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Durante séculos, a Igreja Católica e dezenas de nações se comprometeram no dia 25 de novembro com a ceia de Santa Catarina de Alexandria. Fez parte do Calendário Litúrgico Universal até 1969, quando a data foi “revogada” pelo Vaticano.
Quando aqui desembarcou em 1526, o navegador italiano Sebastião Caboto batizou a Ilha dos Patos como Ilha de Santa Catarina. Segundo o historiador Oswaldo Rodrigues Cabral, porque chegou no dia em que já se homenageava Santa Catarina de Alexandria e também em homenagem à sua esposa Catarina Medrano.
A história da padroeira é repleta de fatos antigos relatados por pesquisadores há séculos e muitas lendas que enriquecem sua vida.
Catarina, uma jovem pagã que vive em Alexandria, no Egito, sensível ao sofrimento dos cristãos martirizados pelo imperador romano Maximino, através de torturas e atos de crueldade.
Convertida por monges, compareceu à presença do déspota romano, lançou vários desafios, foi desafiada e não abandonou seus princípios. Foi presa para ser enfrentada por 50 sábios da província para que fosse humilhada. Virtuosa e inteligente, com formação primorosa, Catarina converteu os sábios por sua eloquência. A esposa do imperador e os soldados que a vigiavam na prisão também foram convertidos.
Derrotado e furioso, o imperador decretou sua morte através da roda de ferro com pontas, com uma morte lenta e um sofrimento maravilhoso. Durante a execução, a roda quebrou. O imperador foi mais uma vez condenado à decapitação. Depois de cortar a cabeça, ele derramou leite com sangue nela, revelam os historiadores.
Sua estrutura foi transferida três séculos depois para o Monte Sinai, onde a Igreja da Transfiguração havia sido construída, abrigando a histórica sarça ardente dos Dez Mandamentos.
O mosteiro, construído no século VI, é o que está totalmente preservado. Ortodoxa, tem uma das bibliotecas mais ricas da cristandade, acrescentando cópias dos escritos dos evangelistas. Lá dentro, há uma mesquita.
Dois documentos documentam-no durante 15 séculos: um, do século VII, assinado pelo profeta Maomé, fundador do Islão, garantindo segurança geral e imunidade fiscal; e outra, através de Napoleão Bonaparte, quando invadiu o Egito no século XVIII, garantindo a sua proteção.
Santa Catarina é padroeira dos estudantes, marinheiros, filósofos e dos que pintam sobre rodas. Muito pouco conhecido pela maioria da população catarinense.