Aumento de impostos para usuários e sites de apostas esportivas pode gerar clandestinidade, alerta Instituto

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Imagem ilustrativa das apostas desportivas

Joédson Alves (Agência Brasil)

O possível veto presidencial aos artigos do projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas no Brasil pode levar os jogadores recreativos à clandestinidade. O alerta vem do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável, que comenta as recomendações da Fazenda Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. , por meio de avisos ao presidente, para vetar o dispositivo relativo ao imposto sobre rendimentos de fontes privadas.

Rafael Marchetti Marcondes, diretor jurídico do Instituto, explica: “está prevista [no projeto de lei aprovado pela Câmara] alíquota de 15% de imposto de renda cobrada dos apostadores, com a possibilidade de compensação de perdas e ganhos no período de um ano. Porém, o parecer do Ministério da Fazenda foi pelo veto presidencial a esse dispositivo. Um eventual veto é muito preocupante. Ele faz com que o Brasil, que tem no papel uma proposta que pode torná-lo um dos mercados mais atraentes do mundo, possa ter uma grande fuga de apostadores, que as pessoas sigam jogando em mercados paralelos, em sites que operam fora do Brasil, não pagam impostos, não são regulados e não são fiscalizados”.

Para Marchetti, mesmo a segurança que a regulamentação oferece aos apostadores não compensa a alíquota do Imposto de Renda, que seria de 30% em caso de veto.

“Com o veto, a fonte do imposto de renda para apostadores aumentaria para 30% e o reembolso de perdas e ganhos dentro de um ano seria proibido. Isso assusta o apostador, o leva a se voltar para o mercado brasileiro e, mesmo que ele veja em um mercado regulado, ele tende a preferir continuar no mercado paralelo devido à maior carga tributária”, diz Rafael. “Você tende a preferir apostar em um apostador não regulamentado, onde você não sabe se receberá o prêmio oferecido. Apesar de todo o mal, o apostador pode não vir ao mercado brasileiro”, acrescentou.

O instituto estima que, se o veto fosse imposto, a perda de benefícios para o governo federal poderia ficar em torno de 50%. “O governo federal espera que 85% das pessoas que atuam no mercado paralelo atinjam o patamar normal. No entanto, com esse veto, aqueles que jogam no mercado paralelo devem ficar lá, devido ao imposto de 30%”, ressaltou Marchetti.

Na madrugada do dia 22 de dezembro, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que regulamenta o esporte no país, o chamado “”, revertendo alguns dos ajustes feitos por meio do Senado Federal.

Eles receberam 292 votos a favor e 114 contra.

O texto aprovado, relatado por meio do deputado Adolfo Viana (PSDB-BA), anulou treze das 42 emendas feitas no Senado em processo de análise.

Um dos artigos retomados pela Câmara no texto é o que permite a opção de regulamentação dos cassinos online. O texto permite a regulamentação de caça-níqueis em locais físicos.

O Governo entende que esta medida visa aumentar a receita a partir de 2024. O texto aguarda aprovação presidencial.

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