Em setembro, a Serasa Experian tomou conhecimento dos indicadores de inadimplência empresarial, que apontam para que 80. 703 estabelecimentos estejam endividados em Mato Grosso do Sul.
Entre os números vermelhos do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), o preço médio da conta antissocial é estimado em R$ 2. 596,30. MS ocupa a 16ª posição entre os estados com maior número de empresas inadimplentes.
No panorama nacional, o indicador mostra ainda o segmento em que as empresas negativas atuam, em que “serviços” aparece como o mais sensível com 54,4%, seguido por “comércio” (36,7%), “indústria” (7,6%), “primário” (0,9%) e “outros” (0,4%), aos quais se somam as empresas “financeiras” e as do “terceiro setor”.
Para Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o ponto é sólido até agosto, além dos últimos meses que previam 6,55 milhões de empresas endividadas.
“É concebível que em setembro vejamos o início dos efeitos do corte na taxa Selic e da inflação, que afeta as carteiras dos brasileiros e, consequentemente, afeta o fluxo de moedas das empresas. Com mais moedas disponíveis no mercado e “sinais de recuperação económica, a perspetiva para os próximos meses é que as empresas consigam apanhar um pouco mais de ar e reduzir a propagação da insolvência no país”.
Em termos de dívidas, a maioria das empresas (25,5%) é responsável perante a indústria, o mercado e o Estado. O setor menos afetado pela inadimplência em setembro foi o de “securitização” (1,1%), assim como a indústria de valores mobiliários no mercado de mercado.
De um total de 6,59 milhões de inadimplentes em setembro, 5,82 milhões eram micro e pequenas empresas, das quais cerca de 40,3 milhões tinham dívidas de mais de R$ 98,1 bilhões.
Mato Grosso do Sul permanece em 16º lugar entre os estados com maior número de micro e pequenas empresas em atraso, com 71. 162 estabelecimentos.