Após reclamação, Focar Vistoria Veicular será desclassificado definitivamente do Detran-MS

Após denúncia ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) e resolução judicial da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, o diretor-presidente do Detran, Rudel Trindade, informou que o credenciamento definitivo da empresa Focar Vistoria Veicular será publicado no Diário Oficial da União (1º).

De acordo com a investigação, a empresa Focar tinha um cônjuge oculto que no passado era ligado ao Detran-MS. Nelson Gonçalves Lemes, ocupou o cargo de Chefe do Departamento de Registro e Controle de Veículos do Detran-MS até 2014 e seria dono de 70% da empresa de fiscalização.

Ressalte-se que este veículo de comunicação foi informado que assim que tomou conhecimento da ação, e antes mesmo de ser informado da mesma, o diretor-presidente do Detran, Rudel Trindade, decidiu pela urgência dos encaminhamentos. .

Consulta

Conforme noticiado no passado pelo Correio do Estado, a 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos determinou que o Departamento de Trânsito do Estado de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) desqualifique definitivamente a empresa Foautomobile Vistoria Veicular Eireli ME por seu prestígio credenciado como vistoria automobilística.

Segundo investigação realizada pelo promotor Humberto Lapa Ferri, da Promotoria de Justiça 31 do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, apurou-se que, na documentação do Focar pertencia a Antônio Gregório Filho, a verdade é que a empresa pertencia a Nelson. Gonçalves Lemes, que ocupou o cargo de Chefe do Departamento de Registro e Controle de Veículos do Detran-MS até 2014.

À época, segundo a investigação do MPMS, o Focar havia passado pelo processo de credenciamento junto ao Detran-MS, após ser aprovado em 21 de junho de 2014. Quatro dias depois, em 1º de julho daquele ano, Lemes foi demitido do cargo. agência.

Na ação civil pública ajuizada no Ministério Público 31 de Campo Grande, Lapa Ferri sustenta que os indícios de que Lemes de fato chegou aqui como dono da Focar após a Operação Vistoria, que executou mandados de busca e apreensão na empresa e nas residências dos demais envolvidos.

Segundo o promotor, entre os documentos foi descoberto um contrato de soltura que continha dados de que o ex-diretor do Detran-MS possuía 70% das ações do vistoriador.

“É obrigatória a busca e captura de documentos de Nelson [Lemes] e Antônio Gregório para substituir suas versões e admitir um contrato de soltura [capturado por decisão judicial], no qual Lemes seria dono de 70% da empresa, fraudando, por anos, o quadro de credenciamento [Detran-MS]”, diz trecho da ação civil pública em que o MPMS pede o descrédito de Focar.

Segundo o Ministério Público, mesmo com essas informações, o Detran-MS rejeitou o pedido do promotor para desqualificar o inspetor, o que teria levado o caso à Justiça.

Durante o processo, a defesa de Focar negou que a empresa tenha tentado burlar o procedimento de credenciamento como fiscal do Detran-MS.

“Depreende-se das provas dos autos que essa situação, ou seja, a figura da laranja que teria como objetivo burlar a lei ou o fisco ou mesmo praticar condutas ilícitas, não existe no momento do ajuizamento. O MPMS anexou para registrar todos os documentos apreendidos em decorrência do pedido de busca e apreensão feito contra a empresa Focar e seus associados, no entanto, não há indícios de fraude contra o fisco, o que refuta a alegação de que o valor existe em laranja”, diz trecho da defesa.

No entanto, na resolução do juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, ele aceitou o pedido feito por meio do Ministério Público e resolveu a cassação do Focar no prazo de 15 dias.

“Ao omitir no processo 31/701180/2020 sua verdadeira configuração societária e ao apresentar documentação incompleta referente apenas ao cônjuge que constituiu oficialmente a empresa (Antônio Gregório Filho), a ré Focar Vistoria Veicular Eireli ME violou o disposto na Resolução Contran n. . 466. / 2013 (Art. 8º, VI), Portaria Detran-MS ‘N° 013/2014 (Art. 26, XII) e Portaria Detran-MS ‘Nº 068/2020 (Art. 2º, I’, a’ e ‘b’)”, escreveu a decisão.

“Em razão dos argumentos apresentados, faço valer o pedido formulado, em primeiro lugar, para entender que o réu Detran-MS favorece a inabilitação definitiva do réu”, decidiu a sentença. O descumprimento dessa medida acarretará multa diária de R$ 5 mil, limitada a R$ 500 mil.

*Colaborou Daiany Albuquerque

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Oito anos após o Mar de Lama da Samarco engolir a comunidade de Mariana (MG), em Bento Rodrigues, um componente de Ouro Preto (MG) está sendo esvaziado com alertas de um novo rompimento de uma barragem de mineração.

Às 13h30, no município de Barão de Cocais (MG), uma igreja setecentista e todas as casas da rede Socorro compõem a paisagem do que hoje é uma cidade fantasma. Todos se moveram depois que as sirenes soaram em 2019 e anunciaram a ameaça de alguma outra tragédia.

Enquanto as famílias de Mariana ainda lutam por uma indenização justa, a ocupação por meio do garimpo está ocorrendo em todo o estado e continua tendo efeitos diretos na população.

A expansão, corroborada por imagens de satélite, é denunciada pelos vizinhos. “Perdemos o lugar onde nascemos e crescemos, a nossa memória. Tudo”, diz o aposentado Marcos Muñiz, 59, ex-morador de Bento Rodrigues.

Em 5 de novembro de 2015, o local foi o primeiro a ser afetado por 40 milhões de metros cúbicos de mineração de chá da Samarco, empresa formada por meio de uma parceria entre as petroleiras Vale e BHP Billiton.

Desde então, medidas contra essa supressão levaram a demandas por reparação integral. Além de várias movimentações na Justiça brasileira, processos tramitam na Inglaterra, país de origem da BHP.

Símbolo de uma das maiores tragédias ambientais do mundo, o rompimento de Mariana não é o único exemplo ocorrido no país. Outra barragem da Vale, em Brumadinho (MG), se rompeu em janeiro de 2019, matando 270 pessoas, além de duas gestantes.

Em nenhum desses casos foram impostas sanções penais. Durante os testes, as mineradoras foram pressionadas a serem mais seguras. A amostragem ao redor dos reservatórios foi acelerada.

Em fevereiro de 2019, os munícipes de Socorro acordaram de madrugada com uma sirene. Havia ameaça de deslizamento de terra na barragem Sul Superior, também da Vale. Outras 400 pessoas saíram às pressas. E eles não puderam voltar.

Élida também mostrou novas operações de mineração nas proximidades. Os atingidos denunciam esse avanço, enquanto a ameaça de deslizamentos persiste e o retorno à aldeia é proibido.

“Eles queriam trazer a mineração para cá”, diz. Aproveitaram o desafio da Mariana e do Brumadinho para nos expulsar e ter livre acesso”.

Em nota, a Vale informou que a barragem está sendo descaracterizada e tem previsão de conclusão em 2029. Só depois disso as famílias poderão retornar.

A empresa aponta que um acordo de reparação judicial prevê R$ 527 milhões para o Barão de Cocais, em sistemas de circulação de fontes de renda e no fortalecimento dos serviços públicos. Segundo a empresa, R$ 90 milhões já foram pagos.

A Vale afirma que não houve ampliação dos poços em operação em Barão de Cocais, Ouro Preto (onde fica o distrito de Antônio Pereira, esvaziado pela ameaça de novo rompimento) e Mariana. A plataforma MapBiomas, que analisa imagens de satélite, indica uma expansão dos espaços de mineração até 2022, o maior número recente.

As organizações dos demais envolvidos cunharam o termo “barricada terrorista” para se referir aos movimentos das empresas. O risco seria usado como pressão para retiradas, facilitando assim as reservas de mineração. Contribui para isso a dependência econômica da região em relação à mineração.

São as empresas que classificam os perigos das barragens, diz o ecólogo Ronald Guerra. “É a própria empresa que reduz ou aumenta o risco. Uma autodeclaração de uma empresa que não aceitamos como verdadeira é uma coisa muito frágil”, diz. , um dos líderes do Instituto Guaicuy.

Os municípios de Mariana, Ouro Preto e Barão de Cocais foram procurados pela reportagem, mas só responderam à publicação deste texto.

As empresas realizam pesquisas para detectar problemas de inundação em caso de rompimento. A Vale diz que usa “geração de ponta para realizar uma avaliação completa”.

Dados divulgados pela Repórter Brasil mostram que as várzeas relacionadas a barragens estão em risco em um total de 2. 050 km² em 178 localidades do país, a maioria delas em Minas Gerais.

Ronald Guerra conversou com a Folha em frente à barragem de Doutor, uma estrutura da Vale, em Antônio Pereira. “Os estudos são um pouco mutantes, são substituídos de acordo com o interesse da mineradora. Este lugar já teve vários projetos. “

Em 2020, a Vale despejou algumas famílias de Antônio Pereira e da vizinha Vila Samarco com base nessas análises. Guaicuy presta assistência técnica independente aos atingidos por meio de Pereira. Essa pintura também é feita em Mariana através da Cáritas.

“Um pequeno aparelho mediu, no canto da minha parede e do vizinho, que o retirou. O pequeno aparelho não apitou no meu espaço e me disseram ‘a poeira não vem aqui'”, conta Gislène Faria, 41, moradora de Antônio Pereira. Que poeira é essa que tem vida própria? Pegue meu vizinho por trás, pela esquerda, pela frente, e a poeira não triunfará no meu espaço. “

Hoje, ela, o filho e o marido vivem em casas desertas, desabrigadas e vandalizadas: “Desertei na rua”.

Há também novas ocupações no local para gestão de resíduos, com tráfego de caminhões, causando danos a residências e cachoeiras.

O desaparecimento de comunidades inteiras, sem promessas de direitos, e o sentimento de impotência são percebidos como uma repetição do que aconteceu com os atingidos pela tragédia das Marianas. São 8 anos de namoro com pouca transparência e prazos indefinidos, segundo os executivos.

“É como se tivéssemos congelado nossas vidas em 2015”, disse o mecânico Mauro Marcos da Silva, 54. Ele diz que gostaria de voltar para o seu Bento.

Ao contrário da vida de Mauro, a mineração não foi congelada. A Samarco retomou as operações em Mariana no final de 2020, devido à pandemia.

A empresa diz que está operando com 30% da capacidade e não utiliza barragens. É concebível ver, a partir do velho Bento, movimentos de caminhões que não eram vistos antes da tragédia.

Segundo a Fundação Renova, criada para gerir as reparações, foram destinados R$ 32,7 bilhões para ações de reparação e ressarcimento, afetando 431,2 mil pessoas.

Os novos reassentamentos, em Bento Rodrigues e Paracatu, foram entregues pela primeira vez neste ano. Das 341 casas previstas nos dois locais, 234 já foram concluídas. Algumas instalações, como a escola Bento, já estão em funcionamento.

Os líderes do confronto com a Renova não saíram de casa e falam em represálias. A base especifica que as pinturas dependem de procedimentos legais e do consentimento do usuário afetado.

As características desses novos conglomerados são difíceis de conciliar com a ideia de reparar estilos de vida, segundo stakeholders. Bento Rodrigues é rural, plana, com casas abastecidas de água potável e espaços para pecuária e lavouras.

O novo Bento está localizado em terreno montanhoso. O cenário é um complexo imobiliário urbano, com arquitetura padronizada, próximo a condomínios.

“Eles estão se mudando para mostrar ao mundo que entregaram casas maiores que as nossas”, disse Mônica dos Santos, 38, que nasceu e mora em Bento. “Mas faltam peças, vão faltar. “

A base diz ter seguido o exemplo de ex-moradores.

Um total de 47. 470 estudantes farão o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) neste domingo (5), primeiro dia do exame, em Mato Grosso do Sul, o que representa 1,2% dos estudantes matriculados no Brasil (3,9 milhões).

São 114 locais e 1. 629 salas de aplicação espalhadas por 41 municípios de Mato Grosso do Sul.

As mulheres (61,1%) são maioria (29. 035) dos inscritos, enquanto os homens (38,9%) constituem a minoria (18. 435).

Dos inscritos, 21. 494 (45,3%) já concluíram o ensino médio, 17. 857 (37,6%) estão no 3º ano e 7. 836 (16,5%) estão no 1º ou 2º ano (formadores). Outros 283 (0,6%) são também formadores, considerando que não frequentam ou não concluíram o ensino secundário.

Dos candidatos, 3. 225 têm menos de 16 anos, 7. 185 têm 16 anos, 12. 379 têm 17 anos, 6. 394 têm 18 anos, 3. 241 têm 19 anos, 2. 174 têm 20 anos, 8. 523 têm entre 21 e 30 anos. Outras 4. 530 pessoas têm entre 31 e 59 anos e 89 participantes têm 60 anos ou mais.

Dos inscritos, 57% (27. 020) estão isentos de taxas de inscrição e 43% (20. 450) já pagaram.

Confira o número total de inscritos de acordo com o município de aplicação:

As provas do ENEM serão realizadas em dois domingos, 5 e 12 de novembro. O resultado será divulgado no dia 16 de janeiro de 2024.

A primeira é a escrita; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Humanidades e suas Tecnologias, com cinco horas e meia de duração.

O momento é das fitoterápicas e suas tecnologias e da matemática e suas tecnologias. A duração é de cinco horas.

O exame é composto por 180 questões de múltipla escolha e uma redação. As disciplinas abordadas pela checagem são português, literatura, matemática, química, física, biologia, história, geografia, sociologia, filosofia, artes e inglês ou espanhol.

Os locais de prova foram anunciados em 24 de outubro na página dos participantes. Apesar de ser obrigatório, o Inep recomenda realizá-lo nos dias de exame (5 e 12 de novembro).

As inscrições foram de 5 a 16 de junho de 2023 e o pagamento foi de R$ 5,00, com pagamento até 21 de junho.

O parecer do Enem promete que os participantes farão o exame a menos de 30 quilômetros de sua casa. No entanto, logo após o anúncio dos postos de controle, acadêmicos relataram distâncias de mais de 40 quilômetros.

De acordo com o governo federal, cerca de 50 mil pessoas a mais inscritas no Enem 2023 foram distribuídas para vagas de suas casas e terão a oportunidade de fazer as provas nos dias 12 e 13 de dezembro de 2023.

No estado, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) estão estabelecidos para a carreira do ENEM. como porta de entrada.

Com a pontuação do Enem, é possível se inscrever na fórmula unificada de variedades (Sisu), no programa Universidade para Todos (Prouni) e no investimento estudantil (Fies).

A oportunidade serve de porta de entrada para diversas universidades públicas e do Brasil e até de Portugal.

A coordenadora linguística da rede de escolas, Caroline Lucena, explica que o Enem aborda questões que remetem aos problemas estruturais do Brasil.

A equipe de professores de redação da Rede Elite do Ensino indexou alguns temas e disciplinas que podem ser incluídos no ENEM, para que os acadêmicos prestem atenção neles. Are:

Além de apontar temas imagináveis, Lucena também indexou algumas dicas que podem te ajudar a se preparar para uma redação de alto nível. Para conferir:

A psicóloga do Centro Universitário Anhanguera (UNAES), Flávia Milanez de Farias, dá algumas dicas que podem ajudar a aliviar a ansiedade na hora de resolver questões do ENEM. Para consultar:

Os estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e as provas presenciais da universidade pública terão vantagens de frete livre nos dias de prova em Campo Grande.

O Decreto nº 15. 718, que sanciona a gratuidade do ensino, foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) em 20 de outubro de 2023.

Para usufruir das vantagens, o estudante deve utilizar o seu cartão de estudante ou cidadão no validador de autocarros, terminais e/ou estações de pré-embarque (Peg Fácil).

A aprovação única será entregue automaticamente aos alunos devidamente matriculados e aprovados.

* Alanis Netto contribuiu

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