RS primeiro caso de influenza aviária em mamíferos marinhos no Brasil

O Rio Grande do Sul registrou o primeiro caso de influenza aviária em mamíferos marinhos no Brasil. A ocasião foi revelada por meio do Ministério da Agricultura (Mapa) nesta quarta-feira. O vírus H5N1 foi detectado em um lobo-marinho da Patagônia (Otaria flavescens), também conhecido como leão-marinho-do-sul. O animal foi descoberto na Praia do Cassino, no Rio Grande, no litoral sul do estado.

Este evento se soma a outros registrados no passado com a mesma espécie em países da América do Sul, como Argentina, Uruguai, Peru e Chile. “Uma onda gigante de influenza é registrada no Uruguai e na Argentina, e o Rio Grande do Sul, por estar na fronteira, está sentindo os efeitos”, explica o diretor do Departamento de Vigilância Sanitária e Defesa Animal (DDA) da Secretaria. Ministra da Agricultura (Seapi), Rosane Collares.

De acordo com Seapi, dez animais foram coletados até o momento, sendo oito leões-marinhos e dois leões-marinhos. “Evidências indicam que a ingestão de material infeccioso, como aves infectadas com influenza aviária, é a principal direção de infecção em ambientes aquáticos e semimamíferos aquáticos”, disse o ministério em nota. Especulações sobre a transmissão de animal para animal também não estão descartadas.

O caso foi registrado através do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM) de Rio Grande e acompanhado pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) no dia 30 de setembro. As amostras foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP). unidade de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH).

A directiva SVO é que as pessoas não toquem nem se aproximem de animais mortos ou moribundos. Todas as suspeitas, acompanhadas de sintomas respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser imediatamente comunicadas à Seapi por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou via Whatsapp (51). 98445-2033. “Estamos monitorando a situação junto com as organizações ambientais e de saúde e a Patrulha Ambiental, mas a colaboração de todos é importante”, diz Rosane.

O Cartão ressalta que não há ameaça no consumo de carne de aves ou ovos controlados, ou seja, aqueles que ostentam os selos de inspeção: SIF, SIE, SIM ou SISBI. Reitera ainda que esse caso não substitui o prestígio do Brasil como país livre da gripe aviária perante a OMS, uma vez que não há indicação da doença na produção publicitária.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *