Manaus é palco da primeira dança indígena da Amazônia

A festa de aniversário da comunidade LGBTQIAPN, que contou com exposições de moda e batalhas de dança e funcionalidade, foi combinada com a cultura original e criou uma ocasião inédita na região Norte (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real).

Manaus (AM) – No centro de Manaus, um espaço circular localizado na Praça do Largo de São Sebastião tomou conta de personalidades glamourosas da cena da dança no dia 17 de novembro. Eletrizantes batalhas de voguing, um desfile de dança que reproduz as poses de modelos de moda. Revistas como a Vogue, esquentaram ainda mais a já quente sexta-feira na capital amazonense. Os desfiles, outro destaque da noite, contaram com brincos, colares, roupas e grafismos animados pelas ricas culturas das etnias indígenas da Amazônia. . A exibição acompanhou aplausos, música espacial e gritos efusivos da plateia, em uma festa de aniversário de boa presença e vida LGBTQIAPN original.

A atenção do público estava voltada para o centro da roda, onde ganhou vida a Dança dos Espíritos Ancestrais, a primeira dança de salão indígena realizada na região amazônica. Organizado por meio do Coletivo Miriã Mahsã, representante dos Povos Indígenas LGBTQIAPN, e da Casa Jabutt, o baile afirmou que os Povos Indígenas têm força para criar e acolher espaços, criados através deles e para eles.

“Dentro da rede LGBTQIAPN em Manaus, os eventos culturais são liderados por pessoas brancas e cis. Quando organizam eventos, não pensam em indígenas, trans e travestis. A partir dessa observação, tivemos a preferência de ter um espaço próprio, um posicionamento que vem da cultura, da rede, da hospitalidade e da segurança”, disse Pedro Tukano, coordenador do Acervo Miriã Mahsã e um dos organizadores da dança Espíritos Acestrais, em entrevista ao Genuíno Amazonas.

A cultura do baile e suas danças suntuosas foram criadas através de travestis negras e latinas e mulheres trans dos subúrbios de Nova York na década de 1970. No Brasil, essa expressão adquiriu nuances próprias à medida que se espalhou para outras regiões. O ÀManaos, movimento político e cultural, criado para divulgar espaços de expressão artística e a violência sofrida por pessoas racializadas e LGBTQIAPN, está sendo reinventado por meio das muitas mãos e mentes de artistas indígenas, negros e trans marginalizados.

Os povos indígenas passaram a reivindicar o espaço da cultura de salão como posição de exaltação, valorização e representação. “A importância de ter essa posição é porque a nossa comunidade, o nosso coletivo e a nossa casa são formados quase que integralmente por indígenas, trans e travestis. , que não se sentiam plenamente representados neste palco. Nossa proposta é que através dessa dança, esses artistas vejam que é um espaço que eles também podem levar e transformar”, explicou Thais Desana, outra das organizadoras da festa.

A noite começou com a apresentação de lendas pioneiras e artistas admirados da cena da dança de Manaus e do movimento indígena amazonense, como o bailarino Simas Zion, matriarca da Casa Kiki de Maverick, e Uýra, artista indígena e arte-educadora de renome mundial. para o filme. Em seguida, veio a primeira categoria da noite, Cunt de Curumim, para outras pessoas que fazem moda educativa há no máximo um ano. Eles são iniciantes.

“Essas outras pessoas que são violentadas em tantos lugares do mundo estão vivas, dançando e se exibindo, se definindo como beleza, como direito não só de ser e ser, mas também de sonhar. As danças são a continuação dos sonhos dos anos 80, que começaram em Nova York e se espalharam pelo mundo como grandes sonhos de estar vivo”, disse Uýra, em entrevista à Amazônia Real.

A partir desse momento, o espaço lotado assistiu a um deleite exclusivo de apresentações artísticas, executadas com maestria para obter as maiores notas dos jurados presentes. Além do festival na pista de dança, a essência da cultura da dança de salão está ligada a um senso de comunidade. A maioria das categorias da Dança dos Espíritos Ancestrais, organizada por Manauara e pela drag queen Aritana Tibira, foi reservada a negros e indígenas.

“O Coletivo Miriã Mahsã buscou trabalhar com indígenas da cena da dança para criar um evento que também acolhesse indígenas e negros. Entendemos o desafio de ter pessoas brancas envolvidas nesse ambiente”, disse Tukano. Para nós, juntar-se a outras pessoas negras é reafirmar que somos irmãos e que estamos lutando juntos no contexto urbano de Manaus, e que esses são os outros que estão em nível de sala de aula e podem contribuir para fazer o que pensamos como LGBTQIAPN. Podemos caminhar juntos e sem rivalidades para dizer que Manaus, além de ser terra indígena, é terra de outros negros e que nos sentimos acolhidos através deles.

Em abril deste ano, foi realizado em Brasília o 19º Acampamento Terra Livre (ATL), a primeira dança indígena do Brasil, promovida por meio da Casa de Onija em parceria com o Coletivo Tythroughra. No ATL, a linha do tempo LGBTQIAPN foi debatida por meio do Movimento da Juventude Indígena, que discutiu suas demandas em plenário. Seguindo esse legado antigo, o Coletivo Miriã Mahsã e a Casa Jabutt tomaram a decisão de unir forças para organizar uma dança indígena nas terras originais, na capital amazonense.

“Foi um momento muito lindo porque não foram só os jovens. Havia crianças, outros idosos e outras pessoas muito mais velhas que compareceram a este evento. Foi incrível, porque havia outras pessoas de outras pessoas que estavam lá para notar. e ser informado sobre o que significa um salão indígena. Fiquei fascinado ao ver como os apreciados eram celebrados, sem pudor e em segurança”, disse Pedro Tukano, referindo-se à dança realizada no ATL.

Para que a ocasião se instalasse na capital amazonense, foram necessários meses de discussão entre os coletivos. Começando pelo nome da dança, Ancestral Spirits. No palco da dança, os nomes das categorias são apresentados pela primeira vez em inglês. Mas, mesmo para isso, tivemos que pensar fora das convenções. “Surgiu esse conceito de desconstrução absoluta de conceitos e categorias. Nos nomes das categorias, vemos que esse é um contexto muito americanizado e que não é uma cultura absolutamente local. Para a nossa dança, o conceito é trazer a cultura nórdica e amazônica, basicamente de ascendência indígena”, explicou Thais Desana.

Para promover, conhecer e valorizar os povos indígenas, a Dança dos Espíritos Ancestrais criou artes de acordo com as culturas expressas de cada povo e etnia. Harmonya Dórémi Jabutt, mãe de Casa Jabutt, drag queen, cantora e compositora, lembrou que traduzir nomes para o inglês gera mais conforto. “A importância da tradução, além de fazer com que outras pessoas se sintam mais à vontade para participar, delimitar através da linguagem que essa posição é nossa”, disse.

Categorias como “baby vogue”, “face”, “runway”, “hand performance” ou “lipsync”, ganharam novas roupagens. Na Espíritos Ancestrais, receberam os nomes de “Rosto Ancestral: Face do Sol”, “Rainha Tecelã: Categoria de Artesanato”, “Caminhos da Floresta: Categoria de caminhada”, “Moda Ancestral”, “Mãos de Pororoca: performance das mãos” e “Dublagem: Boca de Jambú”.

Thais Desana destacou que, muito mais do que a exaltação da beleza, a Dança dos Espíritos Ancestrais girava em torno da festa de aniversário da “corporeidade ancestral e herbácea indígena e negra”. Além da dança, o coletivo Miriã Mahsã pretende ser um gerador de cultura. que possam oferecer visibilidade e fonte de renda e qualidade de vida aos artistas indígenas LGBTQIAPN.

“As nossas parentas são pessoas trans e travestis e os dados mostram que são pessoas da sociedade que estão em vulnerabilidade social. O coletivo querer se tornar um gestor cultural é dar voz e oportunidade para que elas possam criar e organizar um evento a partir do olhar delas enquanto indígenas travestis e transexuais”, complementou Pedro Tukano.

Dani Maresia Jabutt anda pelo salão de baile há um ano e dois meses e constata que muitas coisas a “incomodaram” de forma dura. “Foi no nível do salão de festas que iniciei meu processo de transição de gênero, que comecei a me reconhecer como indígena e me localizar”, disse. Para ela, que leciona categorias de dança na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), muito mais do que ser trans, indígena ou negra, a dança de salão é ser uma estrutura em movimento.

“Tento levar o salão de festas para todos os ambientes, porque já faz parte do que estou vivendo. Minha arte se expressa no salão de festas, as coisas que eu gosto são expressas no salão de festas. Às vezes não mostro nada, não tenho compatibilidade em nenhuma categoria, mas apenas estar presente e observar já é suficiente e me dá algo”, explica.

No Baile dos Espíritos Ancestrais, Maresia desfilou nas categorias Cara Ancestral, Rainha Tecelã, Trilhas da Floresta e Moda Ancestral. Ganhou o prêmio nas categorias Caminhada e Moda Ancestral. “Essa posição é nossa, a gente vem de uma cultura criada através de um gato preto, né?E as latinas, que costumavam ser chamadas de latinas, mas que são nativas, acontece que essa posição é nossa há muito tempo. A cultura já é nossa!, traga-a para a Amazônia e coloque-a em prática. É enorme”, disse.

Para Uýra, a festa de aniversário é um momento de se destacar não só como palco de dança, mas também como palco indígena. Manaus é a maior cidade indígena do Brasil. “Este é um momento histórico que o planeta está vivendo, mesmo que o planeta não seja capaz de fazê-lo. “Estamos aqui como todos os salões do mundo, sonhando que os máximos produtivos chegarão aos que virão em breve. Estamos contrabandeando”, proclamou.

Teresa Manicongo, indígena do povo Puri de Amana-Tykyra (Serra da Mantiqueira, área que faz parte do Sul do Rio de Janeiro, Sul de Minas Gerais e Vale do Paraíba, em São Paulo), é novata na cena ballroom. Ela desfilou como 007, nas categorias Rosto Ancestral, Caminhos da Floresta e Moda Ancestral. Os que não integram nenhuma casa, mas querem competir, geralmente utilizam “007” após o seu nome.

“Acho que quando o salão de festas chegou aqui, tomou uma forma original em Pindorama e teve suas reformas. Como indígena, me sinto muito acolhida no salão de festas. A dança é um espaço de acolhimento, é um espaço de aprendizagem”, disse Teresa. “Não só os outros povos indígenas que estão nas aldeias, mas também nós, os outros povos da cidade, estamos salvando nossa cultura e convivendo com essa violência todos os dias, desde 1500. Eu nem tenho palavras para explicar o quão ruim isso é. importante, tanto para a origem dos outros quanto para a cultura do salão.

A Mãe da Casa Jabutt, Harmonya Jabutt, disse acreditar que pessoas indígenas são apagadas da sociedade, e que essa lógica de exclusão também alcança o cenário ballroom. No entanto, a artista lembrou que a ballroom é o lugar apropriado para subverter esses preconceitos.

“O salão de festas é um espaço imaginável onde os povos indígenas também podem ser protagonistas, para que essas culturas possam ser mostradas. Não se pode dizer que a cultura indígena sempre foi protagonista nesse ambiente, porque não foi, mas “é vital destacar que é uma oportunidade maravilhosa, uma área maravilhosa, uma posição para salvar essas culturas”, disse.

Jaú Ribeiro, filho da Casa Jabutt, disse que além de ser uma forma de expressão artística, a dança de salão aumenta a autoestima de quem participa das danças. Às vezes, nossa autoestima vacila e, quando chegamos ao baile, podemos aumentar nossa autoestima. Mesmo quando não estamos ganhando, aumentamos nossa autoestima porque estamos começando a ser notados e construir essa rede”, disse ela.

Para o presidente eleito, um indígena tupinambá que voltou da clássica rede Guajará, no Pará, essa é uma ação que visa delimitar a presença de indígenas LGBTQIAPN no Amazonas. “Trazer essa dança indígena para cá é muito significativo, porque estamos aqui em resistência nesse território”, disse.

Adolfo Tapaiúna é professor de design da UEA, multiartista e faz parte do movimento indígena por meio da vice-coordenação do Movimento Estudantil Indígena do Amazonas (Meiam). Ele participou do baile acompanhado de sua mãe, uma líder indígena Moy Sateré-Mawé. “Ocupar esse espaço e trazer minha mãe, que desfilou e ganhou uma categoria, quebra padrões e estereótipos sobre como as outras pessoas entendem o corpo indígena, que é diverso”, disse Adolfo.

Segundo o jovem, o salão de festas indígena é uma forma de resistir à invisibilidade e eliminação dos povos indígenas LGBTQIAPN na cultura amazônica. “Nossos corpos como povos indígenas existem na cidade de Manaus e no interior. O cristianismo torna nossos corpos invisíveis e é difícil chegar aqui, bater no peito e dizer que você é queer e indígena.

Moy Sateré-Mawé ganhou o Prêmio Rainha do Artesanato. Lideranças indígenas do Baixo Amazonas disseram que não estavam acostumadas a ver uma dança e que foi a primeira. “Quando cheguei aqui fiquei surpreso. Só descobri hospedar outras pessoas que me deram a satisfação de participar também, não é mesmo?Fui recebido aqui com uma alegria maravilhosa”, disse Moy.

Ele lembrou que o fator LGBTQIAPN e espaços como salões de dança ainda são novas “descobertas”, mas que esses globais se reconhecem nas mesmas opressões. “Este mundo e os acolhedores do resto só precisam de um espaço digno, sem que a sociedade os reprima. Acho que outros povos indígenas estão na mesma situação, em sua área, por um e dois dias, e essa ocasião só vem para cumprimentar e mostrar que isso pode ser feito maravilhosamente”, disse Moy Sateré-Mawé.

Longe dos subúrbios de Nova York, o salão de festas foi inaugurado em Manaus em 2019, segundo o pioneiro Simas Zion, autor da primeira casa decorada, a Kiki House of Dení. Simas se interessa por dança desde 2014, mas foi em 2015 que começou a explorar e entender o mundo da dança de salão. A dançarina entrou em contato com o gênero Femme Styles, que engloba voguing, waacking e jazz funk. “Gostei muito, foi amor à primeira vista. Então eu tentei fazer mais estudos sobre isso, sobre quem estava nessa comunidade, para saber que o salão de baile vinha daqueles “corpos” trans e negros. “Vi que era poderoso”, disse.

Os passos para o nascimento da cena em Manaus vieram dos estúdios de Simas, que quatro anos depois, em 2019, deixou a cidade para beber recursos de informações sobre as técnicas, estilos e comportamentos dos salões de dança no Brasil. A sabedoria será implementada nas sessões abertas de educação que a artista promoveu no pátio da Escola Superior de Artes e Turismo (Esat) da UEA, no bairro Praça 14, onde ministrou aulas de dança.

“Conheci outros jovens que também pertenciam a essas minorias, eram gays, queer e negros da cena da dança. Foi aí que eu soube que funcionava, sabe? Precisávamos disso aqui em Manaus. Saí daqui pela primeira vez para consumir mais dados e participei do maior evento de dança da América Latina, o BH Vogue Fever”, descreveu Simas.

Com o conceito de reunir mais pessoas e agregá-las a essa cultura, sem precisar sair de Manaus para praticar voguing, foi realizado o Baile do Glitter, a primeira dança da cidade. “Essa comunidade, essa tecnologia e essas outras pessoas estão evoluindo. Fundamos a primeira casa, a Kiki House Of Dení e de lá nasceram várias outras, que promovi com minhas filhas”, explicou.

Simas falou sobre os primeiros integrantes da emissora como Kallyope, Mãe Odara Konda, Imperador Blue Maverick, Auria Lima e Baby Kunty. Todas essas outras pessoas lhe deram um salão de festas maior em Manaus. E observou que compartilhou informações com essas outras pessoas, e elas, por sua vez, retribuíram ensinamentos por meio de seus relatos e evoluções.

“Eu entendi que a dança de salão é uma geração e é uma ideia, que você pega e usa com suas experiências, com sua verdade e podemos perceber que corpos periféricos e outras pessoas trans têm esse poder”, acrescentou Simas.

A pioneira da cena citou ainda, entre outras, as casas Matagal e Kuma como pilares essenciais para a construção da ballroom em Manaus. “É importante destacar que tivemos ali a Ariel Kuma, que foi uma gata que abraçou a comunidade um certo tempo desses quatro anos de cena. Tivemos também a Mafel, que fundou a Casa Matagal, uma casa de grande impulsionamento que deixou uma grande galera ciente sobre a quem pertence essa cultura. A Matagal foi uma base de sustento do pensamento da cultura ballroom aqui em Manaus, para que não se tornasse tão embranquecida, como são os espaços fora da nossa comunidade”, analisou Simas.

Segundo Harmonya Dórémi Jabutt, os povos indígenas já faziam parte do contexto em que esse movimento foi criado e promovido, inclusive nos Estados Unidos. “Quando dizemos que a dança foi fundada principalmente através de pessoas trans negras e latinas, esses latinos também são indígenas. São outros povos que viveram na América do Sul, América Central e América do Norte antes da colonização de outros povos europeus, de outras formas. De certa forma, essas outras pessoas também participaram e sofreram essa violência estrutural, então esse espaço de acolhimento desses corpos também inclui os estilos de vida dos povos indígenas. Aqui no Amazonas estamos iluminando esses debates”, disse o artista.

Harmonya tem contato com a burocracia da arte desde cedo, seja por meio da dança, canto, ferramentas de sopro ou performances. Ela começou a fazer drag em 2017 e em 2020 se aproximou da cena da dança de salão, estreando como a Mãe da Casa Jabutt. , composta inteiramente por filhas e filhos negros e indígenas.

Os espaços, inicialmente chamados de “espaços”, são como coletivos de arte e famílias adotivas para jovens LGBTQIAPN, marginalizados pela sociedade e expulsos de suas casas. Seus líderes são chamados de mãe ou pai. ” Um espaço não é criado por acaso. Um espaço nasce com um propósito, com outras pessoas administrando esses espaços, e essas outras pessoas no futuro da cena e no futuro para seus filhos, filhas e filhas”, diz Simas Zion, filha de A Casa Icônica de Sião.

No norte do Brasil, os estilos de vida de Jabutt destacam a importância dos povos indígenas nos espaços de atividade artística, política e social. No cenário da dança de salão, atuando como comunidade, a Câmara busca articular debates sobre temas que conversem com a verdade do Norte e da Amazônia. no contexto urbano de Manaus.

“A importância de vender e vender danças, principalmente as indígenas, é dar espaço ao protagonismo de culturas estruturalmente excluídas, como a indígena e a cultura negra. Esse procedimento resulta na morte de outras pessoas com esses marcadores sociais. Então, a importância da venda da área é para a vida de outras pessoas que já estão sofrendo com uma violência gravíssima na nossa sociedade”, disse Harmonya.

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