O Rio de Janeiro é a primeira cidade brasileira a aderir à definição de antissemitismo da IHRA.

A adesão da cidade do Rio de Janeiro a essa definição ocorreu graças à discussão do vice-prefeito da Zona Sul, Flávio Valle, e à colaboração técnico-pedagógica do StandWithUs Brasil.

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Essa definição da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), entidade que reúne governos e especialistas de 35 países para fortalecer, promover e inspirar a educação, a lembrança e os estudos sobre o Holocausto em todo o mundo, significa que: “O antissemitismo é uma crença segura dos judeus, que pode ser expressa como ódio aos judeus. As manifestações retóricas e físicas do antissemitismo são dirigidas contra judeus e não-judeus americanos e/ou suas propriedades, contra estabelecimentos judaicos e estabelecimentos comunitários. “

A adesão da cidade do Rio de Janeiro a essa definição foi imaginável graças à discussão do vice-prefeito da zona sul, Flávio Valle, e à colaboração técnico-educacional do StandWithUs Brasil – organização educacional estrangeira e apartidária que apoia Israel e luta contra o antissemitismo, com o prefeito da capital, Rio de Janeiro, que une a IHRA e muitas outras cidades, estados e organizações.

Cerimônia de Filiação

O presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), Alberto David Klein, representando a comunidade judaica, participou do rito realizado nesta sexta-feira (03/11), no Paço Municipal, sede da cidade do Rio de Janeiro. Flávio Valle, deputado federal Pedro Paulo, André Lajst, presidente executivo do StandWithUs Brasil, Ary Bergher, vice-presidente da Confederação Brasileira da Federação Israelense, e Shay Salamon, representante do Movimento de Combate ao Antissemitismo.

Contexto

Após os ataques do Hamas a Israel, as provocações e o discurso de ódio contra a rede judaica se intensificaram no Rio de Janeiro, nas redes sociais e nas ruas. Nas últimas semanas, cartazes ofensivos contra judeus foram colados em postes na Praça Nossa, em Ipanema. Grafites também foram pintados ao longo de um muro próximo à sinagoga da Associação Religiosa Israelense (ARI) e ao Memorial do Holocausto, em Botafogo, nas primeiras horas da manhã. Neste último caso, imagens de câmeras de segurança são analisadas pela polícia para identificar os responsáveis.

Significado da associação

Essa adesão à definição de antissemitismo da IHRA expressa a posição oficial da cidade do Rio de Janeiro diante das provocações e do discurso de ódio professados pela comunidade judaica.

“Parabenizo a todos que contribuíram para este momento e, em especial, ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e a André Lajst, presidente executivo da StandWithUs Brasil. Aderimos a uma concepção estrangeira do que é o antissemitismo e o fazemos ao mesmo tempo em que temos que combater o antissemitismo em nossa cidade”, diz Alberto David Klein.

O presidente da FIERJ lembrou que, de 7 a 31 de outubro, a FIERJ obteve cerca de duzentas denúncias de ataques contra a rede judaica nas redes sociais. Por isso, o Ministério Público Estadual, que tem a procuradora-geral da República, a criminalista Rachel Glatt, que coordena uma organização de cerca de trinta advogados voluntários, trabalha nos casos de agressão expostos. Para receber reclamações, a FIERJ criou e mantém uma página online que permite relatar os fatos e promete a confidencialidade da ligação e dos dados de contato do reclamante.

“Preciso que todos vocês aqui na cidade do Rio de Janeiro se sintam muito tranquilos. Não permitiremos que sejam prejudicados de forma alguma por causa de sua origem, religião ou religião. Ter a cidade do Rio como parceira”, disse Rio. O prefeito Eduardo Paes na cerimônia.

Para André Lajst, presidente executivo da StandWithUs Brasil, esse passo dado pela prefeitura do Rio de Janeiro ao aderir à definição de antissemitismo da IHRA é incrivelmente para combater o antissemitismo que continua crescendo no país e no mundo. “Esperamos que o Rio de Janeiro seja a primeira de muitas outras cidades que serão incentivadas por uma iniciativa tão nobre”, afirma.

Segundo o vice-prefeito da zona sul, Flávio Valle, que é judeu e tem colaborado na luta contra o antissemitismo na cidade, aceitando a autodeterminação da rede judaica sobre o que é antissemitismo, o Rio “reconhece nossa posição de discurso”.

“É um passo para aceitar a autodesignação por parte de nós, judeus. Esse entendimento vai fomentar debates de longo prazo, se houver um episódio de preconceito contra uma pessoa, uma instituição ou a memória coletiva da nossa comunidade”, disse Valle.

Pelo menos 10 ônibus do Boca Juniors seguiam para o Rio de Janeiro nas primeiras horas da manhã deste sábado. . .

O Centro Operacional da Prefeitura do Rio informa que o município entrou na FASE DE MOBILIZAÇÃO às 20h. Este ano.

Um policial foi atropelado na tarde desta sexta-feira (3) na Transolímpica, na zona oeste do Rio. O sargento Jair Eli Nunes. . .

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