Mato Grosso corta lucros após decreto que dificulta acesso a armas, diz frente parlamentar

Os efeitos econômicos devem ser usados como argumento a ser revisto para mitigar os efeitos do Decreto 1. 615/2023, editado pelo governo federal para limitar o acesso a armas de fogo. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) apresentadas hoje em reunião da Assembleia da Frente Parlamentar de Segurança Pessoal, as receitas tributárias do setor armamentista caíram 72% entre 2022 e 2023.

Segundo o presidente da Frente, deputado estadual Gilberto Cattani (PL), a Sefaz destacou que no ano passado o setor gerou 370 milhões de reais no estado, volume que caiu para 70 milhões de reais neste ano. É importante considerar a geração de emprego e renda, pois as restrições impostas ao setor levaram à perda de 500 postos de trabalho.

Entre as adequações feitas por meio do Decreto 11. 615/2023, que regulamenta a Lei nº 10. 826/2003 e estabelece as regras e procedimentos para aquisição, registro, posse, porte, registro e comercialização nacional de armas de fogo, munições e urina, estão os limites do horário de funcionamento dos clubes de tiro, a exigência de autorização judicial para menores de idade aos clubes e a distância mínima de um quilômetro entre os clubes e Faculdades.

Além disso, em 1º de novembro, o Decreto 11. 764/2023 elevou de 29,5% para 55% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre revólveres, pistolas, espingardas, fuzis de pimenta, spray de pimenta e cartuchos terá alíquota de 25%. no passado, era de 13%.

“Vamos lutar com todas as nossas forças para que o setor não seja eliminado. Podemos criar uma legislação municipal que permita o status quo dos clubes de tiro, pois cabe ao município o plano diretor. Outro ponto é recomendar a redução da alíquota do ICMS para mitigar o acúmulo do IPI”, disse Cattani.

O deputado federal de Mato Grosso do Sul, Marcos Pollon (PL), apresentou à assembleia as pinturas do banco de armas para anular os decretos federais e garantir o acesso às armas.

Danilo Atala, advogado e professor da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), destacou a restrição do direito à legítima defesa e justificou que o aumento do número de armas registradas e legalizadas é inversamente proporcional ao número de homicídios. “Esses decretos dificultam o acesso de outras pessoas com menor poder aquisitivo. Os ricos podem comprar suas armas, alugar serviços de segurança pessoal e morar em condomínios. Enquanto o direito do cidadão à autodefesa é limitado pelos preços emergentes e pela burocracia. “

O promotor de Justiça de Mato Grosso do Sul, Luciano Lara, também fez uma apresentação em defesa da legalização das armas e disse que em sua carreira profissional nunca havia notado um homicídio cometido com arma registrada e legalizada.

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