Coordenador técnico do Centro Especializado de Reabilitação da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande), Paulo Henrique Muleta Andrade é um dos presos na Operação Turn Off. Desencadeada nesta quarta-feira (29), a operação investiga fraudes em contratos estaduais.
A operação, realizada por meio do Grupo Especial Anticorrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), tem como objetivo fraudar licitações para aquisição de bens do Governo do Estado.
Há indícios de fraudes nas licitações para aquisição de equipamentos hospitalares e para pacientes da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Campo Grande. Os crimes foram cometidos por meio do pagamento de propina a diversos agentes públicos.
Paulo Henrique Muleta Andrade é Coordenador Técnico do Centro Especializado em Reabilitação da Apae de Campo Grande. Apesar de ele ter sido detido, a APAE diz em nota que “ganhou qualquer tipo de ação nesse sentido”.
Em nota, a Apae afirma que “não possui ciência de irregularidades praticadas por seus colaboradores”.
Paulo Henrique Muleta Andrade é fisioterapeuta com pós-doutorado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Além de Coordenador Técnico do Centro Especializado em Reabilitação da Apae, foi funcionário federal do Hospital María Aparecida. Hospital Universitário Pedrossian desde 2014.
Tem vínculo CLT com a Apae de Campo Grande desde 2014 e é bolsista da UFMS. Paulo Henrique também é especialista em osteopatia. Segundo o Portal de Transparência do Governo Federal, ele é fisioterapeuta com 30 horas de internação e em agosto de 2023 tinha salário de R$ 5. 781,17, já que está no ponto 203 do cargo que ocupa.
Até o momento, a Midiamax descobriu os nomes de 7 prisioneiros. São eles o secretário adjunto da SED, Edio Antônio Rezende de Castro, o chefe de licitações da SAD-MS (Secretaria de Estado de Administração), Simone de Oliveira Ramires Castro, Thiago Haruo Mishima, nomeado assessor especial do governo estadual em 2022, também é um dos presos alvos da operação. Ultimamente tem sido designado para a liderança do deputado federal Geraldo Resende (PSDB).
Também Andrea Cristina Souza Lima, que trabalhava na SED em contratos, Paulo Henrique Muleta Andrade, que era coordenador da Apae, além do empresário Sergio Duarte Coutinho Júnior, dono da Maiorca Soluções, empresa que foi alvo das batidas desta quarta-feira. .
Há também a ligação de Victor Leite de Andrade e de um menino chamado Luiz, que mora em Maracaju. Dos 8 alvos, um não foi localizado.
Ainda segundo a investigação, o grupo criminoso fraudava licitações públicas para compra de aparelhos de ar-condicionado para a SED (Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul), também a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul).
Uma licitação para aquisição de equipamentos e produtos hospitalares para pacientes da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Campo Grande, entre outros, também foi fraudada. Os crimes foram cometidos por meio do pagamento de propina a diversos agentes públicos.
Os contratos já conhecidos e investigados ultrapassam R$ 68 milhões.