Santa Catarina em alerta de tempestade

A Defesa Civil de Santa Catarina manteve o alerta meteorológico para temporais na segunda (16) e terça-feira (17). Desde o início de outubro, o estado registrou 4 mortes, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região.

Nesta segunda-feira, mais temporais devem atingir o Grande Oeste catarinense. Há previsão de chuvas fortes em todo o estado, com ameaça de queda de galhos e árvores, telhados e danos à rede elétrica. As fortes chuvas devem aumentar para o Planalto Norte nesta terça-feira, ampliando os perigos. “Fique atento à ameaça de tempestades de granizo, vendavais, chuvas fortes e também a ameaça de inundações repentinas, inundações e deslizamentos de terra. O solo está muito molhado devido às chuvas dos últimos dias. e também pela ameaça de enchentes progressivos”, alerta o coordenador de vigilância e precaução da Defesa Civil, Frederico Rudorff.

No sábado (14) foi encontrado o corpo da quarta vítima das chuvas, Maicon Moraes Agostinho, de 29 anos, desaparecido no município de Campo Belo do Sul desde o dia 7, após ter sido arrastado pelas enchentes ao tentar atravessar uma ponte submersa a cavalo.

Além de Maicon, a Defesa Civil já havia confirmado a morte de Paulo Torinelli, de 65 anos, nos dias anteriores; Olívia Berto, 75; e Rodrigo Farías, 42. Um quinto óbito está a ser analisado através da Proteção Civil, para verificar se teve relação com as chuvas.

“Os incidentes que tivemos todos esses momentos em Santa Catarina poderiam ter sido evitados com um pouco mais de cautela. Não atravesse pontes, não atravesse áreas alagadas. Não dá para ver onde está pisando, não consegue identificar o curso dos rios e das águas”, alerta o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Exército de Santa Catarina, coronel Fabiano de Souza.

De acordo com o último relatório divulgado pelo órgão, nesta manhã, 144 municípios registraram eventos causados pelos temporais, entre os quais 126 já declararam estado de emergência. Os municípios mais afetados venceram a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e o Exército. Polícia Rodoviária Federal, além da colaboração das equipes municipais e estaduais de resgate, segurança pública e assistência social.

Na manhã deste domingo (15), uma das comportas da Barragem Norte de José Boiteux, no Vale do Itajaí, se abriu, após o reservatório atingir seu volume máximo e começar a transbordar sobre a estrutura de contenção, representando ameaça de inundação para a área. Os povos indígenas Xokleng, Guarani e Kaingang, que habitam a área, temiam a inundação da Terra Indígena (TI) Ibirama-LaKlanõ.

Como as sete comportas da barragem não estavam operando desde 2014, a fórmula hidráulica foi interrompida quando uma segunda comporta começou a se abrir e a operação foi interrompida. De acordo com os estudos técnicos da Defesa Civil, a abertura de uma única válvula já constituirá “até dois metros a menos de alagamento nos municípios localizados às margens do Rio Itajaí-Açu”.

Durante a operação de abertura das comportas, a Defesa Civil trabalhou em colaboração com a Polícia Federal e a Fundação Nacional do Índio. O Ministério dos Povos Indígenas também anunciou a liberação de R$ 1,2 milhão para ajuda humanitária e emergencial aos atingidos pelas chuvas.

De acordo com nota publicada neste sábado (14), diversas medidas estão sendo implementadas para garantir a proteção das demais pessoas que vivem na região. Entre as medidas, a Defesa Civil pediu a entrega de um relatório rápido que “comprove a proteção do hábito hídrico após o fechamento das comportas da Barragem Norte, especialmente após o transbordamento de água sobre a estrutura de contenção”.

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