Black Friday alerta: golpes de sites e emails falsos triplicaram; saiba como evitar

Investigação

Do Editor*

Postado em 22/11/2023 às 16:02

Dois a cada três consumidores brasileiros pretendem ir às compras na Black Friday atrás de boas ofertas, de acordo com dados do Google. Nos últimos novembros, estelionatários têm surfado nessa onda para enganar pessoas na internet.

O site falso “Loja Estoque Brasil”, por exemplo, colocou um banner genérico gigante com classificados com descontos de até 30%. No catálogo do portal, é possível encontrar um alto-falante JBL Boombox, vendido a um custo de cerca de R$ 2 mil, por R$ 247,99.

Sozinho, o desconto de 88% gera desconfiança. Ao rolar a página até o fim, o comprador ainda pode encontrar outros indícios preocupantes: o email de contato “[email protected]” (sem “t”) e o endereço “Rua Alameda, 123 Bairro Santo André, São Paulo.”

Reclamações na rede social Reddit e no portal de queixas de consumidores Reclame Aqui corroboram as suspeitas. Neste último, há 12 reclamações no último mês –todas sem resposta.

Relatório da empresa de cibersegurança Kaspersky mostra que o caso da Loja Estoque Brasil é um entre muitos. O documento mostra aumento de três vezes nos sites falsos usando o termo “Black Friday” desde outubro. Esses ataques são chamados por especialistas de phishing, em referência à palavra pescaria em inglês, já que os cibercriminosos usam algum tema de interesse como isca.

E-mails e e-mails falsos são a tática mais comum seguida no Brasil por golpistas para cometer golpes. Nos primeiros dez meses de 2023, a Kaspersky detectou e bloqueou mais de 30 milhões de ataques de phishing direcionados a compras online, sistemas de pagamento e instituições bancárias.

Os itens mais procurados nesta data, como eletrônicos, são iscas recorrentes em golpes da Black Friday. A Kaspersky detectou 2,8 milhões de ataques de phishing entre janeiro e outubro de 2023 apenas mencionando iPhones e outros produtos e serviços da Apple. Outra variante do golpe é voltada para jogadores de console com ofertas de jogos, mas no final do dia, eles servem para deixar os jogadores com os bolsos vazios.

Embora pareça um esquema grosseiro, esse golpe é recorrente porque funciona, dizem os especialistas em segurança ouvidos pela reportagem.

As plataformas de e-commerce cobrem 43,5% das mensagens falsas.

Instituições fraudulentas podem aparecer em marketplaces como Google Shopping, Amazon e Mercado Livre. Portanto, os consumidores merecem se proteger verificando qual loja é culpada pela venda, já que a plataforma não faz a venda diretamente.

Esses sites possuem protocolos de serviço para superar defeitos e divergências entre as partes envolvidas na negociação, mas o usuário culpado de emitir reembolsos ou resolver problemas de entrega é o vendedor.

Especialistas aconselham verificar o histórico no Google e em sites de sinistros como o Reclame Aqui. Do lado da plataforma, existem incentivos para denunciar os distribuidores por má conduta, desde fraude até problemas de serviço.

Gilmar Magi, diretor de fraudes e ameaças da empresa de pagamentos Pomelo, recomenda preferir faturas de cartão de crédito ou débito, já que é possível contestar a transação. “O visitante pode ligar para o banco emissor, relatar o problema, uma entrega que nunca aconteceu, por exemplo, e iniciar uma disputa sobre a validade daquela transação. “

No caso do Pix, os bancos têm sistemas para indicar transferências com maior risco de fraude para alertar o cliente. Há chances menores do que no cartão, mas é possível solicitar estorno dos valores, caso a fraude seja comprovada. O pagamento via boleto, por sua vez, não é ressarcido, segundo Magi.

O cliente também deve preferir gerar cartões virtuais para realizar compras na internet. Nessa modalidade, o banco gera dados para pagamento usados somente naquela compra, o que diminui a chance de vazamento de dados sensíveis.

Antes disso, o cliente deve verificar cuidadosamente o nome do site. Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os criminosos também clonam sites de lojas conhecidas para mentir aos clientes, riscando uma carta adicional no endereço da página online. imperceptível para o cliente, ou mesmo alterando, por exemplo, a letra “o” para o número “0”.

“Por esse motivo, recomendamos que os consumidores façam sua pesquisa de valor e, ao optar por uma loja, insiram o endereço da página online diretamente na barra do navegador. Nunca clique em links enviados por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens e prefira os familiares. lojas”, diz Adriano Volpini, chefe do comitê de prevenção a fraudes da Febraban.

O gerente também alerta contra os recentes pontos de venda com todos os depoimentos positivos de compradores nas redes sociais. “Os golpistas criam perfis falsos que investem na mídia para aparecer em páginas e stories nas redes sociais, adicionando depoimentos falsos de clientes. Eles também usam depoimentos de comerciantes e estrangeiros. Estoque de bancos de foto e vídeo para dar crédito ao produto e mentir para o consumidor.

A Kaspersky, em seu relatório, também alerta contra cartões-presente falsos. “Por exemplo, uma página online falsa imita uma loja online bem conhecida, que atrai os utilizadores com cartões de oferta que variam entre os 800 e os 1,95 euros. Como esses cartões não costumam existir, os pacientes perdem o dinheiro novamente. “

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*PEDRO S. TEIXEIRA/ FOLHAPRESS

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