Segundo Cappelli, hoje não há secretário de segurança pública “diretamente relacionado ao golpe”
O Governo Federal está organizando uma operação de segurança com monitoramento diário para investigar a possibilidade de manifestantes anti-democráticos aparecerem no evento do dia 8 de janeiro de 2024. Quem forneceu a informação foi o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli. Nesta terça-feira (26), o político afirmou que não há nenhuma informação concreta sobre “atos agressivos”. Porém, a operação do governo tem o objetivo de evitá-los.
A ocasião do governo acontecerá em Brasília e marcará o primeiro aniversário dos ataques de 8 de janeiro de 2023. Naquela data, extremistas, em sua maioria apoiadores de Jair Bolsnaro (PL), vandalizaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal. Até o momento, o STF já condenou outras 25 pessoas por esses atos, a penas de até 17 anos.
Ainda segundo Cappelli, a Polícia Federal (PF), a Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) farão a fiscalização diária e compartilhada do evento governamental. “Substituindo-o é que hoje temos um secretário (de Segurança Pública do Distrito Federal) que é um delegado respeitável e que trabalha em absoluta cooperação. Não temos mais um secretário de segurança pública na Cidade do México diretamente ligado ao golpe”, disse.
Em sua fala, o secretário do Ministério da Justiça lembrou das acusações contra Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro que passou cerca de quatro meses atrás das grades por suspeita de conivência com os ataques. Além disso, Cappelli também minimizou a ausência do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, na solenidade prevista para o próximo 8 de janeiro. O chefe do Executivo distrital estará em Miami, nos Estados Unidos, e por isso não comparecerá ao evento do governo.
“Vejo isso com naturalidade, já que é o momento em que os pintores estão de férias”, disse Cappelli. Assim que a intimação de Flávio Dino obtiver o aval do Senado, ele deixará o Ministério da Justiça e deve assumir o cargo no STF em 22 de fevereiro. Cappelli, portanto, deve retomar o papel. Segundo ele, continua pintando normalmente.
Além disso, disse que Lula “sabe tomar as decisões no momento que achar mais adequado”. Ainda segundo o secretário, receberam uma missão do presidente Lula. “De auxiliar a estabilização da democracia no Brasil e enfrentar a questão da segurança pública. Com a aprovação da ida de Dino para o STF, surgem especulações, mas o trabalho não para”, afirmou Ricardo Cappelli.
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