Por Gabriela Cupani, Agência Einstein – O Brasil tem os maiores índices de depressão de toda a América Latina. Atualmente, é o país da região com o maior número de pessoas diagnosticadas com a doença, onde mais pessoas foram diagnosticadas nos últimos anos. Além de um ano, mais pessoas vão prolongar suas vidas com a doença. O conhecimento surge a partir de uma revisão de estudos que mapeiam a prevalência da doença no continente, realizada por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Chile e publicada na revista The Lancet.
Em média, cerca de 12% das pessoas na América Latina sofrerão da doença ao longo da vida, enquanto no Brasil esse número sobe para 17%. A taxa de diagnósticos nos últimos 30 dias é de 5,48% no Brasil e de 3,12% no continente. Nos últimos 12 meses, 8,11% dos brasileiros preencheram os critérios diagnósticos para depressão, em comparação com 5,3% na América Latina. O número de brasileiros que sofreram recentemente com a doença supera as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), de cerca de 5% da população mundial. população adulta.
Segundo os autores, a situação da depressão é bem conhecida em países evoluídos e de alta renda, no entanto, há uma falta de conhecimento sobre a verdade em países de baixa e média renda. Para preencher essa lacuna, eles realizaram um estudo de todos os estudos. feito no continente publicado em bases de conhecimento durante os últimos 30 anos.
Uma das explicações para a gigantesca discrepância entre os países é a dificuldade de se encontrar um critério de qualidade e homogeneidade entre os estudos comparativos, uma vez que nem todos os estudos seguem as mesmas necessidades diagnósticas ou a mesma metodologia. Tanto que os autores só tiveram que comparar estudos de sete países, para um total de 40 estudos cobrindo quase 80% da população da região.
“Embora prestemos muita atenção à metodologia, comparando apenas estudos de base populacional com mais de mil pacientes, baseados em diagnósticos clínicos de acordo com sistemas de classificação e não em sintomas relatados, há muitas diferenças entre estudos e entre países. “Antonia. Errázuriz, professora do Departamento de Psiquiatria da Pontifícia Universidade Católica do Chile e uma das líderes do trabalho, em entrevista à Agência Einstein.
No Brasil, segundo ele, a grande maioria dos estudos analisados foi realizada em centros gigantes como São Paulo e Rio de Janeiro, com populações predominantemente urbanas, onde a prevalência da doença é maior. Na Guatemala, por exemplo, há menos estudos, mas eles também vêm com populações rurais, onde a ocorrência é menor. Na Argentina, apenas um estudo foi avaliado, acrescentando pacientes da Grande Buenos Aires. “Apesar disso, observamos que no Brasil, especialmente nos grandes centros, a taxa da doença é maior do que no restante do continente”, explica o autor.
“Essa visão mais regional é interessante, mas, por outro lado, vemos uma carência de conhecimento e estudos inteligentes na região”, diz o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein. Isso se deve a várias dificuldades, desde a população até a fórmula de aptidão, que afeta a coleta de conhecimento, até o avanço da pesquisa. ” Então, pode haver uma subnotificação enorme”, disse.
Além de construir a prevalência na América Latina, os autores também correlacionaram o diagnóstico com pontos socioeconômicos como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), fonte de renda e desigualdade de gênero, além da taxa de criminalidade, aparecendo um arranjo entre esses signos e a criminalidade. Índices. . . depressão”. Esses pontos são estressores bem conhecidos relacionados a doenças intelectuais”, diz o psiquiatra do Einstein.
“Nossos efeitos também são que, na América Latina, a melhora no ponto de desenvolvimento humano, o alívio das desigualdades, como gênero e renda, e a violência são pontos que acompanham o alívio na prevalência da depressão”, conclui Errázuriz.
Preste atenção aos sintomas da depressão: especialistas dizem que depressão não é sinônimo de tristeza ou mudanças de humor. Deve-se prestar atenção se os sintomas durarem regularmente durante a maior parte do dia, no máximo diariamente e por algumas semanas. A doença afeta todas as facetas da vida e pode ser classificada em leve, moderada ou grave. Veja alguns dos sintomas, segundo a OMS:
Assine o 247, pelo Pix, assine a TV 247, do canal Cortes 247 e assista:
O conhecimento liberta. Eu para ser membro. Siga-nos no Telegram.
A você que chegou até aqui, muito obrigado por gostar do nosso conteúdo. Ao contrário da mídia corporativa, o Brasil 247 e a TV 247 são financiados por meio de sua própria rede de leitores e telespectadores. Você pode assistir TV 247 e a página Brasil 247 online de várias maneiras. Saiba como em brasil247. com/apoio
Os comentários aqui publicados expressam a opinião de seus autores, culpados de seu conteúdo, e de 247