Ciclone extratropical no sul reflete e destrói a costa do PS

Apesar de terem atingido 151 quilômetros por hora – conforme informou a Praticagem de Santos à Defesa Civil Municipal – e causado estragos na Baixada Santista, os ventos desta sexta-feira (3) não foram forçados por furacão, mas fortes rajadas. Os dados são da Defesa Civil do Estado de São Paulo, segundo a qual o fenômeno foi causado pela formação de um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul.

Há hipóteses de que o vendaval, que durou cerca de 20 minutos, tenha sido um furacão de nível 1. No entanto, segundo o meteorologista da Defesa Civil Willian Minhoto, ventos fortes não são suficientes para serem classificados como furacões. “Gostaríamos de outros recursos para essa configuração”, disse ele.

O ciclone que atingiu a região sul causou estragos na Baixada ao provocar uma frente sem sangue que colidiu com calor e umidade em São Paulo, tornando os ventos mais intensos. Mas também não houve ciclone na área: apenas seus reflexos foram sentidos, em “uma forte tempestade” causada por ele, segundo o coordenador da Defesa Civil de Santos, Daniel Onías.

O fenômeno e os tumultos não devem se repetir nos próximos dias. O meteorologista Franco Cassol, também da Defesa Civil de Santos, informa que a previsão prevê uma melhora no tempo. Espera-se que o mar permaneça agitado, mas não se espera aumento de tufão, já que a maré não atingirá os graus máximos que causariam movimentos de ondas.

Sessenta e três árvores caíram no temporal desta sexta-feira em Santos. Naquela noite, a Prefeitura começou a desobstruir as pistas, religar a energia elétrica (em colaboração com a concessionária CPFL) e cortar as usinas caídas das faixas afetadas. 250 profissionais do município e empresas estão trabalhando e as instalações podem durar até domingo (5).

A prefeitura diz que o número de mortos poderia ter sido pior se as copas das árvores não tivessem sido rebaixadas em algumas áreas da cidade. Por exemplo, na Avenida dos Bancários, na Ponta da Praia, onde estão os ingazeiros, não houve queda.

“Temos o lençol freático quase abaixo de toda a cidade, o que significa que as raízes não têm a intensidade certa para ter alguma proteção e evitar quedas em dias de chuva e vento forte. Por isso, é obrigatório reduzir o copo de serviço”, afirma o secretário das Regionais Municipais, Thiago Leal.

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