Métropolesmetropoles. com
26/11/2023 02:00, atualizado em 26/11/2023 09:06
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja esta semana para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP28), ano que deverá ser o mais histórico e marcado por uma onda de eventos climáticos excessivos. A convenção é um passo vital nas negociações que o Brasil precisa para promover a COP30 na Amazônia em 2025.
A COP28 está ocorrendo, admitem atores globais, em um momento crítico na luta contra a crise climática. A ocasião contará com um rito de abertura em 30 de novembro, seguido de manifestações diante de 138 chefes de Estado, um advento dos 10 dias de negociações que se seguirão.
No calendário estão temas como a redução das emissões de gases de efeito estufa, a transição energética, a proteção contra condições climáticas extremas e a desigualdade de gênero. A rede estrangeira precisará abordar as lacunas existentes em mitigação e adaptação, bem como perdas e danos, oferecendo assistência monetária aos países mais afetados pelas mudanças climáticas.
O objetivo mais ambicioso é colocar o planeta no caminho certo para cumprir o Acordo de Paris, reduzindo as emissões de gases causadores das mudanças climáticas.
COP27 termina com acordo sem precedentes sobre perdas e fundos
Segundo o Itamaraty, o Brasil deve se posicionar desta vez com base na “liderança pelo exemplo” como provedor de respostas climáticas ao mundo. Além disso, as relações internacionais do Brasil devem proteger a ciência como forma de antecipar as mudanças climáticas. .
Avanços tecnológicos como o hidrogênio verde, o combate ao desmatamento e o aumento dos biocombustíveis devem ser adicionados a essa narrativa.
Relatório Global
Ao longo das negociações, a convenção terá como princípio norteador o primeiro balanço, mecanismo que avalia o progresso dos países membros no alcance dos objetivos climáticos estabelecidos no Acordo de Paris, no contexto dos 8 anos seguintes ao tratamento.
Espera-se que a aprovação da avaliação global abra caminho para a COP29, cuja prioridade será delinear uma nova estrutura de financiamento climático.
No ano seguinte, na COP30, na Amazônia, os países signatários terão que apresentar novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) com base nas propostas acordadas. Em outras palavras, o clima substituirá as metas de mitigação, como a redução das emissões de gases de efeito estufa.
O governo federal acredita que o Brasil chega a Dubai em uma situação interna “muito confortável”, levando em conta os índices de alívio do desmatamento alcançados nos últimos meses, apesar de a destruição ter diminuído na Amazônia, mas estar avançando fortemente em biomas como o da Amazônia. A principal fonte de emissão de CO2 no Brasil é o desmatamento.
“Viemos para esta COP mostrando as conquistas e os efeitos inteligentes dos últimos anos. Tivemos uma queda de 49,5% no desmatamento de janeiro a setembro deste ano”, disse Ana Toni, secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente. “Está mais ou menos em linha com o que a Argentina emite [em gases de efeito estufa] todos os anos. “
Além disso, o Itamaraty diz que a meta é “alcançar resultados inteligentes, como a redução de emissões por meio da redução do desmatamento, além de já ter uma matriz elétrica com 48% de fontes renováveis”. Além da liberação de métodos de cooperação com os países amazônicos, ele explicou na Cúpula da Amazônia, em Belém.
O diretor de meio ambiente e progresso sustentável da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Davi Bomtempo, destaca que o Brasil tem diversas vantagens comparativas. Principalmente no quesito matriz energética, além de ser o maior fabricante de biocombustíveis e abundância de recursos vegetais como a água.
“Isso nos coloca como atores principais, mas queremos atuar sobre certas barreiras, como o financiamento, as políticas públicas, a atração de investimento estrangeiro e de tecnologia, para que sejamos apenas importadores de matérias-primas”, reflete.
No entanto, equipes ambientalistas afirmam que o caminho para o progresso sustentável vai além da contenção da destruição dos biomas brasileiros e que as propostas apresentadas continuam “insuficientes”.
Segundo André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), “a maior esperança é que os debates sobre as florestas tropicais e o papel das florestas tropicais no calendário climático do planeta continuem consolidando sua posição. Basta acabar com o desmatamento.
“Queremos encontrar um novo estilo de progressão que responda ao desejo do planeta de cobrir plantas nativas ou repará-las”, diz André Guimarães, diretor executivo do IPAM.
Segundo o especialista, a pintura quer ser incorporada em várias frentes, sem abrir mão do precedente de “manter as matas em pé”.
No ano passado, o presidente Lula viajou para Sharm el-Sheikh, no Egito, para a COP27, a primeira vez que compareceu desde as eleições de 2022.
Na ocasião, ele prometeu uma aliança global para reduzir desigualdades e priorizar o compromisso climático, pautas que os movimentos brasileiros têm consultado ultimamente em fóruns estrangeiros. Entre elas está a presidência do G20, que o Brasil assumirá em 1º de dezembro.
No ano passado, a COP27 terminou com um acordo sem precedentes para criar um fundo financeiro para os países mais pobres afetados pelos erros causados pelas mudanças climáticas. O chamado fundo de “perdas e danos” é um apelo de longa data e o derradeiro passo vital em frente. da Convenção em 2022.
Espera-se que a convenção deste ano tenha como objetivo limitar o aumento da temperatura média global a 1,5ºC. Este é o ponto acordado pelos quase duzentos países que assinaram o Acordo de Paris em 2015 e representa o limite para evitar efeitos destrutivos máximos. do aquecimento global.
O cenário, no entanto, é difícil. Sem uma ação mais forte da comunidade global, se as emissões de gases de efeito estufa permanecerem no ritmo atual, espera-se que as temperaturas atinjam cerca de 2,5°C até 2100.
O Brasil terá uma das maiores delegações em Dubai, com cerca de 15 ministros. Entre eles estão os ministros Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas), Fernando Haddad (Finança), Rui Costa (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores), além dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.
1.
Mais no Google Chrome
Dois.
Parâmetros
3.
Configurações do site
4.
Notificações
5.
Os sites podem solicitar notificações
Você precisa se manter informado sobre as últimas notícias e receber notificações em tempo real?