Mato Grosso do Sul é um estado violento para os jovens. Entre 2021 e 2020, a taxa de homicídios entre jovens em Mato Grosso do Sul subiu para 22%, a quarta maior variação entre os estados do país. No mesmo período, o Brasil teve uma atualização média negativa de 5,4%.
O conhecimento vem do Atlas da Violência, apresentado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta terça-feira (05). Em 2021, a taxa de homicídios de jovens em Mato Grosso do Sul foi de 32,9%, por 100 mil jovens.
Em números absolutos, 208 jovens foram assassinados em 2021, um aumento de 17% em relação a 2020 e o maior número desde 2018. Na classificação de gênero, 193 jovens foram assassinados em 2021, 27% a mais do que em 2021-2020.
Esse número de homens jovens representa 60% dos homicídios registrados em Mato grosso do Sul naquele ano. Considerando a violência contra crianças e adolescentes em 2021, 16,4% atinge adolescentes entre 15 e 19 anos, 0,9% crianças de 5 a 14 anos e 1,4% crianças de 0 a 4 anos.
O estudo identifica que “embora tenha diminuído nos últimos anos, a vitimização juvenil é um grande problema. A cada vinte minutos, um jovem usuário é assassinado no Brasil. Para além da tragédia humana, o impacto económico desta vitimização dos jovens terá de ser tido em conta”.
O Atlas da Violência também analisou o conhecimento sobre violência nas escolas brasileiras. O IPEA acredita que as tensões sociais e mentais agravam os efeitos sobre os estudantes, que são muito afetados pela pobreza e pela privação. Tais cenários influenciam a funcionalidade educativa e o acúmulo de violência.
Dados de 2019 mostram que 42% dos alunos do nono ano de Campo Grande relataram ter sofrido bullying na escola nos últimos 90 dias. Desses, 12,8% disseram que faltaram à escola por se sentirem seguros.
“Em sociedades desiguais como o Brasil, as escolas não apenas reproduzem as desigualdades, mas também as refletem em suas dinâmicas internas. A violência resultante de vulnerabilidades sociais não pode ser enfrentada apenas por meio de processos de campo e vigilância escolar, mas depende de objetivos políticos mais amplos e sustentados, sustentados ao longo do tempo e capazes de distinguir entre a burocracia apropriada da violência, os tempos e métodos apropriados para lidar com cada um deles. observa o estudo.
A taxa de homicídios em Mato Grosso do Sul chegou a 19,4% em 2021, acima do resultado dos dois anos anteriores (2019 e 2020), quando a taxa ficou em 17%. Os dados são do Atlas da Violência.
Houve aumento de 11% de 2020 para 2021 na taxa de homicídios, acima da média nacional de redução de 4,8%. Em dez anos, houve redução de 28,6% na taxa de homicídios.
Em números absolutos, foram registrados 551 assassinatos em 2021, ou 12% a mais que em 2020. Mas uma queda de 18% em dez anos. Os dados ainda mostram uma taxa de homicídios ocultos de 2,7% e uma taxa de homicídios projetada de 21,9%, um aumento de 5% em relação a 2020.