PJ investiga suspeitas de corrupção no consulado de Portugal no Rio de Janeiro

A PJ tem participado em buscas em Portugal e no Brasil, num caso que investiga suspeitas de corrupção no Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro e pondera uma comissão para legalizar ilegalmente documentos para exonerar a nacionalidade portuguesa.

Em comunicado, a PJ explica que as investigações estão relacionadas com alegados crimes de corrupção passiva e ativa, participação em empresas, peculato, acesso ilegítimo, usurpação de funções, abuso de poder, concussão, falsificação de documentos e abuso de poder.

As buscas foram realizadas em Portugal, na cidade de Lisboa, e no Brasil, no Rio de Janeiro e em Saquarema.

“Foram adotadas mais de uma centena de medidas para recolha de provas não públicas (investigações e interrogatórios)”, acrescenta a nota.

A operação em território brasileiro, em colaboração com a Polícia Federal, contou com a participação de 21 investigadores da Unidade Nacional Anticorrupção (UNCC) e dois informáticos da Unidade de Experiência Tecnológica e informática (UPTI) da PJ, acompanhados por dois magistrados do Ministério Público (MP) da Direção Regional de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP).

A PJ explica que a operação transnacional foi realizada na sequência de um pedido de cooperação judiciária estrangeira do governo judicial brasileiro e abrangeu 11 mandados de busca, apreensão e busca pessoal no país e no estrangeiro.

Em território nacional, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, além de 4 mandados de busca e apreensão de conhecimento em provas virtuais. A operação envolveu 10 investigadores da PJ e peritos informáticos, acompanhados por um juiz de paz do deputado regional do DIAP em Lisboa.

Indica ainda que as investigações visam desmantelar os sistemas ilegais de legalização e certificação de documentos para obtenção da nacionalidade portuguesa, a concessão de vistos, o fornecimento de dados privilegiados através da usurpação de funções, a atribuição ilegal de lugares vagos para a gestão de atividades consulares, bem como a execução de atos consulares para os quais não há qualificação legal e peculato.

A PJ acrescenta ainda que a operação contou com a colaboração do Ministério dos Negócios Estrangeiros, nomeadamente através de trabalhadores deslocados que acompanharam os avanços em território brasileiro, bem como do Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro.

Em dados hoje publicados, o Diário de Notícias (DN) escreve que alguns trabalhadores do consulado português no Rio de Janeiro poderão ter ligações às organizações Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho e que, “por razões de segurança”, a polícia federal chegou a realizar buscas legais nas suas casas.

O governo disse que essas organizações criminosas tinham cúmplices no consulado para posicionar seus agentes em Portugal.

O DN escreve ainda que há mais de uma dezena de arguidos, na sua maioria brasileiros, trabalhadores, ex-trabalhadores e familiares. Até ao momento, acrescenta o jornal, o governo já conhece cerca de 30 cidadãos brasileiros que viajaram para Portugal no âmbito de um complô relacionado com redes criminosas.

Em troca de cerca de 300 euros (cerca de 1. 500 reais, num país onde o salário mínimo ronda os 1. 300) – segundo o DN -, os trabalhadores colocavam outras pessoas à frente de quem esperava por uma vaga, numa espécie de Greenway para o serviço.

Segundo a imprensa brasileira citada pelo DN, “com a fórmula estabelecida através dos funcionários consulares, a elaboração dos planos da documentação para as empresas intermediárias é redirecionada para o site do cliente”.

Uma das linhas de investigação liga ainda esta atribuição ao acesso a Portugal de elementos do primeiro comando da capital, depois da ligação ao consulado português em São Paulo, estado onde esta organização exerce o seu maior domínio.

Com a Lusa

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A operação da Polícia Federal se posicionou em parceria com o governo português para cumprir mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro e Saquarema.

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