Mato Grosso do Sul registrou queda de 46% nos feminicídios em 2023

Apesar dos inúmeros casos registrados neste ano, dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública apontam que, entre janeiro e outubro, Mato Grosso do Sul registrou 19 feminicídios a menos do que no mesmo período de 2022. Isso representa uma queda de 46,3%. A enquete foi publicada nesta quarta-feira (27).

Segundo o ministério, neste ano, em dez meses, foram registradas 22 mortes de mulheres, contra 41 em 2022. O número de 2023 é exatamente o mesmo da investigação da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), que também contabiliza dez feminicídios, sendo 4 em novembro e seis em dezembro.

Entre os casos registrados está o da jovem Natali Gabrieli da Silva Souza. Aos 18 anos, assassinou por meio da esposa Cleber Corrêa Gomez, 30, na Rua Leopoldina de Queiroz Maia, Bairro Parque do Lageado, Campo Grande. Ele foi preso no local, uma hora após o crime de 1º de julho. Na ocasião, a vítima estava com a filha no colo e tentava fugir do autor.

Outro caso, também registrado, é o da funcionária pública Althroughna Freitas Ribas. A mulher de 49 anos foi esfaqueada várias vezes a caminho do trabalho. A cena foi registrada por meio de uma câmera de segurança. O ex-marido da vítima, o idoso Jair Paulino da Silva, de 52 anos, foi preso no local. O crime ocorreu em fevereiro deste ano no distrito de Nvoa Lima, na capital.

Segundo o ministério, São Paulo lidera o ranking com 181 assassinatos de mulheres e Mato Grosso do Sul está empatado com o Piauí. Os que tiveram menos casos de feminicídio até outubro foram Roraima e Amapá, com 3 casos cada.

Em Mato Grosso do Sul, o maior número de assassinatos de mulheres foi registrado em Campo Grande, com seis feminicídios neste ano. É seguido por Dourados com 3 boxes e Anaurilândia com dois boxes.

As cidades de Amambai, Aparecida do Taboado, Corumbá, Ivinhema, Naviraí, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante e Sidrolândia registraram apenas um caso de feminicídio entre janeiro e outubro.

No entanto, uma das mortes não contabilizadas ainda pelo Ministério da Justiça é a da adolescente de 16 anos, Karine Ferreira Isnarde. O crime aconteceu na madrugada do dia 10 de dezembro deste ano na Aldeia Jaguapiru, em Dourados, a 251 km de Campo Grande.

O culpado é conhecido como Claiton Benites Gomes, de 19 anos. Acredita-se que ele seja namorado da adolescente que estuprou, estrangulou e esfaqueou até a morte. Suas vísceras ficaram expostas e ela foi encontrada seminua perto de um espaço em uma área de plantação de cana-de-açúcar. O menino confessou o crime.

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