A informação foi repassada ao Correio do Estado por meio de interlocutores próximos ao ministro de Mato Grosso do Sul, que também revelaram que a indicação havia sido feita durante um jantar entre o presidente Lula e os ministros do STF, realizado na semana passada.
Ele teria dito aos ministros que gostaria que uma mulher atualizasse Flávio Dino, para amenizar o constrangimento de não indicar uma mulher para a vaga da ministra Rosa Weber, e eles indicaram Simone Tebet, advogada e professora da faculdade de Direito.
No entanto, a substituição não será imediata, já que o atual ministro da Justiça permanecerá à frente do Departamento até sua audiência no Senado Federal, que deve ser realizada até 15 de dezembro, segundo o presidente do Senado Federal. Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O atual ministro do Planejamento e Orçamento não aceitará o Ministério da Justiça a portas fechadas, pois Lula pretende dividir o ministério em Justiça e Segurança Pública, sendo que este último tratará em especial das fronteiras e do combate ao crime organizado, tendo sob seu comando a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo interlocutores de Simone Tebet, o presidente Lula ainda não enviou um convite oficial à região de Mato Grosso do Sul, mas já confidenciou que não sabe se aceitará o novo desafio, afinal, acaba de instituir o Ministério do Planejamento e Orçamento, constituindo uma equipe que supri seus preceitos e não se sentiria confortável em “abandoná-los”.
No entanto, se for um pedido de Lula e não um convite, a ministra não recusará, porque não tem medo de situações exigentes e acredita que com tinta e determinação também conseguirá responder às expectativas do Presidente da República. a República na nova posição.
Além disso, como advogada e professora de direito, o Ministério da Justiça seria uma área que Simone Tebet já domina, embora continue sendo um projeto complexo para os de Mato Grosso do Sul.
Seus familiares, porém, temem que a ministra perca parte da projeção que fez nos últimos meses como chefe de Planejamento e Orçamento, a tal ponto que pesquisa da Atlas Intel publicada na semana passada mostra que Simone Tebet (MDB) é a segunda político com maior pontuação positiva do Brasil. alcançando 49%, apenas o presidente Lula, que chegou a 50%.
O ex-senador mato-grossense está à frente de nomes como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), que obteve alíquota de 47%; o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também obteve 47%; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que obteve 45%; e o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), que também aparece com pontuação de 45%.
A pesquisa da Atlas Intel entrevistou um padrão de 5. 211 entrevistados, Random Digital Recruitment, entre os dias 17 e 20 deste mês. A margem de erro é de um ponto percentual, dado um nível de confiança de 95%.
Procurada pela reportagem do Correio do Estado, a ministra Simone Tebet disse que gostaria de não comentar essa opção de suceder Flávio Dino no Ministério da Justiça porque ainda é especulação, mas que caso o pedido do presidente se confirme, Lula confirmou: “ seria um desafio maravilhoso. “
“Estabelecemos um esforço concentrado entre os dias 12 e 15 de dezembro com a presença física dos senadores, tendo em vista que essa avaliação está sendo feita por voto secreto”, disse. O presidente do Senado informou que não falará sobre essa nomeação na próxima semana. porque muitos senadores estarão presentes na Conferência do Clima, que será realizada nos Emirados Árabes Unidos, entre 30 de novembro e 12 de dezembro.
Os programas serão encaminhados à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que é o órgão colegiado encarregado de examinar e aprovar os nomes do STF e da PGR. Depois de aprovados pela CCJ, os nomes passarão pelo plenário do Senado.
O presidente do Senado lembrou que a CCJ ainda deve analisar programas para o Banco Central, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e as embaixadas. Segundo Pacheco, o objetivo é esgotar a investigação de todos esses indícios antes do fim do ano.
“Obviamente, não cabe apenas à presidência. Trata-se de um esforço coletivo que envolve comissões da Câmara e lideranças. Nosso papel é designar esse esforço concentrado entre os dias 12 e 15 para que possamos reservar esta semana. não só pela atenção dessas autoridades, mas também por uma série de projetos que queremos avaliar”, refletiu.
Questionado sobre sua avaliação sobre a indicação do ministro Flávio Dino para um cargo vago no STF, Pacheco se limitou a dizer que é uma prerrogativa do presidente: “São prerrogativas do presidente da República e agora cabe a nós avaliar as necessidades que cada um desses candidatos atende e esse é naturalmente o papel da Comissão de Constituição e Justiça e depois do Plenário”. Dito.
Veto
Pacheco acrescentou que a consulta marcada para analisar vetos presidenciais marcada para quinta-feira (30) pode ser simplesmente adiada para a próxima semana. “Estamos avaliando qual será o quórum, somando a evolução dos acordos de veto do governo, da oposição, das lideranças, para que tenhamos a consulta mais produtiva do Congresso”, respondeu.
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