Mato Grosso do Sul é o 4º país mais favorecido do Brasil com a modificação das modalidades do Pix

Uma pesquisa realizada pelo Correio do Estado no portal da transparência da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que, de janeiro a outubro, Mato Grosso do Sul ocupa o quarto lugar no Brasil na lista dos 10 maiores beneficiários (pessoas físicas e jurídicas). ). entidades) com ajustes na forma de repasses especiais, mais conhecidos como “Modificações do Pix”.

Essa modalidade dá esse chamado, pois o dinheiro vai direto para a conta do corredor municipal, sem fazer planos ou transparência, diferentemente de outros repasses.

A emenda do Pix foi reforçada após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar a inconstitucionalidade do orçamento secreto, abrindo caminho para a nova modalidade.

Por meio dessa modalidade, os parlamentares destinam recursos aos municípios, mas cabe à prefeitura convocar licitações, definir os custos dos produtos e escolher empresas fornecedoras.

Segundo consulta do Portal da Transparência da CGU, a líder no ranking dos 10 beneficiários das “emendas do Pix” é a Bahia, com R$ 90. 815. 830,75, seguida por Carapicuíba (SP) com R$ 56. 363. 501, R$ 25, São Luís (MA) com R$ 41. 833. 056,50 e Mato Grosso do Sul com R$ 38. 214. 932,25.

É seguido por Acre com R$ 36. 148. 179,50, Amapá com R$ 35. 473. 745,25, Macapá (AP) com R$ 32. 220. 171,00, Sergipe com R$ 30. 425. 092,50, Minas Gerais com R$ 28. 626. 640,50 e São João de Meriti (RJ) com R$ 2. 7. 387. 563,00.

Os R$ 38. 214. 932,25 pagos ao Estado de Mato Grosso do Sul estão assim distribuídos: Três Lagoas ganhou R$ 11. 733. 241,00, Campo Grande ganhou R$ 10. 401. 329,00, Vicentina ganhou R$ 4. 073. 023,00, Ivinhema ganhou R$ 385. 939,50 e o Governo de MS ganhou mais R$ 11. 621 399 ,75.

No caso de Três Lagoas e Campo Grande, os recursos vieram por meio da ex-senadora Simone Tebet (MDB), atual ministra do Planejamento e Orçamento.

Em 2019, o Congresso aprovou a Emenda Constitucional nº 105, que criou a modalidade especial de mudança.

O mecanismo permite que os membros do Congresso destinem recursos a estados e municípios “sem antes quererem formalizar convênios, apresentar projetos ou obter aval técnico do governo federal”.

É tão inegável que a ferramenta foi apelidada de Pix splice. De 2020 até o ano passado, por exemplo, foram destinados R$ 10,4 bilhões para essa modalidade; o beneficiário efetivo é especificado na lei de finanças anuais (LOA).

Só neste ano, foram R$ 5,5 bilhões. Em dezembro de 2022, o STF decidiu que as emendas do relator eram inconstitucionais. Posteriormente, o Congresso Nacional transferiu parte do dinheiro para emendas obrigatórias individuais por meio de transferências especiais, conhecidas como “emendas do Pix”. “.

O mecanismo abre as portas para o mau uso dos recursos públicos justamente por ser opaco no conhecimento obtido por meio da transparência ativa, voltada para pequenos municípios, onde mecanismos internos e externos são vulneráveis.

A modalidade Pix é utilizada até mesmo por meio de municípios que apresentam irregularidades com o Cadastro Único de Convênios (Cauc), da Secretaria da Fazenda da Nação (STN) e o Cadastro Informativo de Créditos Não Pagos do Setor Público Federal (Cadin), dispensando a prestação de contas por meio de beneficiários.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira (1), a lei que institui o Pacto Nacional pela Retomada de Obras Inacabadas. As previsões continuam com 5. 662 trabalhos na área da escolaridade e 5. 489 na área da saúde. nenhuma sanção pública ou rito de veto ao texto aprovado pelo Congresso Nacional em outubro.

A nova lei, decorrente do Projeto de Lei nº 4. 172/2023, cria um marco regulatório para a retomada de obras e serviços de infraestrutura paralisados ou inacabados. O Partido Popular promete recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Sistema Único de Saúde (SUS) para projetos considerados prioritários por meio de estados e municípios, que devem explicitar o interesse em aderir ao pacto.

Os novos recursos serão transferidos para todas as estruturas, mesmo que o valor original tenha sido integralmente transferido. A renegociação implicará uma nova era de compromisso e correção dos valores correspondentes à fração não executada, e possivelmente viria com ajustes no projeto. As pinturas devem ser concluídas em até 24 meses, prorrogáveis uma vez por igual período.

Segundo a Presidência, ao priorizar as obras, serão levados em conta critérios como o percentual de execução, o ano de adjudicação do contrato, se o estabelecimento atende comunidades rurais, indígenas ou quilombolas e também se o município sofreu erros nos últimos dez anos. . O trabalho com irregularidades poderia eventualmente ser incluído no plano, desde que tal não prejudique a determinação do trabalho quotidiano devido a avarias.

O Ministério da Educação estima que o investimento para completar todos os quadros sujeitos à retomada será de R$ 6,2 bilhões, com investimento de R$ 458 milhões em 2023, R$ 1,6 bilhão em 2024 e 2025, além de R$ 332 milhões em 2026. A lista de pinturas inclui as de escolaridade inicial, escolaridade número um, ensino profissional e inclui novos campos desportivos, cobertura de campos existentes, renovações e ampliações da estrutura.

O convênio também autoriza a retomada de obras de engenharia financiadas pelo Ministério da Saúde por meio de repasses de renda a recursos destinados ao Fundo Nacional de Saúde. O setor registrou 5. 489 postos de trabalho que estão sujeitos a retrabalho.

Entre elas, a ampliação e reforma de academias de ginástica, academias de ginástica, estrutura e ampliação de prontos-socorros, rede Cegonha e neonatal, ambiente, centros especializados de reabilitação e oficinas ortopédicas.

Na Câmara dos Deputados, foram acrescentados ao projeto de lei dispositivos para a retomada das pinturas também no setor cultural. O texto prevê a implementação dos recursos da política Aldir Blanc.

No âmbito dessa política, é possível prever a construção, ampliação, reforma e modernização de espaços culturais, inclusive aqueles criados por meio ou vinculados a estados e municípios, além da aquisição de aparelhos e acervos.

O Congresso também acrescentou ao texto o dispositivo que oferece a reabertura da renegociação de dívidas estudantis inadimplentes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Atualmente, o Fies tem 1,2 milhão de contratos vencidos, com saldo devedor de R$ 54 bilhões.

Segundo a Presidência, a lei prevê situações mais favoráveis para a amortização de contratos firmados até o fim de 2017 e cujas dívidas estejam vencidas e não pagas até 30 de junho de 2023.

 

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