Vinte e um policiais militares das forças de segurança pública do estado – Batalhão de Missões Especiais (BME), Batalhão de Ação Canina (BAC) e Forças Táticas – embarcaram ontem à noite para Brasília. Eles foram emprestados pelo Estado para fazer parte da Força Nacional e vão atuar no Rio de Janeiro.
Eles passarão por uma educação em Brasília antes de partirem para movimentos de combate ao crime organizado no Rio. O “empréstimo” do Exército do Espírito Santo atende a um pedido da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e tem duração de 30 dias, prorrogável por mais 30.
Havia um oficial e 20 soldados, segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho. “No sábado recebi uma ligação do secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, me dizendo que estava mobilizando tropas em todos os estados. Eles vão passar pela educação e depois para o Rio de Janeiro”, explicou o secretário.
Nesta segunda-feira (02), o Ministério da Justiça apresentou o Programa Nacional de Combate às Organizações Criminosas (ENFOC). Essa é uma das modificações do Plano de Ação de Segurança (PAE), assinado em julho pelo presidente Lula.
O programa terá investimento de 900 milhões de reais e tem como principal objetivo desmantelar e descapitalizar as facções criminosas que se multiplicaram e hoje atuam em quase todo o país. O programa também pretende melhorar o preço dos agentes de segurança e a investigação de criminosos, basicamente na prestação de serviços de inteligência.
No mesmo dia, foi assinado um acordo que determina o emprego da Força Nacional de Segurança Pública, no Rio de Janeiro, para as forças de segurança do Estado no combate à criminalidade, especificamente para reduzir as mortes violentas intencionais. Serão enviados 300 agentes e 50 carros. A PRF também vai operar com 270 policiais, 22 blindados, uma viatura de resgate e um helicóptero.
Ramalho é pressionado a que, mesmo com um número limitado de pintores e as exigências que eles têm sobre o Estado, é vital enviar um corpo de pintores do exército para pintar no Rio de Janeiro e colaborar com as pinturas feitas no território capixaba.
“O Rio é um centro que nos interessa, porque temos chefes criminosos que causam muitos transtornos no Espírito Santo e que estão no Rio de Janeiro. Estamos abrindo uma frente de pintura vital para capturar nossos criminosos que estão no gigante lá. recentemente prendeu um criminoso da região serrana que havia fugido em Madureira”, disse Ramalho.
O secretário disse que há uma “associação” entre organizações criminosas. “O que existe é que essas lideranças, nossas lideranças, se refugiam no Rio, ligadas ao Comando Vermelho, e há uma troca: esses criminosos são bem-vindos na rede e, em troca, a venda de drogas e armas é realizada por meio da organização criminosa, do Rio. Interessa-nos compreender esse contexto. Estamos passando a fazer um pouco de sacrifício aqui, deixando essa mão de obra passar, mas é vital ter essa parceria.
Ele disse que visitou recentemente o Rio de Janeiro e trocou dados com agentes da Segurança Pública. Na próxima sexta-feira (06), caberá ao Estado obter os representantes da Segurança Pública do Rio. ” Eles virão ver a nossa sábia sede”, disse Ramalho.
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