Industriais e investidores não escondem mais a preocupação com os estragos que a severa estiagem causou nos mananciais do Amazonas e de Roraima. Nossas empresas, dizem, já estão sofrendo com essa seca. Várias remessas que deveriam chegar nesta semana tiveram que ser transferidas do navio. Eles cancelaram todas as nossas partidas programadas em outubro e novembro. Retorno inicial previsto a partir de 12 de dezembro. Hoje saiu acriticamente a notícia de que Solimões tinha que se levantar.
Deve-se notar que, em um movimento oposto, o início da inundação dos rios superiores ocorre antes do fim da seca no médio Amazonas/Negro. O início das enchentes no alto não significa, portanto, o fim da seca. seca aqui. Vamos rezar para que este ano a regra seja quebrada.
O cenário é excessivamente preocupante. Empresários dos setores industrial, de transporte de cargas e industrial escondem a preocupação excessiva de que a vazão dos rios piore ainda mais, deixando Amazonas e Roraima praticamente isolados, devido às precárias situações de tráfego da BR-319. Ambos ostentam fluxos de transporte fluvial apoiados, essencialmente, através da Amazônia, Madeira, Solimões e Negro, que agora estão seriamente ameaçados pela interrupção da navegabilidade devido à seca.
Os perigos imediatos são a escassez de alimentos e matérias-primas, intermediários e embalagens para o complexo de compras de Manaus. Esse cenário é muito mais prejudicial para a população do que o vivido pela pandemia da Covid-19, quando o comércio foi obrigado a fechar as portas e muitos comércios e corporações suspenderam total ou parcialmente suas atividades.
De acordo com nota do portal RealTime1, nesta quarta-feira, 11, o ponto crítico de estiagem nos rios se agravou, nas últimas 24 horas, com o cancelamento das viagens de navios que transportavam mercadorias para indústria e empresas no complexo comercial de Manaus. Em nota enviada aos empresários locais, a Aliança Navegação e Logística Ltda informou que interrompeu sua viagem à capital amazonense.
Segundo a empresa, a medida é obrigatória porque o Rio Amazonas chegou a um ponto que lhe permite continuar com as operações marítimas dos serviços ALCT 1 e ALCT 3. O sentido marítimo ALCT 1 funciona semanalmente e liga o norte e sudeste do país. tendo Manaus e Pecém (Ceará) como elo de ligação entre o polo comercial e os demais estados do Brasil. Normalmente, o tempo de trânsito entre os dois portos é de cinco dias.
O sentido marítimo do ALCT 3 é bimestral e vai de nordeste a norte, é realizado de barco e tem ligação de balsa com o porto de Vila do Conde (Pará). A Aliança acompanha os graus dos rios e períodos de seca do estado desde 2016 e observou graus anormais este ano.
O mapa mostra a evolução das profundezas dos rios.
Pelo portal RealTime1, as mercadorias dos navios Sebastião Caboto/338N (SECAB) e Fernão de Magalhães/339N (FERMA) para Manaus serão descarregadas em Vila do Conde (PA) no dia 14/10 e no Pecém (Ceará) no dia 14/10. 12. /10, respectivamente.
Não há previsão para o reembarque dessas cargas, já que é obrigatório aguardar a retomada do serviço que, segundo a Aliança, faz escala no porto de Manaus, com capacidade limitada, apenas a partir da semana 46, que passa a ser de novembro. treze a 19, de 2023.
Portanto, é lógico supor que a interrupção das instalações afetará o complexo comercial de Manaus. Além disso, a embarcação Log-in Polaris/100N (LIPOL) não atracará em Manaus e seu plano de contingência será comunicado posteriormente. Para o escoamento de mercadorias entre o Amazonas e o Brasil, a empresa propôs optar pelo transporte rodoferroviário de Vila do Conde (PA) a Manaus, com exceção de mercadorias nocivas e refrigeradas.
Neste caso, a remessa será transferida para uma balsa até Manaus e depois entregue via caminhões. O procedimento será revertido para embarques de Manaus. A solução já está disponível para embarque a bordo do Sebastião Caboto/338N (SECAB) e a partir de 1º de novembro para todas as demais embarcações.
No entanto, tais respostas emergenciais levam a um aumento nos preços de frete e, consequentemente, no valor final das mercadorias, sem exceção.
Sobre o autor
Osiris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), da Academia Amazonense de Letras, Ciências e Artes (ALCEAR), do Grupo de Estudos Estratégicos da Amazônia (GEEA/INPA) e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM).
*O conteúdo é do colunista.