Brasil assume a presidência do G20 nesta sexta-feira

Planalto – O Brasil assume, nesta sexta-feira, 1º de dezembro, a presidência de transição do G20, organização que reúne as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, também a União Africana. O mandato é de um ano e termina em 30 de novembro de 2024. Esta será a primeira vez que o país ocupa esse cargo na história da organização em sua forma atual.

Vamos ter uma assembleia histórica no país e uma assembleia que espero que possa resolver os problemas que queremos evitar fugir e tentar resolver os problemas. Já não é humanamente explicável que o global seja tão rico. , com tanto dinheiro cruzando o Atlântico, e tanta gente ainda passando fome”, disse Lula.

Ao longo de seu mandato, o Brasil organizará mais de cem assembleias de organizações em funcionamento, que serão realizadas de forma prática e presencial, e cerca de 20 assembleias ministeriais, culminando na Cúpula de Chefes de Governo e de Estado a ser realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 19 de novembro de 2024. No dia 23 de novembro, na assembleia de instalação da comissão que organizará os eventos da presidência brasileira, o presidente Lula falou da importância da cúpula.

“Esta provavelmente será a maior ocasião no exterior que sediaremos”, disse ele na época. “Vamos ter uma assembleia histórica no país e uma assembleia que espero que possa resolver os problemas que queremos prolongar. Longe dos problemas e tentando resolvê-los. Já não é humanamente explicável que o mundo seja tão rico, com tanto dinheiro a atravessar o Atlântico, e que tantas pessoas ainda sofram de fome.

O Brasil criará duas equipes dentro do G20 para ampliar o combate à desigualdade a partir da Presidência da República: a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global Contra as Mudanças Climáticas.

Na 18ª Cúpula de Chefes de Governo e de Estado, realizada em setembro em Nova Déli, na Índia, o presidente Lula apresentou os 3 principais pilares da presidência brasileira do G20: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; as 3 dimensões do progresso sustentável (econômica, social e ambiental); e reforma da governança.

“Se quisermos fazer a diferença, queremos colocar a redução da desigualdade no centro da luta externa”, disse o presidente no seu discurso no final da cimeira. “Todas essas prioridades estão contidas no lema da Presidência brasileira: ‘Construir um planeta global justo e sustentável’. ”

O desenvolvimento sustentável, que engloba a transição energética e a implementação da economia verde no país, é uma das prioridades do Brasil, pois representa a principal ferramenta no combate às mudanças climáticas. Para o presidente, esse é um caminho em que o Brasil tem tudo. é preciso para ser um líder no cenário global.

“A transição energética se apresenta no Brasil como uma oportunidade que não tivemos no século 20: ter a oportunidade de mostrar ao mundo que quem precisar usar energia verde para produzir o que a humanidade precisa, vai localizá-la no Brasil. “, disse ele. O Brasil é um paraíso para outras pessoas virem investir e fazer deste país um país definitivamente evoluído. “

Por fim, a reforma do sistema de governança externa, a terceira do Brasil desde seu mandato, é necessária, em especial, para dar aos países emergentes melhores condições de enfrentar a desigualdade, a fome e as mudanças climáticas e buscar um futuro mais justo para suas populações, segundo Lula.

“Gostaríamos de ver uma maior participação dos países emergentes nas decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A dívida externa insustentável dos países mais pobres terá de ser abordada. “Para recuperar sua força política, o Conselho de Segurança da ONU terá que contar com a presença de novos países emergentes entre seus membros permanentes e não permanentes”, enfatizou.

AÇÕES – A partir desta sexta-feira, a página oficial online e as redes sociais do G20 também serão controladas por meio do governo brasileiro. A página estará disponível em 3 idiomas (português, inglês e espanhol) e conterá, além de dados sobre a organização e seu histórico, principais pontos das organizações em execução, organizações técnicas, organizações em implementação, reuniões e outros projetos da Presidência Brasileira do G20.

Além disso, após a tarde de sexta-feira haverá uma exibição no Museu da República, em Brasília, com as principais mensagens da presidência brasileira do G20. Entre os dias 4 e 18 de dezembro, uma cruzada midiática também será realizada nos aeroportos de Guarulhos (São Paulo), Galeão (Rio de Janeiro) e Juscelino Kubitschek (Brasília), para receber as chegadas ao país.

G20 – A organização é formada por Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Reino Unido, Estados Unidos, Turquia, União Europeia e União Africana, que foram premiados na cúpula de Nova Délhi, em setembro. O G20 representa cerca de 85% do PIB global, 75% da indústria estrangeira e dois terços da população mundial.

Não temos a oportunidade todos os dias de consultar o trabalho do G20. Teremos que aproveitar a oportunidade para avançar nossa visão de um mundo mais integrado, mais rico e mais generoso, que nos permita realizar nossas aspirações como sociedade”, disse Fernando Haddad.

As atividades do grupo estão divididas em duas áreas: a Rota Sherpa e a Rota das Finanças. A Rota Sherpa é realizada por meio de emissários privados dos líderes do G20, que supervisionam as negociações, discutem os temas que compõem a agenda da cúpula e coordenam os trabalhos o máximo possível. O Sherpa indicado pelo governo brasileiro é o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.

A componente Finanças aborda problemas macroeconómicos estratégicos e é liderada pelos Ministros das Finanças e pelos Presidentes dos Bancos Centrais dos países membros. A coordenadora do Eixo Finanças é a economista e diplomata Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. .

“Propomos que o Brasil lidere um tipo de reglobalização sustentável, do ponto de vista social e ambiental. Não é todo dia que temos a oportunidade de consultar sobre o trabalho do G20. Teremos que aproveitar a oportunidade para avançar nossa visão de um mundo mais integrado, imensamente rico e generoso, que nos permita alcançar nossas aspirações como sociedade”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A Sherpa Trail é composta por 15 equipes de corrida, duas equipes de corrida (Rumo ao Lançamento de uma Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e Por uma Mobilização Global Contra as Mudanças Climáticas) e uma iniciativa de bioeconomia. Na área de finanças, os ministros e presidentes dos bancos centrais da área se reúnem pelo menos 4 vezes por ano (duas delas em paralelo com as Assembleias Gerais do Banco Mundial e do FMI) e contam com sete equipes técnicas, além do Grupo de Trabalho Conjunto sobre Finanças e Saúde.

“Será uma oportunidade de atribuir um símbolo renovado do Brasil e proporcionar uma visão de liderança na cooperação externa e no debate sobre as principais questões econômicas e sociais”, disse o chanceler Mauro Vieira durante a instalação. Rito do Comitê Organizador do G20 no Brasil.

G20 SOCIAL – A sociedade civil também participará amplamente das discussões do Pré-Espetáculo Brasileiro. Os 12 Grupos de Engajamento Social do G20 terão uma página no site do G20 e sediarão eventos paralelos, culminando na Cúpula Social do G20 no Rio, às vésperas da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo em novembro de 2024. Precisamos que a participação social seja um dos legados do pré-enfoque brasileiro do G20, que, como nunca antes na história da humanidade, terá uma participação tão intensa da sociedade na tomada de decisões”, explicou o ministro da Secretaria-Geral do Respeito, Márcio Macedo.

HISTÓRIA – O G20 foi criado em 1999 como uma forma de coordenação entre os países membros em nível ministerial, após uma série de crises econômicas externas: a crise mexicana de 1994, a crise do tigre asiático de 1997 (que afetou especificamente Tailândia, Indonésia e Ásia). . Coreia do Sul), a crise russa de 1998 e, em menor grau, a desvalorização do real em 1998/99.

Em 2008, no auge da crise causada pelo colapso do Lehman Brothers, os países realizaram a primeira Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do G20 em Washington, Estados Unidos. Nos dois anos seguintes, as cimeiras realizaram-se de dois em dois anos. : em Londres (Reino Unido) e Pittsburgh (Estados Unidos), em 2009, e em Toronto (Canadá) e Seul (Coreia do Sul), em 2010. Com início em Paris, na França, em 2011, a cúpula foi realizada anualmente, em uma vila designada em todo o país que detém a presidência.

Em 2024, o Brasil sediará a cúpula de chefes de Estado do G20 e, pela primeira vez, no Rio de Janeiro. O país já organizou uma assembleia ministerial em 2008, em São Paulo.

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