O selo é uma forma de atestar o caráter biológico da plantação e está ajudando a fortalecer a fonte de renda das famílias do município de Alta Floresta.
A história da agricultura familiar em Alta Floresta e na região do Mato Grosso abre um novo capítulo. Pela primeira vez, 31 produtores residentes no município obtiveram a Certificação de Produção Orgânica, por meio do Sistema de Garantia Participativa (PEC), que promete a origem dos produtos resultantes de práticas agrícolas ecologicamente corretas. O Sistema Participativo de Garantia (SPG) tornou-se imaginável graças à criação e aprovação no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) do OPAC – Órgão Participativo de Avaliação da Conformidade Orgânica. A fórmula é composta por trabalhadores e fornecedores, que compartilham de forma participativa o trabalho diário para a avaliação da conformidade dos produtos e sua organização. Ao todo, 42 fabricantes estão cadastrados no Projeto Rede de Agroecologia, realizado por meio do Instituto Centro de Vida (ICV), em parceria com a Rede de Produção Orgânica da Amazônia de Mato Grosso (Repoama).
Segundo Eriberto Müller, gerente de projetos do ICV, há uma necessidade crescente de investimentos que as famílias cultivem e cuidem da floresta.
“Esses projetos são muito bem-vindos e vitais para o Estado. São projetos que estamos ampliando, em colaboração com a REM, que trazem consigo a ampliação do círculo familiar da agricultura, uma visão mais sustentável do nosso território e da produção orgânica, então é tudo isso que vem para subir e expandir cada vez mais o nosso Estado”.
Para obter a certificação, os agricultores familiares terão que cumprir regras rígidas que proíbem o uso de inseticidas artificiais e fertilizantes químicos, favorecendo o uso de técnicas biológicas, como compostagem e rotação de culturas.
Os rótulos podem ser: um órgão de avaliação da conformidade biológica, chamado OAC, que por sua vez terá que ser credenciado perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), ou o fabricante pode se organizar em uma organização e cadastrar consumidores diretamente sem certificação.
Tipos de certificações
São 3 tipos de classificação de produtos biológicos que serão entregues ao cliente: Auditoria de Certificação (CAO), Sistema de Garantia Participativa (SPG) e Controle Social (SCO) na Venda Direta. Os produtos devem ter a qualidade esperada pelo cliente – sem inseticidas e sem modificações genéticas.
“Percorremos 1. 800 km para ajudar todos os nossos apiários, seja na região de Nossa Senhora de Guadalupe, seja em várias áreas rurais. Tenho alianças com muitos criadores, fabricantes rurais e graças à abelha, estamos convertendo o ” “
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No entanto, o mercado estava desanimador. Sem certificação, eles ficaram presos e foram para casa com os produtos.
“Desisti da feira, porque além de cobrar impostos, quando a gente falava orgânico, eles nos humilhavam um pouco, outros diziam que não era orgânico, que a gente podia comer com o veneno que a gente estava acostumado, porque ‘estamos em uma região que consome muito veneno’.
Com o tempo, passou a integrar a Rede de Produção Orgânica da Amazônia de Mato Grosso (Repoama). Ele diz que há desvantagens no marketing do consumidor, já que o tempo que leva para vender pode ser simplesmente produtivo.
“Vender é importante, mas é mais importante gerar, sem produto não temos vendas e o nosso hoje é muito escasso, hoje é só a família”, completa.