Minas lidera ranking de violência política

Se você já é cadastrado no Estado de Minas, digite seu e-mail/número de inscrição e senha. Se você ainda não tem, inscreva-se para perder aqui.

Insira seus principais pontos para criar uma conta:

Introduza o e-mail da sua conta para que possamos enviar-lhe os passos para a sua palavra-passe:

Aproveite o estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você.

Usamos a geração e a segurança do Google para satisfazer a assinatura.

Miguel Carnevale, pesquisador do Observatório de Violência Política e Eleitoral da Unirio: os episódios de oposição aos parlamentares talvez sejam apenas a ponta do iceberg (foto: Arquivo pessoal) O cenário de violência política no Brasil continua a posicionar Minas Gerais no pódio da classificação de ocasiões. Cenário recente de dezenas de ameaças a parlamentares, o estado lidera, ao lado de São Paulo, a lista de instâncias do terceiro trimestre de 2023, mantendo registro de situação negativa na pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos Eleitorais (Giel) do Universidade do Governo Federal do Rio de Janeiro (Unirio). O estudo é realizado desde 2020 e é publicado nos comunicados trimestrais do Observatório da Violência Política e Eleitoral no Brasil. O último boletim do observatório reúne dados coletados entre julho e setembro deste ano, período em que Minas liderou a lista em toda São Paulo, com treze registros. Até o primeiro componente de 2023, Minas Gerais ocupava o quarto lugar na lista de estados com o máximo de ocorrências de violência política desde 2020, com 120 casos. Nas 3 primeiras posições ficaram Bahía, com treze4 episódios; Rio de Janeiro, com 142; e São Paulo, com 210. A ascensão de Minas Gerais ao topo da lista no terceiro trimestre está relacionada aos recentes episódios de estupros e ameaças de morte contra vereadores e deputados. Este contexto também está correlacionado com o aumento do número de mulheres entre as vítimas de violência política. Até o primeiro componente deste ano, na série iniciada em 2020, foram registradas 1. 637 ocorrências, totalizando 1. 371 contra homens (83,8%) e 266 contra mulheres (16,2%). No boletim do terceiro trimestre de 2023 foram registrados 62 casos de violência política contra homens, ou 70,5% do total. As mulheres foram alvo de 29,5% dos incidentes, o que representa um aumento de 16,9% face ao valor publicado no último trimestre. No relatório, o pesquisador do Observatório de Violência Política e Eleitoral da Unirio, Miguel Carnevale, aponta que o aumento desse percentual possivelmente estaria relacionado a uma maior atenção dada à violência de gênero no cenário político. No entanto, sublinha que o que parece visível constitui apenas uma pequena parte do que acontece na realidade: “Acho que esta acumulação se deve a muitos factores. A implementação de uma lei contra a violência política de género também pode ajudar a chamar mais atenção para estes episódios de violência. Com a aplicação deste calendário em meio ao debate público, é possível perceber um componente do aumento do número de processos judiciais contra as mulheres. Mas tudo indica que ainda existe uma subconstituição. Os recentes episódios de ameaças por e-mail, em especial contra uma série de vereadores e deputados mineiros, terão que ser apenas a ponta do iceberg de casos dessa natureza”, disse o pesquisador. Nos últimos meses, parlamentares mineiros venerado As páginas dos jornais nacionais reúnem uma série de ameaças recebidas, basicamente por e-mail. De outros remetentes, as mensagens enviadas têm caráter misógino e sexista como não é incomum, utilizando termos como “estupro corretivo”. insultos homofóbicos e descrições detalhadas de ataques. Nesse período, as deputadas estaduais Lohanna França (PV), Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (PSOL) relataram ter sido vítimas de violência; as vereadoras de Belo Horizonte Cida Falabella (PSOL) e Iza Lourença ( PSOL); e as vereadoras de Uberlândia, Cláudia Guerra (PDT) e Amanda Gondim (PDT) (saiba mais sobre ameaças contra parlamentares na página 5) Outro ponto não incomum nos casos de parlamentares ameaçados de Minas Gerais é o fato de todos eles pertencem a componentes de centro-esquerda ou esquerda e estão aliados a programas progressistas. “Há uma tendência segura na distribuição dos sexos de acordo com as ideologias. Em suma, existe uma relação entre mulheres que sofrem e de esquerda e homens que sofrem e de direita”, explica Carnevale. Os estudos da pesquisadora mostram que em 2023, 55,9% das mulheres que sofreram violência política eram de esquerda. 62% se analisarmos apenas o 3º trimestre, no caso dos homens o cenário é o oposto, 62% dos pacientes do ano são da direita e este número chega a 80% se analisarmos apenas o período entre julho e setembro. Num cenário geral, a distribuição dos componentes em caso de violência é equilibrada de acordo com o espectro político: no boletim deste trimestre, as legendas mais recorrentes são o PT, que ocupa o primeiro lugar com 11 instâncias, seguido pelo PSDB, com 10. Podemos e PP têm 7 cada. Tipos de violência O boletim do terceiro trimestre do Observatório destaca que o tipo de violência política mais registrado são as ameaças, que constituem 46,6% dos casos, número que foi inflado com 11 episódios em Minas Gerais. A forma mais comum é a agressão, que representa 25% do total; Seguem-se os homicídios, com 13,6%; e ataques, homicídios de familiares e sequestros, com 4,5% cada. Giel realiza a pesquisa por meio do monitoramento de mídia por meio do Google Alerts, que envia relatórios diários com base em um conjunto expresso de palavras-chave. O método define violência política como “qualquer tipo de agressão que visa interferir na ação direta dos líderes políticos, como restringir a ação política e parlamentar, silenciar vozes, impor interesses, retirar partes conflitantes do conflito, restringir atividades das cruzadas, dissuadir os combatentes”. os partidos participam no processo eleitoral e/ou impedem que os representantes eleitos tenham acesso aos seus cargos. ”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *