Cinquenta e nove municípios do Amazonas no transporte fluvial interurbano
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados (Arsepam) monitora os custos cobrados por meio das 136 embarcações que atuam no transporte intermunicipal de passageiros e mercadorias no Amazonas. Até o momento, o governo estadual não teve conhecimento de nenhum preço abusivo nas tarifas das 116 vias. Mas detectaram um aumento nos custos operacionais devido à seca.
Os dados coletados por meio do Departamento de Transportes Fluviais (DETH) da Arsefam são repassados ao Comitê Intersetorial para Situações de Emergência, com o objetivo de realizar movimentações de construção com os demais órgãos do grupo.
O conhecimento coletado mostra que 38 municípios estão em situação de emergência em relação à circulação de passageiros e mercadorias. Um total de 59 municípios do Amazonas possuem transporte fluvial interurbano. Nos canais do Médio e Alto Solimões, apenas barcos de calado raso (parte do casco submerso) ou balsas podem chegar à sede municipal.
As balsas são bem-sucedidas em seus destinos devido ao seu design de calado reto e profundidade mais rasa. Dos nove canais do estado, sete são logisticamente difíceis.
Por exemplo, navios que faziam viagens para Tabatinga, a partir do Canal do Alto Solimões, consumiam 20 mil litros de combustível (diesel marítimo) por viagem, hoje a quantidade chega a 24 mil litros. De 28 de agosto deste ano a 26 de setembro, o custo dos combustíveis aumentou 9,17%.
Capacidade reduzida
O presidente da Arsepam, João Rufino Júnior, é pressionado para que os grupos da autarquia acompanhem diariamente a situação das linhas e estejam em contato constante com as associações de armadores. Ele explicou que o Amazonas tem 136 navios operando em 116 rotas. 90% operam com algum tipo de restrição de calado, o que significa desgastar 45% da capacidade total de passageiros e 25% da capacidade de transporte marítimo.
Segundo o responsável, os proprietários de barcos dão prioridade ao transporte de alimentos e medicamentos, não sendo possível transportar veículos e dispositivos pesados e volumosos porque, com a baixa intensidade dos rios, os barcos podem encalhar.
Itinerários modificados
O DETH relata que em Benjamín Constant, do canal do Alto Solimões, outras pessoas chegaram à cidade por meio da catraia, um pequeno barco de calado raso. Quanto à carga, apenas com cauda, em que um pequeno motor de propulsão é acoplado à popa. de copos pequenos.
A maioria das rotas foi modificada, já que os barcos de linha normal não podem chegar à sede municipal, então eles têm que desembarcar em praias remotas. Portanto, cabe ao passageiro pagar pela transferência de sua remessa e a si mesmo para um navio menor, pois é a única maneira de chegar ao destino desejado. Esse tempo é maior, com média de 30 a 40 horas.
Cidades afetadas
Segundo Arsepam, se a seca continuar agressiva na próxima quinzena, algumas linhas também poderão ser feitas para navegação clássica, o que permitiria adotar o mesmo tipo de operação de Benjamin Constant.
Os municípios que estão prestes a interromper suas linhas normais são: Alto, Médio e Baixo Solimões: Amaturá, Atalaia do Norte, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tonantins, Alvarães, Coari, Fonte Boa, Japurá, Jutaí, Maraã, Tefé, Uarini, Anamã, Anori, Caapiranga, Careiro Castanho, Codajás e Manaquiri.
Do médio e baixo Amazonas: Autazes, Itapiranga, Urucurituba, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nhamunda e São Sebastião do Uatumã.
Dos leitos dos rios Juruá e Negro: Carauari, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati, Juruá, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira.
Nos canais da Madeira e do Purús, navios gigantes chegam aos concelhos, embora com restrições em termos de capacidade de passageiros e navegação.