O Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC) 2011-2022 tornou público nesta sexta-feira (1) por meio do IBGE. Entre os principais efeitos para a Bahia estão a maior queda absoluta do país no número de empresas locais do setor cultural entre 2011 e 2021 e a expansão de 20,3% entre 2022 e 2021 dos investimentos municipais em cultura na Bahia. Entre 2011 e 2021, a Bahia é o estado com maior alívio absoluto no número de grupos locais de empresas formais do setor cultural. Nesses dez anos, o setor perdeu 870 empresas, passando de 14. 701 para 13. 831, queda de 5,9%.
O número de grupos empresariais do setor cultural aumentou 4,3% entre 2011 e 2021, passando de 398. 347 para 415. 419 (mais 17. 072). Em 20 equipes da Federação o número de equipes aumentou, e em 7 houve diminuição.
Com essa queda, a participação da Bahia no setor cultural brasileiro passou de 3,7% em 2011 para 3,3% dez anos depois. No entanto, o estado permanece na sétima posição nacional em número de unidades, liderando no Nordeste do país.
Na Bahia, o setor cultural também perdeu um percentual do total de estabelecimentos comerciais locais do estado. Em 2011, a cultura representava 5,7% do setor baiano. Dez anos depois, esse número caiu para 5,1%.
A queda no número de unidades locais do setor cultural na Bahia se concentrou no interior do estado, já que em Salvador houve crescimento entre 2011 e 2021, passando de 4.225 para 4.693, em um aumento de 11,1%.
Junto com a redução no número de unidades locais, a Bahia também registrou um alívio no número de empregados em empresas formais do setor cultural, entre 2011 e 2021, de 51. 027 para 50. 230 (-797 pessoas contratadas ou -1,6%, no período).
A queda absoluta da Bahia foi a 5ª maior entre os estados. Nacionalmente, houve aumento de 2,5% no pessoal ocupado assalariado em unidades locais de empresas formais do setor cultural, de 1.565.399 em 2011 para 1.604.972 em 2021.
O salário médio mensal de outras pessoas que trabalham em empresas formais no setor cultural baiano também diminuiu entre 2011 e 2021. Em 2011, o salário médio mensal de um funcionário do setor público, corrigido pela inflação, foi de R$ 2. 462. Dez anos depois, somava R$ 2. 370 (-3,7%). O salário médio mensal do setor cultural baiano em 2021 (R$ 2. 370) foi o 11º maior do país, inferior à média nacional de R$ 4. 121.
As informações sobre grupos de empresas locais e seus produtos são do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), do IBGE.
Indo além da esfera das unidades de empresas formais, em 2022, havia um total de 255 mil pessoas trabalhando na cultura como um todo, na Bahia – inclusive trabalhadores por conta própria e empregadores formais e informais.
Essa participação é 24,3% maior do que no ano passado, quando havia 205 mil funcionários no setor cultural do estado. Por outro lado, ainda é uma queda de 3,8% em relação a 2019, quando a região teve o maior número de pessoas contratadas: 265 mil.
Os trabalhadores do setor cultural baiano eram, em sua maioria, homens (58,7% das 255 mil pessoas ocupadas) – ainda que essa proporção fosse um pouco menor do que a verificada no total dos trabalhadores do estado (59,2% deles eram homens).
Quase 8 em cada 10 pessoas que trabalhavam no setor cultural como um todo, na Bahia, eram pretas ou pardas (79,9%), em uma proporção ligeiramente menor do que no total dos ocupados no estado (que era de 81,8%).
Em comparação com a população contratada geral do estado, as demais pessoas contratadas no setor cultural baiano também eram mais jovens, formalizadas, escolarizadas e tinham renda média mensal mais alta.
Na Bahia, 35,4% dos trabalhadores da cultura tinham de 14 a 29 anos, frente a 27,3% de toda a população ocupada no estado. Por outro lado, 19,6% das pessoas ocupadas no setor cultural baiano tinham acima de 50 anos, frente a 21,7% dos ocupados em todos os setores.
Em 2022, a maioria dos trabalhadores do setor cultural da Bahia era formalizada: 51,4%. Já no total de trabalhadores do estado, a situação era a inversa, com apenas 42,5% de trabalhadores formais.
Em termos de escolaridade, 71,4% da população cultural baiana tinha pelo menos o ensino médio completo e 17,0% o ensino superior. Já do total da população ocupada no estado, 56,4% tinham ensino médio completo e 15,1% tinham ensino superior completo.
Na Bahia, em 2022, o pessoal do setor cultural em geral ganhou 12,7% a mais que a média. A mesma fonte de renda média genuína para pessoas contratadas no setor cultural é de R$ 1. 818, e o salário médio dos baianos em geral é de R$ 1. 613.
Diferentemente da força de trabalho geral, no setor cultural baiano, as mulheres (R$ 2. 125) tinham uma fonte média de renda maior que os homens (R$ 1. 602). Em contrapartida, as desigualdades por cor ou raça foram semelhantes às do mercado de trabalho. em geral. Entre os contratados no setor cultural da Bahia, brancos (R$ 2. 637) ganhavam 62,6% a mais que pretos ou pardos (R$ 1. 622).
Em 2022, o governo do estado da Bahia investiu R$ 201,5 milhões na cultura. Esse preço representa uma expansão de 20,3% em relação às despesas de 2021, que somaram R$ 167,5 milhões.
O crescimento absoluto do valor investido pelo estado (mais R$ 34,0 milhões) foi o 9º maior do país. No Brasil, o valor despendido em cultura pelos governos estaduais aumentou 22,5% entre 2021 e 2022, de R$ 3,5 bilhões para R$ 4,3 bilhões.
Entre 2021 e 2022, o governo baiano se manteve como o sexto maior do país em gastos com cultura. O ranking nacional foi comandado por São Paulo (R$ 1,174 milhão), Pará (R$ 358,7 milhões) e Amazonas (R$ 339,5 milhões).
Apesar da expansão dos gastos públicos com cultura na Bahia, em 2022 o valor investido ainda é 19,6% menor do que o recorde da série antiga, registrado em 2020, quando os gastos com cultura por meio do governo estadual somaram R$ 250,5 milhões.
Em relação às administrações municipais, a Bahia teve o maior aumento das despesas com cultura do Brasil, entre 2021 e 2022.
Os investimentos em cultura por parte das prefeituras baianas quintuplicaram, passando de R$ 128,2 milhões em 2021 para R$ 671,3 milhões em 2022, em um crescimento de R$ 543,1 milhões ou 423,7% em um ano.
No Brasil como um todo, os gastos dos governos municipais com cultura aumentaram 87,3% neste período, passando de R$ 4,295 bilhões para R$ 8,044 bilhões.
Voltando à expansão após dois anos de queda, os investimentos por meio dos municípios baianos em cultura caíram do 9º lugar em 2021 para o 3º lugar no país em 2022, abaixo apenas dos registrados nos estados de São Paulo (R$ 2,010 bilhões) e Minas Gerais. . (R$ 1,026 bilhão).
O conhecimento vem da Coordenação-Geral de Análise Financeira das Relações de Estados e Municípios, vinculada à Secretaria do Tesouro Nacional.
Em 2021, dos 417 municípios baianos, 81 tinham teatro ou casa de shows (19,4%). A proporção diminui em relação ao nacional, já que 23,3% dos municípios brasileiros possuíam esse tipo de equipamento.
Ainda assim, no estado, 6 em cada 10 cidades estavam a menos de 1 hora de um município com teatro ou sala de espetáculo (258 nesta situação, ou 61,9% do total); enquanto apenas 2 municípios (Campo Alegre de Lourdes e Pilão Arcado) estavam a mais de 3 horas de distância de uma cidade onde havia teatro ou sala de espetáculo.
Na Bahia, quase metade da população (48,6%, ou cerca de 7,3 milhões de pessoas) vivia em municípios com teatro. No Brasil, 69,4% dos habitantes moravam em cidades com este tipo de equipamento. A proporção da Bahia era a 6a menor do país.
Assim, a população baiana levava em média 36 minutos para chegar a um município onde havia um teatro ou uma casa de shows. Nacionalmente, o tempo médio exigido foi de 49 minutos.
Os museus estiveram ainda um pouco menos presentes, em 2021, no estado: 72 dos 417 municípios baianos tinham pelo menos um museu (17,3% do total). Em nível nacional, 29,6% das localidades possuíam esse equipamento cultural. Ao mesmo tempo, 6 em cada 10 municípios baianos (260, ou 62,4% do total) estavam a menos de uma hora de uma cidade com museu.
No estado, 45,9% da população (cerca de 6,9 milhões) vivia em cidades com museus. No Brasil, a taxa foi bem maior, com 68,6% da população vivendo em municípios com museus. A Bahia tinha a quarta menor proporção do país, atrás apenas do Maranhão (27,5%), Tocantins (36,0%) e Pará (44,5%).
Porém, em média, a população baiana demorou 38 minutos para chegar a um município com museu, tempo semelhante ao nacional, que é de 40 minutos.
De todos os equipamentos culturais listados, as salas de cinema foram as mais escassas, ofertadas em 27 municípios baianos em 2021 (6,5% do total). Em todo o país, 9,0% das localidades possuíam pelo menos uma sala de cinema.
Na Bahia, 175 municípios estavam a menos de uma hora de distância de uma cidade com cinema (42,0%). Por outro lado, 41 cidades baianas (9,8%) estavam a mais de 3 horas de distância de um município com cinema.
No estado, apenas 39,8% dos habitantes (cerca de 6,0 milhões de pessoas) viviam em cidades com cinema. Nacionalmente, isso era verdade para 57,5% da população. O índice da Bahia era o 6º mais baixo do país.
Assim, a população baiana levava em média 1 hora e 23 minutos para chegar a uma cidade com cinema, em um tempo maior que o nacional, que é de 1 hora e 15 minutos. O resultado do estado também é superior à média do Nordeste, que é de 1:10.
O conhecimento vem da Pesquisa de Informações Básicas dos Municípios (MUNIC), do IBGE, do Estudo das Regiões de Influência das Cidades (REGIC) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNDD).
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