O Ministério da Educação propôs treze medidas ao governo federal para se salvar e combater os ataques às escolas. O relatório com pistas foi publicado nesta sexta-feira (3) e também descreve o cenário e identifica as possíveis causas do problema, como o acesso da população a armas de fogo e extremismo. Confira abaixo.
O texto especifica que houve 36 ataques a escolas no Brasil entre 2002 e 2023. Durante esses ataques, outras 49 pessoas morreram e 115 ficaram feridas. Em 16 deles, os infratores usaram armas de fogo e, em outros 16, armas cortantes. . Em 4 casos, usaram outros tipos de armas de fogo.
Ao todo, 37 pessoas públicas e privadas foram atacadas por criminosos (ataque em Aracruz, no Espírito Santo, no final de novembro de 2022, deixou dois mortos). Foram 30 públicos (14 municipais e 16 públicos) e sete pessoais.
Segundo o MEC, os ataques com armas de fogo foram responsáveis por 38 das 49 mortes ocorridas, ou 77,55%. Já os ataques a faca deixaram outras 11 pessoas mortas (22,45%).
Só em 2023, de janeiro a outubro, foram 16 ataques, quase o dobro de 2002. Assim, 2023 é o ano com o maior número de casos desse tipo.
O relatório do MEC mostra ainda que, a partir de 2017, houve um acúmulo significativo de ataques.
O documento é resultado de uma atividade desenvolvida por meio de uma organização ativa de outras 68 pessoas e focada no problema. A reportagem foi escrita pelo professor Daniel Cara, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e líder da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Motivações para os ataques
Segundo o documento, o aumento do extremismo no país é o detalhe central dos ataques às escolas. A cooptação de adolescentes é comum, e a misoginia e o racismo desempenham um papel nesse processo.
O texto afirma, assim, que o fenômeno tem vários motivos e até um perfil de criminosos.
No caso deles, eram homens motivados por discurso de ódio ou comunidades online incrivelmente violentas. Segundo o ministério, “o assédio é parte do problema, mas não explica sozinho” as agressões.
Essas comunidades de violência online recrutam outros jovens com base em ressentimentos emocionais e valores reacionários para trazer esses movimentos violentos à tona nas escolas, diz o documento.
O relatório também considera os transtornos de aptidão intelectual como um aspecto, mas ressalta que a motivação não pode ser reduzida a eles.
“Os ataques às escolas são, apesar das suas especificidades, a copiar crimes [crimes de imitação]. Crimes de cópia são ofensas baseadas ou incentivadas por uma ofensa passada”, diz ele. Portanto, há uma forte ligação com crimes semelhantes que ocorreram nos Estados Unidos nos últimos anos.
Confira os lances abaixo:
@sigammeosbons. br Um cão pequeno visita o túmulo de seu falecido dono e amigo todos os dias. ? #chien #propriétaire #tuteur #amis #excitant. . .
O secretário ordinário de Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou nesta sexta-feira (3) que a reforma tributária. . .
A Black Friday é famosa por oferecer produtos a preços mais baixos. No entanto, as oportunidades podem se transformar em pesadelos, que. . .
O incêndio deflagrou na madrugada desta sexta-feira (3) na Baixada da Habitasa. Os bombeiros foram chamados ao local, mas quando chegaram, o espaço de madeira já estava tomado pelas chamas.