às 13:55
Atualizado em 28 de junho de 2017 às 11:03
O debate sobre a regulamentação das apostas esportivas no Brasil continua cada vez mais complexo e urgente. No dia 11 de setembro, a Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados ouviu José Francisco Mansur, assessor especial do Ministério da Fazenda, falar sobre o plano do governo para esse setor em desenvolvimento. A assembleia se posicionou em um momento crítico, em que o Brasil enfrenta uma onda de acusações semelhantes à manipulação dos efeitos das partidas de futebol, o esporte mais popular do país.
O pedido de audiência foi apresentado por meio do deputado Maurício do Vôlei (PL-MG), que destacou o papel importantíssimo de Mansur e sua equipe na elaboração de normas que trarão “mais transparência, segurança jurídica e benefícios à sociedade”. O momento é importante: a medida provisória 1182/2023, que mira as apostas esportivas, já ganhou 244 emendas dos deputados e está em meio a um embate político entre os demais lados do governo e a oposição. O governo Lula vê a regulamentação como uma oportunidade de aumentar a arrecadação federal, enquanto integrantes do Centrão se concentram no redirecionamento de recursos para o Ministério do Esporte, recentemente transferido da direção de Ana Moser para o deputado André Fufuca (PP-MA).
Mas, além das questões fiscais e políticas, um temor mais sério está em jogo: a integridade do esporte brasileiro. Desde maio deste ano, uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) investiga denúncias de manipulação em jogos de futebol no Brasil. Neste ano, a Operação Penidade Máxima, comandada pelo Ministério Público de Goiás, já havia revelado uma missão envolvendo jogadores da primeira divisão do Campeonato Brasileiro para misturar os resultados. Os deputados também ouviram Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em relação às denúncias. Assim, a audiência não foi simplesmente uma discussão técnica sobre uma atividade publicitária; Seu objetivo era tocar o centro da cultura esportiva brasileira e buscar respostas para questões que ameaçam corroer a aceitação do público como verdade dentro de campo.
Em um movimento inédito, a Fifa anunciou na mesma semana a exclusão de três jogadores brasileiros do futebol profissional, ampliando também o escopo de sanções para atletas envolvidos em escândalos esportivos no Brasil. Os jogadores Ygor Catatau, Matheus Gomes e Gabriel Tota foram excluídos da modalidade. , como componente das sanções derivadas da Operação Pena Máxima do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Essa operação expôs uma teia de manipulação de efeitos que abalou profundamente o futebol brasileiro e agora acaba tendo repercussão global.
Mas a entidade máxima do futebol mundial não impediu. Atendendo a um pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Fifa para que as sanções por manipulação adequada fossem estendidas para além das fronteiras do Brasil, afetando todos os jogadores que participam de campeonatos sob o guarda-chuva de entidades a ela filiadas. Isso significa que atletas que foram suspensos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e que tentaram seguir carreira em outros países também serão afetados. Eduardo Bauermann, que deixou o Santos para jogar no futebol turco, já está na lista da Fifa de 11 sanções estendidas. Outros nomes, como Alef Manga, ex-jogador do Coritiba e ultimamente apostador de futebol no Chipre, podem ser adicionados a essa lista a qualquer momento.
Ignorando os escândalos causados pela manipulação de efeitos através dos atletas e aguardando novos passos na regulamentação do esporte no Brasil, as casas de apostas continuam investindo pesado no mercado brasileiro.
Muitos deles investiram em patrocínios apenas com clubes, mas também com influenciadores virtuais e canais esportivos no YouTube. É o caso da 1 vitória, que tem feito muita publicidade com diversos criadores de conteúdo virtual no mundo do futebol. Em uma cruzada para divulgar o bônus de boas-vindas de 1 prêmio, vários influenciadores postaram seus próprios códigos de boas-vindas em seus canais para inspirar seus fãs a se inscreverem no site.
Para se ter uma ideia, o investimento global no país de sites em publicidade e patrocínio em 2023 já ultrapassa 350 milhões de reais.
Seja qual for o futuro do esporte no Brasil, essa indústria prova que de uma vez por todas controlou para disputar sua posição entre as opções de entretenimento do país, independentemente de controvérsias ou atrasos regulatórios.
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