Os prefeitos criticaram nesta quarta-feira (27) o início do procedimento de demarcação da terra indígena Kapôt Nhĩnore, no Mato Grosso e no Pará, afirmando que os municípios envolvidos não foram consultados até que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) aprovasse a identidade do solo e os estudos de demarcação, em julho.
Eles foram ouvidos por meio de uma comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha o assunto. A organização é coordenada pela deputada Fernanda (PL-MT), que disse estar coletando assinaturas para a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para “investigar essas demarcações sem ouvir os envolvidos”.
Aqui nasceu o cacique Raoni, um líder que reivindica a região há 40 anos.
“Tem outras pessoas que moram em Santa Cruz do Xingu há mais de 40 anos e nunca viram um índio”, disse. “Não entendemos por que estão publicando agora esse estudo e queremos dizer que Santa Cruz tem índios. “Santa Cruz vai perder quase parte do município”, reclamou o prefeito.
Atualmente, a Constituição prevê que os proprietários de terras demarcadas têm direito ao ressarcimento por terra nua, mas apenas por inovações na terra.
“Eu conheço as 43 etnias de Mato Grosso, são cerca de 54 mil índios, e eles nunca me mandaram uma carta, eu nunca os segui e conheço essa comunidade indígena”, disse Agnaldo dos Santos, superintendente de assuntos indígenas. de Mato Grosso. Estado.
“Não temos conhecimento de nenhuma documentação, pedido de demarcação ou qualquer outro pedido [feito por meio dessa aldeia], como ajudar parentes na agricultura, doar cestas básicas ou perfurar poços artesianos”, disse o coordenador de Assuntos Indígenas, Muryllo Fernandes.
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