247 – Conhecido por sua atuação na Operação Lava Jato, Marcelo Bretas, julgado na Sétima Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, busca se tornar uma espécie de “coach jurídico” nas redes sociais, substituto que acontece após ter sido expulso do local de trabalho por suspeitas de conduta, lembra a Folha de S. Paulo.
Bretas busca reposicionar sua imagem, apresentando-se como instrutor e palestrante. Uma página online que traz a chamada já promove um curso sobre o exercício da advocacia, que tem lançamento previsto para março. Em suas redes sociais, acrescentando no Instagram, o ditador em estoque de vídeos sobre liderança e direito, também abordando temas como “Deus e a família”. Em seu site, Bretas destaca sua experiência como instrutor, palestrante, juiz federal e escritor. Apesar de sua importância como instrutor, não há menção a vínculos com instituições de ensino.
Ele também destaca suas origens cristãs, acrescentando que é “baterista de uma igreja evangélica na zona sul da cidade do Rio de Janeiro”. Ele também faz questão de ressaltar que é conhecido por “citar trechos bíblicos antigos em algumas de suas frases”.
A conta de Bretas no Instagram, que tem mais de 95 mil seguidores, passou por uma transformação de conteúdo após ser removida pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) no ano passado. A demissão ocorreu após três denúncias públicas, que permanecem confidenciais. Duas delas são oriundas de acordos de delação premiada feitos por meio de advogados, alegando negociações anormais feitas por meio do magistrado. A terceira denúncia vem do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que denuncia os movimentos políticos de Bretas em favor do governador deposto do estado, Wilson Witzel, nas eleições de 2018.
As mensagens de Bretas, agora em um estilo mais formativo, abordam temas como liderança, direito e religião. Os posts oferecem “dicas para desenvolver o pensamento analítico e reflexivo” e recomendações sobre “como adquirir habilidades de liderança”. Reflexões, como Tiago 1:5, são compartilhadas por meio do magistrado, enfatizando a importância de “buscar sabedoria”.
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