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23/09/2023 19:00, atualizado em 24/09/2023 09:25
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de temperaturas máximas devido à onda de calor e à ameaça de baixa umidade. Especialistas ouvidos pelo Metrópoles afirmam que o cenário atípico da transição do inverno para a primavera se deve ao fenômeno climático El Niño e ao aquecimento global.
Neste sábado (23/9), os termômetros ultrapassaram os 40ºC em vários estados. A temperatura máxima alerta a população sobre as razões desse fenômeno e sua recorrência imaginável.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), essas temperaturas máximas devem continuar a primavera que começou no sábado. “O calor excessivo que atingiu o país vai continuar na primavera. Não tão intenso quanto o que está acontecendo agora, porque estamos sob um bloqueio atmosférico que impede a chegada de frentes sem sangue em algumas regiões”, explica Gilvan Sampaio, coordenador-geral de Ciências da Terra do Inpe.
O professor Gustavo Baptista, do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), explica que a onda de calor que começou no início da semana deve continuar no fim de semana. Ele defende que é preciso mudar atitudes sobre como outras pessoas lidam com a atualização climática.
“Isso [onda de calor] dura até o final da semana, mas não vamos esquecer que estamos no final do inverno e estamos vivendo uma onda de calor. É importante renovar o cargo”, diz Baptista.
O El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, tem sido apontado como uma das principais causas do agravamento dessa onda de calor no Brasil.
O fenômeno climático é sentido em outras táticas no Brasil. Na Região Sul, é responsável pela ampliação da frequência das chuvas. No Nordeste, a seca se intensifica e o clima fica mais seco.
O porta-voz do Greenpeace, Igor Travasso, disse que o El Niño é um fenômeno natural que se intensificou graças à ação humana, com consequências desastrosas para toda a população.
“Se você comparar o fenômeno El Niño atual com o de décadas passadas, verá que ele é muito mais intenso e que a Terra está mais quente. Isso altera a temperatura natural do planeta”, alerta Igor.
A atualização climática também está desempenhando um papel importante na nova onda de calor que afeta o Brasil. As emissões de gases de efeito estufa elevaram a temperatura média do planeta e, como resultado, agravaram os fenômenos climáticos.
“A destruição de florestas e biomas também está diretamente relacionada às mudanças climáticas. São mecanismos fitoterápicos para absorver esses gases e, a partir do momento em que começamos a destruir esses biomas, destruímos também o mecanismo de temperatura fitoterápica da Terra”, explica Igor Travassos.
“Continuamos criando bolhas de calor, que são territórios em que essa temperatura está mais concentrada devido à falta de circulação do vento, seja pelo alto índice de verticalização dos territórios, seja pela impermeabilização do solo pelo asfalto. ou pela falta de espaços verdes nesses territórios”, acrescenta o porta-voz da Greenpeace.
O professor Gustavo Baptista, da UnB, ressalta que, além das emissões de combustíveis derivadas do desmatamento das florestas, o aquecimento global se intensificou devido às atividades agrícolas e comerciais e ao ambiente urbano. Para ele, a mudança está na forma como o mundo se relaciona com o meio ambiente.
“Ou substituímos nossa relação com o meio ambiente, ou ela se tornará cada vez mais intensa. E as ondas de calor geram perdas humanas, como já observamos na Europa”, diz o especialista.
Entenda as razões do ciclone extratropical que devastou espaços do sul
Primavera deste sábado (23/09). Segundo o Inmet, a nova estação chega com temperaturas acima dos 35ºC em grande parte do país.
Confira a previsão para domingo (24/9):
O Ministério da Saúde alerta que a exposição prolongada ao sol pode causar desidratação, insolação, cólicas, manchas vermelhas na pele, inchaço de tornozelos, pés e mãos, entre outros riscos.
Para os riscos de aptidão, o ministério afirma:
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