Brigas de rua na cidade de Pernambuco invadem a internet e estão no apelo da polícia

PAULO EDUARDO DIASSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um soco no ar. Outra que passa a raspar a orelha. Por fim, um golpe desajeitado que atinge o adversário diretamente e o faz cair no chão. O combate acontece na rua, em campos de terra e diante de espectadores eufóricos. Brigas clandestinas inundam as redes sociais com o nome de “briga de rua”.

Uma das lutas mais populares, com dezenas de vídeos postados em plataformas de vídeos curtos, chama-se “UFC Sucupira”. A briga acontece em um campo nos arredores da comunidade de mesmo nome, no município de Arcoverde. Pernambuco.

A ocasião na cidade de 77,6 mil habitantes adquiriu tamanha proporção que conta com a concentração da Câmara de Vereadores, do Conselho Tutelar, do Ministério Público e das Polícias Civil e Militar. As brigas são suspeitas de envolver adolescentes e jogos de azar. .

A fiscalização das brigas começou após o secretário de Esportes, Thiago Santana, avistar uma delas.

“Ficamos sabendo pelas redes sociais. Eu mesmo entrei em contato com o Conselho Tutelar para atuar e investigar com a polícia. É uma prática abominável, porque inspiramos o esporte, mas teremos que praticá-lo com segurança, com profissionais, com todos os dispositivos que protegem a vida das pessoas. Lá não adere a nenhum princípio esportivo”, diz o secretário-executivo José Wellington Cordeiro Maciel (MDB).

A reportagem teve acesso a um documento do Conselho Tutelar endereçado ao promotor Michel Campelo, representante do Ministério Público da cidade, no dia 14 de julho. O texto evoca a participação imaginável de adolescentes em brigas em vias públicas. Segundo a carta, os encontros são realizados aos finais de semana próximo ao ginásio Serrano e no camarote de futebol da represa de São Cristóvão.

Contatada, a entidade informou que a 2ª Promotoria de Justiça de Arcoverde, após receber denúncias, precisou recorrer à Polícia Militar para implantar patrulhamento nos locais indicados.

Em nota, a Polícia Civil informou que tem conhecimento do caso e que as investigações estão em andamento.

Aos domingos, o público das brigas de rua recebe uma visita ilustre. Um vereador da oposição, Dr. Rodrigo Roa (Avante), defende que a celebração seja regularizada, com a presença de profissionais de fitness e apoio municipal.

Roa relatou ter se conscientizado da dificuldade em sua tarefa de rastrear os anseios da periferia. “Descobri que não houve fiscalização, não houve intervenção do município, que não presta nenhuma ajuda. “

“Sabemos dos perigos do jogo de alto nível. Lesões que podem colocar em risco a integridade física das pessoas. A precariedade do exercício do jogo deve-se, por vezes, à falta de solidez económica da população, que não pode ter um ginásio. A economia pode. ” Não será um impedimento para a prática deste jogo”, completa.

Roa ainda colocou as luvas dos lutadores e posou para fotos na arena improvisada como um ringue. “Tenho notado mortes em brigas, não podemos permitir que atividades ilegais continuem, estou lutando pela presença do Estado e popularidade como organizou o esporte, com a Secretaria de Esportes”, completou.

O neurologista e professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) Mário L. Mélo explica que os participantes de brigas podem sofrer distúrbios físicos no futuro: “Podemos dividi-los em dois momentos: primeiro, os efeitos das pancadas na cabeça podem gerar tontura, lentidão no raciocínio, perda de consciência, que é uma concussão. E também pode haver traumas mais significativos, como fraturas de crânio e danos cerebrais, como contusão cerebral, hematoma extradural, lesão do globo ocular.

“Embora no início outros não sintam nenhum sintoma, a médio e longo prazo com esse tipo de prática ocorrem disfunções cerebrais devido a outros microtraumas que se acumulam ao longo do tempo”, diz o médico. Além disso, ele afirma que os combatentes representam um perigo maior. de estados insanos conhecidos como encefalopatia traumática crônica ou demência de boxer. Quem também pede ação contra as cenas de brigas de rua são os trabalhadores do Cref-PE (Conselho Regional de Educação Física de Pernambuco).

“Infelizmente, esse é o caso do Brasil. La CREF e várias outras entidades sabem disso, mas no caso do município, não temos força sobre isso. Talvez a polícia, o Ministério Público e o Poder Executivo possam reprimir esses atos”, disse o presidente da entidade, Lúcio Beltrão.

“Defendemos o exercício físico orientado por profissionais de educação física. É preciso incentivar o comportamento saudável e a prática do brincar, mas com segurança.

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Fonte: https://www. noticiasaominuto. com. br/rss/mundo

Artigo extraído de Notícias Ao Minuto

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