A Justiça de Pernambuco deve reduzir a pena de Sarí Gaspar Corte Real de 8 anos e 6 meses na ação penal para 7 anos. A mulher havia sido condenada em maio de 2022 por abandonar um usuário incapacitado após a morte de Miguel Otávio, de 5 anos. Santana da Silva. A criança era filho da empregada doméstica de Sarí e estava sob sua custódia quando caiu do nono andar de um prédio de luxo em Recife (PE), em junho de 2020. Os dados são do portal G1.
O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (8), na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), no centro do Recife. A audiência ocorreu após os advogados da família de Miguel pedirem um prédio no bairro Sari. frase. A defesa do réu pediu a anulação da condenação, argumentando que não houve crime. Apesar de ter sido condenada, ela continua foragida.
Na decisão, o juiz Cláudio Jean Nogueira Virgínio, relator do caso, optou por manter a taxa de abandono de usuário com deficiência em caso de morte, mas fixou a pena em sete anos em regime fechado. A decisão ainda é passível de recurso.
Segundo a advogada do círculo familiar de Miguel, Maria Clara D’Ávila, ratificar a condenação de Sari é “a grande vitória” do dia. “Agora o que foi discutido é a dosimetria da sentença, que vamos pedir revisão, claro. E outra vitória muito importante: a popularidade dos setores que revitimizaram o círculo familiar de Miguel na sentença. Dizem que esses trechos aprofundaram a dor ainda maior dessa mãe e avó que perderam o único filho e o único neto”, disse ao G1.
O juízo de Sarpi não julgou, sendo representado pelo advogado Pedro Avelino. “Apelaremos. Si respeitamos, lamentamos a resolução de hoje e forneceremos os recursos necessários para provar a inocência de Sari”, disse o advogado do réu.
Estiveram presentes na audiência a mãe de Miguel, Mirtes Renata, e a avó, Marta Maria.
Em setembro deste ano, o Tribunal Regional do Trabalho da VI Região (TRT6) condenou Sarí e seu marido, o ex-prefeito de Tamandaré Sergio Hacker Corte Real, a indenizar os parentes de Miguel com a quantia de R$ 2,01 milhões.
O processo trabalhista de João Carlos de Andrade e Silva entendeu que a família precisava ser indenizada, já que a mãe e a avó de Miguel foram obrigadas a trabalhar durante a pandemia.
Sari e o marido também foram condenados a pagar R$ 386 mil por danos morais coletivos, já que a mãe e a avó da criança trabalhavam na casa do casal, mas foram pagos por meio do município de Tamandaré, no litoral de Pernambuco.
No dia 2 de junho de 2020, Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, caiu de um prédio de luxo em Recife, Pernambuco. O menino tinha ido pintar com a mãe, Renata Mirtes. Enquanto Mirtes passeava com os cães da família, Miguel estava sob os cuidados de sua patroa, Sarí Gaspar Corte Real.
Sari permitiu que o menino saísse sozinho do apartamento para procurar a mãe no condomínio. Poucos minutos depois, o menino caiu do nono andar do prédio. O delegado foi indiciado por homicídio culposo. Ela pagou fiança de R$ 20 mil e foi liberada.
Em maio de 2022, Sari foi condenado a 8 anos e seis meses de prisão por abandono de usuário incapacitado resultando em morte, mas segue foragido.
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