Seca: 3 novos sítios arqueológicos no estado do Amazonas

A seca histórica que assola a região amazônica expôs 4 sítios arqueológicos no estado do Amazonas, sendo 3 deles desconhecidos e de grande importância. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) implementou um plano de ação emergencial, agregando fiscalizações e atividades educativas. projetos em colaboração com diversos órgãos públicos e organizações sociais, entre eles o Instituto Soka da Amazônia, que se dedica voluntariamente à preservação do patrimônio cultural e ambiental local.

A seca existente é a mais severa dos últimos 121 anos e tem afetado vários estados da Amazônia Legal, basicamente o Amazonas. O nível recorde dos rios deixou muitas comunidades isoladas, já que o acesso a elas é exclusivamente pelo rio. Por exemplo, o Rio Negro, próximo à capital, Manaus, atingiu seu nível mais baixo, abaixo de treze metros. Como resultado desta queda drástica no fluxo do rio, surgiram 4 sítios arqueológicos, um dos quais já é conhecido e 3 dos quais foram descobertos pela primeira vez. Hora.

O local antes conhecido é a Ponta das Lajes, em Manaus, que reapareceu pela segunda vez, a primeira após a seca de 2010. Estimado entre mil e dois mil anos, este local é composto por petróglifos, que são blocos de pedra. inscrições representando figuras humanas, mais comumente rostos. Além disso, o local abriga gravuras e uma oficina lítica com linhas de equipamentos antigos, como machados, indicando seu significado antigo.

Novas descobertas

Entre os 3 locais até então desconhecidos, um deles é o Forte São Francisco Xavier, em Tabatinga (AM), construído no século XVIII às margens do Rio Solimões, marcando a tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Este forte foi o último porto de escala para navios que navegavam pelo Solimões até os Andes durante o período colonial, representando a influência da coroa portuguesa na região amazônica.

Construído de madeira resistente, o forte tinha uma forma hexagonal anormal e abrigava nove peças de artilharia, cinco das quais ainda estão preservadas. Técnicos do Iphan vistoriaram recentemente as ruínas para inclusão no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA).

O segundo local é a Costa do Goiabeira, localizada em Anamã, a 160 km de Manaus. Durante a seca, foram criadas urnas funerárias de cerâmica. O terceiro sítio, localizado em Urucará, a 260 km da capital, às margens do rio Uatumã, tem petroglifos semelhantes aos descobertos na Ponta das Lajes, retratando esculturas em pedra. Os dois locais em Anamã e Urucará ainda não estão cadastrados na CNSA e estão previstas visitas de estudo em colaboração com estabelecimentos locais nas próximas semanas.

Movimentos do Iphan e Colaboração com Instituições

Para garantir a preservação dos sítios arqueológicos, a equipe técnica do Iphan vem realizando vistorias desde a descoberta do sítio Ponta das Lajes. Em colaboração com o Instituto Soka da Amazônia, foram realizadas atividades educativas em Manaus para conscientizar a rede. sobre a importância do património arqueológico. Para proteger esses imóveis, o Iphan solicitou a intervenção da Polícia Federal e da Secretaria Municipal de Segurança Pública, que farão rondas normais no local e em seu entorno.

Diante do cenário emergencial e da ameaça de desperdício de bens valiosos, o Iphan convidou diversos estabelecimentos para montar uma organização operacional com o objetivo de desenvolver um protocolo de preservação de bens arqueológicos. Esse protocolo será fundamental para o controle compartilhado de bens, envolvendo organizações culturais, educacionais, de patrimônio cultural e de segurança. As pinturas da organização começarão na próxima semana.

Via Iphan.

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