Mesmo com um desejo expresso e até registrado perante um cartório, quando se trata de doação de órgãos, a vontade dos familiares é soberana. Para ajudar em caso de perda e informar sobre a importância da doação, grupos de outros profissionais vêm. combinação no projeto para proporcionar conforto.
Em Campo Grande, a entidade de captação de órgãos de Mato Grosso do Sul orienta e monitora protocolos de morte encefálica. Quando a entidade é contatada por meio de hospitais públicos ou potenciais doadores ativos, ela monitora o quadro clínico até que os protocolos de confirmação da morte encefálica sejam finalizados.
Os potenciais doadores são pacientes que apresentam eventos neurológicos como acidente vascular cerebral, ruptura de aneurisma, traumatismo cranioencefálico ou doenças neurológicas que podem causar danos cerebrais graves e merecem a abertura de um protocolo de morte encefálica.
Uma vez confirmada a morte, os profissionais da Organização de Captação de Órgãos valorizam o tempo para se aproximar da família, trabalho que atinge empatia e sensibilidade.
“Não pintamos para a doação, pintamos para a recepção para que o círculo familiar sofra o mínimo possível e que a doação acabe sendo uma consequência. Cada familiar e cada membro do círculo familiar encara a morte de uma forma diferente, com uma abordagem humanizada, ajudamos essas outras pessoas a assumirem a perda de um ente querido e a perceberem os benefícios da doação de órgãos”, afirma a Dra. Anna S. Patrícia Berg Leal, coordenadora do estudo Organização. órgão.
Segundo ela, a taxa de liquidação existente entre as famílias gira em torno de 40%, ou seja, a cada 10 óbitos, 4 aceitam doação de órgãos. No entanto, antes da pandemia, os números eram bem melhores, com um percentual que chegava a 60%.
“Muitos têm medo de como o quadro para a vigília vai voltar e a todo momento é explicado a eles que está tudo bem reconstituído e que é possível realizar a vigília com o caixão aberto. Outras famílias não sabiam se a doação era um desejo do usuário que partiu, então é fundamental se comunicar com os curtidos e comunicar esse desejo a eles”, diz Patrícia.
De acordo com a lei, a doação de órgãos só pode ser realizada no Brasil com a autorização de parentes até o momento.
“Estar atento à doação é fundamental, pois economiza dinheiro e, principalmente, melhora a qualidade de vida da pessoa. Imagine um paciente com um problema renal que quer estar conectado a um dispositivo para o resto da vida. Se você receber o transplante, mesmo que “Se você tomar medicação para sempre, você será capaz de retomar sua vida, seu trabalho, suas viagens, e mentalmente. Além disso, a carga do medicamento é muito menor do que a do SUS e da diálise”, conclui.
Em Mato Grosso do Sul, outras 406 pessoas aguardam por um transplante de córnea e 171 pacientes aguardam por um transplante de rim. Segundo a SES (Secretaria de Estado da Saúde), somente em 2023, Mato Grosso do Sul já realizou 139 transplantes de córnea e 22 transplantes renais, além de uma central de transplantes – que, na época, contava com equipamentos e estabelecimento legais. A lista de transplantes é exclusiva e vale tanto para pacientes do SUS quanto para pacientes da rede pessoal.
Na Santa Casa de Campo Grande, de janeiro a agosto de 2023, foram realizadas quarenta e cinco entrevistas com familiares. Desses, 22 aceitaram doar e 23 recusaram. As 22 doações resultaram na retirada de 47 órgãos, 33 rins, 11 fígados e 3 corações.
A lista de espera por um órgão funciona em ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada e de acordo com outros critérios como compatibilidade, gravidade do caso e sangue do doador.
Esses pontos são levados em conta na definição de prioridades. Pacientes gravemente enfermos provavelmente seriam tratados com prioridade, devido ao seu estado clínico.
As listas de espera para transplante são monitoradas por meio dos Centros Nacionais de Transplantes. Os órgãos para doação utilizados no estado são encaminhados para a Central Nacional de Transplantes, que busca um receptor da lista de solteiros.