Noite de segunda-feira (30), às 23h15. (horário de Brasília), um impressionante meteoro avistado no céu do Rio Grande do Sul. Imagens captadas pelas câmeras do Observatório Astronômico Bate-Papo, fundado no Tecnoparque Santa Maria, na cidade de Santa Maria, mostram a bola de fogo caindo e explodindo fortemente.
Segundo Fabrício Colvero, um dos idealizadores do projeto, esse tipo de meteoro (também conhecido como “bola de fogo”) não é incomum na região. Temos a estação de rastreamento de meteoritos há 3 anos e não tivemos nenhum registro dessa intensidade aqui. Pela velocidade do longa-metragem, já dá para ver que é rock ou metal.
Devido à baixa altitude, o evento só pode ser registrado com câmeras de segurança, dificultando a investigação. Mas, segundo Colvero, tudo indica que o objeto causador do meteoro invadiu o ambiente na região oeste do estado, próximo à cidade de Rosário do Sul, e que alguns fragmentos – meteoritos – possivelmente teriam atingido o solo.
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A gravação foi feita por meio de uma câmera localizada na direção oposta da explosão. Neste, você pode ver que as nuvens também estavam piscando. “Isso mostra que é absurdamente poderoso, mesmo iluminando momentaneamente o chão”, disse Colvero.
“Provavelmente, o objeto que entrou no ambiente na velocidade máxima foi um pouco maior do que os que entraram, daí essa luz intensa”, explica o especialista.
Asteroides, meteoroides e cometas orbitam o Sol em velocidades muito altas. Algo entre 40 mil e 266 mil quilômetros por hora. Quando chegam ao ambiente da Terra nessa velocidade, até mesmo fragmentos tão pequenos quanto um grão de areia aquecem imediatamente os gases atmosféricos, gerando um fenômeno luminoso que os astrônomos chamam de meteoro.
Assim, os meteoros ainda são fenômenos luminosos. O meteoro é sólido, não é líquido nem gasoso, é simplesmente luz. Popularmente, também é conhecida como “estrela cadente”.
De um modo geral, quanto maior o objeto, mais brilhante é o meteoro. E quando seu brilho excede o de Vênus, o meteoro é chamado de bola de fogo.
Às vezes, dependendo da velocidade e do ângulo de entrada, o meteoroide ou asteroide é gigante o suficiente para triunfar nas camadas mais densas da atmosfera. Nesses casos, além de formar uma bola de fogo mais impressionante, o meteoro termina em um evento explosivo.
Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com especialização em gramática. Trabalhou como conselheira parlamentar, proponente e freelancer para a revista Veja e para a antiga OiLondres na Inglaterra.