Novembro terá chuvas abaixo da média no Norte e Nordeste

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que em novembro as chuvas ficarão abaixo da média nas regiões Norte e Nordeste e acima da média em outras partes do país.

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No Norte, nos estados de Roraima, Amapá, centro-norte do Amazonas e Pará, Tocantins e grande parte da região Nordeste, os volumes serão inferiores a 80 milímetros (mm). No sul da Região Norte, as chuvas podem ultrapassar os 180 milímetros.

Em alguns pontos da região Nordeste, incluindo o Ceará, a previsão é de chuva próxima à média antiga, com acumulados abaixo de 40 mm.

O excesso de chuvas ocorrerá no máximo das regiões Centro-Oeste e Sudeste, com retorno lento das chuvas nas regiões sudeste de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, com volumes que possivelmente ultrapassariam duzentos mm, permanecendo acima da média.

Para a região Sul, há previsão de chuvas acima da média no território, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde os volumes mal podem ultrapassar os 160 mm.

Temperaturas

Novembro será marcado pelo calor do Brasil, com temperaturas acima da média em grande parte do país, principalmente nas regiões de Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia. Nesses locais, os termômetros podem ultrapassar os 28 graus Celsius. (ºC).

No Sul e Sudeste do país, as chuvas podem atenuar o calor e os termômetros podem registrar temperaturas abaixo de 24°C.

El Niño 2023

Até o dia 16 de novembro, o fenômeno climático El Niño pode provocar chuvas significativas que contribuirão para elevar a temperatura da água no solo, com valores acima de 90%, causando inundações no sul do país.

Além dessa região, o El Niño trará chuvas acima da média na região noroeste e noroeste, bem como em áreas centrais do Brasil, como centro-sul de Mato Grosso do Sul e partes dos estados brasileiros. A umidade do solo pode atingir valores acima de 80%.

Em outras partes do país, o El Niño agravará as condições de seca acima do normal, afetando o bioma amazônico, basicamente no componente centro-leste da região, onde a influência do fenômeno é maior.

As previsões dos efeitos dessa ocasião são do Inmet e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad).

A meteorologista do Inmet, Naiane Araújo, disse à Agência Brasil que o El Niño deve ser sentido por alguns meses, com intensidade moderada, devido ao aquecimento das águas do Oceano Atlântico, próximo à linha do Equador.

“Neste momento, a previsão é que vamos atravessar toda a primavera com os efeitos do El Niño e isso vai continuar durante todo o verão. E estamos sentindo o efeito disso no nosso país, com chuvas. no sul e redução das chuvas mais ao norte. E aqui no domínio central do Brasil, com o fenômeno configurado, há uma certa irregularidade na precipitação, mas não tem um efeito tão bem definido. “

Sobre as fortes chuvas que atingiram os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina em setembro e outubro, o meteorologista do INMET explica que são consequências das mudanças climáticas no planeta. Para ela, o El Niño piorou.

“Estamos vivendo cada vez mais episódios de excessos: as chuvas são mais agressivas, mais volumosas e as secas são mais severas, a seca é mais intensa. Portanto, há episódios de excessos cada vez mais recorrentes e, em um ano de influência do El Niño no Sul, esse cenário foi reforçado. É um ingrediente a mais. “

Impactos na agricultura

De acordo com as previsões do Inmet sobre os possíveis efeitos das condições climáticas de novembro na safra agrícola 2023/24, os baixos volumes de chuvas nas áreas do Matopiba (região que inclui os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) permanecerão com altos índices pluviométricos bajos. de água no solo, exceto nas áreas sul do Tocantins e oeste da Bahia, onde será observada uma ligeira recuperação da umidade do solo.

Com isso, a evolução inicial das primeiras safras, que já estavam em andamento em novembro, pode ser afetada.

O Inmet destaca ainda que, em boa parte da região central do Brasil, o retorno das chuvas será para recuperar a água armazenada no solo, principalmente em áreas ao norte de Mato Grosso e Goiás, bem como para o início da colheita do cereal. Em Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais e Goiás, a umidade do solo será suficiente para atender aos anseios das etapas iniciais da safra 2023/24.

Em algumas áreas da região sul, o excesso de chuvas e consequentes encharcamentos podem afetar a colheita das lavouras iniciadas no inverno e mais: vão poupar a continuidade do plantio de sementes para as primeiras colheitas. O INMET alertou.

O Instituto fornece dados sobre previsões meteorológicas oficiais, estimativas de precipitação, bem como avisos meteorológicos especiais em sua página online e mídias sociais.

*Agência Brasil

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