Golpista falsifica assinatura de faxineira e pede empréstimo de R$ 17 mil

Métropolesmetropoles. com

11/01/2023 02:49, atualizado em 11/01/2023 06:52

Em dois casos e no mesmo período, uma empregada doméstica de 52 anos, moradora do Distrito Federal, foi vítima de um golpe de fraude com sua assinatura em bancos onde sequer tinha conta.

Os advogados da vítima disseram ao Metrópoles que tudo começou em 2021. Um dia, a jornalista foi “fazer um depoimento” e descobriu que uma “grande quantia” em dinheiro havia sido depositada em sua conta no Itaú de dois bancos: Bradesco e C6. Do primeiro ganhava mais de R$ 7 mil, enquanto do segundo ganhava mais de R$ 10 mil.

Desconfiada, a vítima entrou em contato com os dois bancos para devolver o dinheiro. No entanto, ela alertou que seu pedido não seria atendido, pois as transferências, supostamente solicitadas em seu nome, eram resultado de empréstimos pessoais e foram pagas em sua conta e não na de terceiros.

Com isso, os bancos passaram a cobrar mensalidades máximas para as mulheres que ganham um salário mínimo.

De acordo com o acordo fraudulento, a vítima, que não solicitou os empréstimos Bradesco e C6, teria que devolver aos dois bancos juntos e, em até 7 anos, mais de R$ 34 mil.

Diante da recusa das instituições em cancelar os empréstimos e da recusa em reembolsar os valores cobrados em sua conta, a faxineira recorreu a um advogado que levou o caso à Justiça contra os dois bancos.

Mais tarde, Bradesco e C6 alegaram que a contratação havia sido feita de forma legal e negaram qualquer opção de fraude. No entanto, a perícia de caligrafia, realizada por meio da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), descobriu que a assinatura da mulher era falsificada nos contratos analisados. .

De acordo com especialistas, a experiência grafotécnica é “essencialmente comparativa” e parte do pressuposto de que a escrita é única. Em outras palavras, duas pessoas no mundo não escrevem da mesma maneira.

Diante do laudo pericial e da impossibilidade de Bradesco e C6 comprovarem que ela era de fato a faxineira que havia assinado os documentos, o Tribunal de Justiça Federal (TJDFT) determinou que os bancos suspendessem as remessas enviadas para a conta da vítima e devolvam e dobrem os valores sacados.

Após a primeira condenação, o C6 Bank suspendeu as acusações. No entanto, ele recorreu da decisão.

O Bradesco, por sua vez, impediu que as contas fossem cobradas na conta da mulher até o início de 2023, mesmo após ordem judicial, segundo o advogado da vítima. Por esse motivo, a defesa solicitou multas, além de danos éticos.

Poucos meses antes de ser vítima do golpe, o faxineiro teve sua bolsa com documentos furtados em Águas Claras, no Distrito Federal.

Nesse momento, ela prestou queixa na polícia, mas o objeto nunca foi encontrado.

O C6 disse ao Metrópoles que “o assunto ainda está sendo discutido na Justiça”: “Ressaltamos que nenhum visitante será prejudicado”.

Procurado, o Banco Bradesco disse que “comenta casos pendentes”.

No relatório, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indica que os bancos associados têm grupos que atuam exclusivamente no combate à fraude documental e que há educação sobre o tema.

“As movimentações que são feitas para evitar fraudes de documentos por meio de estabelecimentos monetários vão desde a busca pelo documento original, passando pela verificação da assinatura e avaliação da fotografia com o usuário na agência, até as avaliações do conteúdo e formato do documento. feito por meio de equipes e especialistas em sistemas”, disse.

“A evolução da garantia para obtenção de empréstimos é a fórmula incessante e, atualmente, ter acesso a fotografias, documentos e dados não é suficiente para poder solicitar um empréstimo ou abrir uma conta. Os estabelecimentos financeiros possuem uma identidade fisicamente poderosa e processos de segurança que impedem que os contratos sejam celebrados sem o conhecimento do contratante e sem a confirmação de todos os termos acordados”, concluiu a Febraban.

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